Temporada de Concertos Antena 2
28 outubro | 19h00
Auditório do
Instituto Superior de Economia e Gestão
Entrada gratuita
Típica Roda de Choro
Felipe Bastos, pandeiro
Augusto Pereira, violão
Caio Constantino, violão de 7 cordas
Manoel Cirne, bandolim
Convidada: Laura Venturini, voz
Programa
Jacob do Bandolim
– Pérolas
– Gostosinho
– Vibrações
Pixinguinha
– Ainda me recordo
– Sofres porque queres
– Ingênuo
Juventino Maciel – Cadência
Altamiro Carrilho – Bem Brasil
Fon-Fon – Murmurando
Cincinato Simões – Nina
Rossini Ferreira – Recado
Ernesto Nazareth – Odeon
Aymoré – Em que época
Luiz Americano – É do que há
Yamandu Costa – Meiga
O choro, ou chorinho, é um género da música popular brasileira surgido no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX, e tem como matrizes os géneros luso-africano-brasileiros como a modinha e o lundu, e as danças de salão europeias que chegaram ao Brasil principalmente na década de 1840: a polca, a quadrilha, a schottisch, a mazurca e a valsa, esta última presente no Brasil desde os princípios do século XIX.
Os chorões muitas vezes reúnem-se em grupos, as rodas de choro, formadas geralmente por um ou mais instrumentos melódicos, como a flauta, o bandolim e o cavaquinho, que executam a melodia, o violão de 7 cordas, que forma a base harmónica do conjunto e o pandeiro, que atua na marcação do ritmo base.
A Típica Roda de Choro é um desses grupos. Reunindo-se semanalmente num conhecido bar de Alfama, resgata a essência dessa música instrumental brasileira, conhecida pela sua sofisticação melódica e improvisação. O público, composto tanto por amantes de música como curiosos, aprecia a cadência envolvente que preenche as ruas e becos históricos do bairro lisboeta, reforçando o laço cultural entre Portugal e Brasil.
Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Felipe Bastos | Bacharel em percussão pela UFMG e mestre em bateria pela ESMAE (Porto), é um músico luso-brasileiro fluente em diversos estilos. Reside em Lisboa onde tem oportunidade de colaborar com artistas de todo mundo. É membro fundador do Clube do Choro do Porto.
Manoel Cirne | Nascido e criado na cidade de Campina Grande, no Brasil, começou a tocar cavaquinho aos 8 anos. Com cerca de 10 anos já frequentava e tocava na roda de Choro local. Aos 11, iniciou-se no bandolim, e a partir daí já se apresentava em público. Ainda criança, percorreu o estado de Paraíba como solista de choro. Com 14 anos participou na gravação do disco Talentos do Chorinho Paraibano, onde gravou 3 faixas. Aos 19, entrou no ISEG no curso de Economia, onde se formou recentemente. Entretanto, esteve sempre ativo nas rodas de Choro em Lisboa, continuando a espalhar e apresentar este género musical fora do Brasil.
Augusto Pereira | Natural de São Paulo, Brasil, iniciou-se na música aos 9 anos, tendo como instrumento o contrabaixo elétrico. Mais tarde, na universidade, onde tirou o curso de Matemática, ao deparar-se com a sofisticação e leveza da música brasileira, passou ao violão, instrumento característico da música de seu país. Veio para Lisboa fazer o doutoramento em Matemática no Instituto Superior Técnico. Entretanto, participou em rodas de Choro locais e passou a organizar uma roda semanal em Alfama. Concluído o doutoramento em 2022, ingressou como Professor Auxiliar convidado no ISEG.
Caio Constantino | Nascido em Recife, Pernambuco, músico violonista iniciou sua formação musical aos 11 anos dando início a sua trajetória a partir do projeto socioeducativo Choro Infanto-Juvenil do SESC de Santo Amaro em 2007, adquirindo uma vasta e ampla experiência, acompanhando grandes nomes da música pernambucana.
Integrado ao grupo Choramingando, sob a orientação do educador musical e também músico Alex Sobreira. Participou da 5° Mostra de música Leão do Norte, pelo Sesc de Pernambuco em 2013 acompanhando o músico acordeonista Jonatas Malaquias. Em 2014 participou como músico na gravação do disco Imã da cantora pernambucana Mayra Clara. Marcou parceria junto ao clarinetista Luciano Emerson, unindo ideias e talentos ao passo que tornou-se consolidado o projeto Ell Gênio Duo, o qual tinha como propósito fundamental produção e gravação de discos independentes e autorais, assim como participações de eventos, tais quais a 6° Mostra Leão do Norte, Festival Sesc Partituras, Hora do Frevo no Paço do Frevo entre outros. Tem como principais produções fonográficas os discos Reflexos (2014) e Buruço (2016). Participou também do Festival Femucic em Maringá-PR abrangendo a importância do trabalho a nível nacional.
Fotos Inês Sioga / Antena 2