Festival de Música Dom Fernando Mascarenhas
Música e património
Folias, fantasias e algo mais
24 maio | 20h00
Palácio Marquês da Fronteira
Sala Loggia
Entrada gratuita
mediante reserva em loja.fronteira-alorna.pt
Solistas Camerata Atlântica
Quarteto de cordas & acordeão
Inês Vaz, acordeão
Ana Beatriz Manzanilla, violino e direção artística
João Vieira de Andrade, violino
Pedro Saglimbeni Muñoz, viola
Jeremy Lake, violoncelo
Programa
Klaus Paier – Tango for Five
Sergey Akhunov – Two Keys to one poem by J. Brodsky
The Moon
The River
Óscar da Silva – Ella, fantasia para quarteto de cordas
Allegro molto
Leggiero ma non molto
Presto
Inês Vaz – Partir / Revenir
Paulo Jorge Ferreira – Improvisata
Apaixonada e Meiga
Elegante
Buliçosa e… Adorável!
Óscar da Silva
A nota introdutória da peça Ella (fantasia para quarteto de cordas) de Óscar da Silva, é por si só um belíssimo mote para o concerto de encerramento de Folias, fantasias e algo mais / Festival Dom Fernando Mascarenhas. Não deixa também de descrever na perfeição a relação sonora estabelecida entre um quarteto de cordas e um acordeão.
Neste concerto, os Solistas da Camerata Atlântica, Ana Beatriz Manzanilla, João Vieira de Andrade, Pedro Saglimbeni Muñoz e Jeremy Lake, dão ‘voz’ à peça supracitada. A este encontro junta-se a acordeonista Inês Vaz, para uma viagem premonitória em torno de algumas das peças que fazem parte de um disco a ser gravado brevemente.
Também as palavras de José Saramago Maio é o mês das flores. Vai o poeta em seu caminho, à procura das bonitas de que ouviu falar, e se não lhe sai ode ou soneto, há de sair quadra, que é saber mais comum, vão deambular em torno deste concerto, através da peça Partir, Revenir de Inês Vaz, inspirada pelo livro Levantado do Chão.
Transmissão direta
Apresentação: João Almeida / Alexandra Corvela
Produção: Anabela Luís
Inês Vaz | Nasceu em 1988, em Lisboa, iniciou os seus estudos musicais aos 6 anos com José António Sousa, na Escola de Música Semibreve. Para além do estudo de Instrumento e Formação Musical com o seu professor, estudou também Música de Câmara com Paulo Jorge Ferreira.
Desde cedo foi distinguida com prestigiados prémios na área do acordeão, a solo e a nível de música de câmara. O seu percurso académico a nível musical foi sobretudo dedicado ao estilo clássico / contemporâneo, embora o seu crescente interesse pelo Jazz a tenha levado a estudar harmonia e improvisação com António Palma e Victor Prieto.
No seu percurso académico conta também com o curso de Ciências Farmacêuticas, concluído em 2011 no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz.
Divide a sua vida entre o ensino de acordeão e piano, performance e composição. Alguns dos seus projetos ativos são Velvet Quintet (acordeão e quarteto de cordas) e o concerto As 4 Estações de Vivaldi, em duo com o acordeonista Pedro Santos.
Já colaborou como solista com a Orquestra e Coro Gulbenkian, Camerata Atlântica, Ensemble MPMP e Orquestra Clássica do Centro. Colaborou e colabora com vários artistas, destacando-se Vitorino e Salvador Sobral.
O seu primeiro trabalho a solo chama-se Timeless Suite, editado pela Jugular Publishing em Novembro de 2021. E em Maio de 2024 editou o seu segundo disco Pétala.
Tem participado em vários concertos a nível internacional, destacando-se apresentações ao vivo em Alemanha, Áustria, Canadá, Espanha, França, Inglaterra, Noruega, Suécia, Polónia, República Checa, Rússia e Taiwan. É patrocinada pela marca Mengascini Accordions.
Camerata Atlântica | Projeto musical idealizado pela violinista venezuelana Ana Beatriz Manzanilla, sua diretora artística. Tendo como base 11 instrumentistas profissionais de cordas, a Camerata tem a flexibilidade de poder ser alargada a uma formação mais ampla, dependendo do repertório a executar.
Após o seu concerto inaugural em Novembro de 2013, a Camerata Atlântica apresentou-se consecutivamente nos Dias da Música no Centro Cultural de Belém, no Festival de Música em Leiria, no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian no âmbito dos Prémios Jovens Músicos, na temporada de Música Gulbenkian com o trompetista Pacho Flores, no Festival Jardim de Verão, no Natal em Lisboa da EGEAC por diversos anos consecutivos, no Teatro Joaquim Benite de Almada, no Festival das Artes de Coimbra, na Temporada Música em São Roque, no Festival ao Largo e na Semana Internacional de Piano de Óbidos.
A Camerata Atlântica tem atuado em importantes salas do país, nomeadamente no Teatro Nacional de São Carlos, Teatro Municipal de Vila Real, Teatro Municipal da Covilhã, Theatro Circo de Braga, Auditório Madalena Perdigão na Figueira da Foz, Centro Cultural de Lagos, Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco, entre outros.
Em 2023 participou na produção da ópera de Britten The Turn of the Screw no Centro Cultural de Belém em Lisboa. A Camerata Atlântica conta com apresentações em várias cidades espanholas como Madrid, Burgos, Cádis e Vigo.
A Camerata Atlântica criou o Concurso Nacional de Cordas “Vasco Barbosa”, que contou com a sua primeira edição em 2015 e é já considerado um dos principais Concursos de Música a nível nacional.
Em Maio de 2016 foi selecionada pela Antena 2 para interpretar Fuga para a América Latina no encerramento da série especial da União Europeia de Rádios intitulada A influência da América Latina, com posterior transmissão na Alemanha, Bulgária, Croácia, Espanha, Grécia, Hungria, República Checa e Roménia.
Numerosos solistas tem atuado com a Camerata Atlântica, nomeadamente o contrabaixista Edicson Ruíz, a violinista Lana Trotovsek, os cantores Carolina Figueiredo, Cátia Moreso, Carlos Guilherme, Sandra Medeiros, Mariana Castello-Branco e os pianistas João Bettencourt da Câmara, Vasco Dantas e Manuela Gouveia entre outros.
Desde a sua formação a Camerata Atlântica tem promovido diferentes atividades dirigidas aos jovens músicos, através de masterclasses de instrumentos e orquestra de cordas nos Conservatórios Regionais de Setúbal, Covilhã, Castelo Branco e Ponta Delgada nos Açores. Organizou Masterclasses com a violetista Sheila Browne, com o trompetista Pacho Flores, o contrabaixista Edicson Ruiz, e um encontro de jovens com o violinista Ray Chen.
No ano 2021 lançou o seu segundo CD Bows Up! com a editora Naxos, dedicado à música portuguesa para cordas dos seculos XX e XXI, e com a mesma editora lançou nas plataformas digitais a primeira gravação mundial das Duas Melodias de Luiz de Freitas Branco.
No seu 10º aniversário a Camerata Atlântica realizou uma série de concertos em diferentes cidades do país com o apoio da Direção Geral das Artes, assim como um laboratório de jovens compositores. A Camerata Atlântica tem feito uma grande aposta na música portuguesa através da interpretação e gravação de um vasto repertório de compositores portugueses, e importantes estreias de obras, várias delas dedicadas a este agrupamento.

@ DR