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Agustina Bessa-Luís (1922-2019)
Cultura 03 jun, 2019, 18:32

Agustina Bessa-Luís (1922-2019)

Sibila da literatura

Agustina Bessa-Luís (1922-2019)
Cultura 03 jun, 2019, 18:32

Agustina Bessa-Luís (1922-2019)

Sibila da literatura

 

Agustina Bessa-Luís
 
[15 de outubro de 1922 – 3 de junho de 2019]
Faleceu hoje  aos 96 anos, Agustina Bessa-Luís, figura maior das letras contemporâneas portuguesas.
Uma das mais criativas escritoras da língua portuguesa era natural de Vila Meã, em Amarante, e viveu sempre na cidade do Porto. Autora de uma vasta obra, em que se destaca o romance, mas que se prolonga também pela biografia, ensaio, peça de teatro, literatura infantil e guiões para televisão e adaptações cinematográficas. 
A sua atividade literária de mais de 60 anos, "traduz a criação de um universo romanesco de riqueza incomparável, contribuindo para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum”, como considerou o jurí do Prémio Camões, ao atribuir-lhe este galardão em 2004. 
As suas obras foram distinguidas com vários prémios, como o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (Os Meninos de Ouro, 1984, e Jóia de Família, 2001), por duas vezes galardoadas com o Prémio Malheiros (em 1966 e 1977) da Academia das Ciências de Lisboa, com o Prémio P.E.N. Clube Português de Ficção (em 1980), com Prémio RDP Antena 1 da Literatura (ex-aequo) em 1988, e com o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários em 1993.
Também pela sua carreira literária recebeu, entre outros, o Prémio Bordalo de Literatura atribuído pela Casa da Imprensa em 1996, o Prémio Vergílio Ferreira, em 2004, o Prémio de Literatura do Festival Grinzane Cinema, Turim (Itália), e em 1993, a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo Estado Português.
Agustina Bessa-Luís (1922-2019)
Hoje e amanhã, dia de luto nacional, são vários os programas que a Antena 2 dedica a esta grande escritora, deste modo homenageando a sua vida e a sua obra ímpar:
Luís Caetano dedica as emissões, de 3, 4 e parte da de 5 de Junho, de A Ronda da Noite e de Última Edição, a Agustina Bessa-Luís, nas quais se podem ouvir 
– leituras de textos de Agustina
– crónicas para a rádio escritas e lidas por Agustina
– a entrevista de Agustina a Arnaldo Saraiva, numa memória da rádio de 1987
– leitura de excertos de Ensaios e Artigos, de Agustina, organizados pela sua neta Lourença Baldaque e editados pela Gulbenkian
– as palavras e o olhar de Eduardo Lourenço e de Manoel de Oliveira sobre Agustina
– a conversa com Lourença Baldaque sobre os 3 volumes de Ensaios e Artigos publicados na imprensa, por Agustina Bessa Luís.
– e muito mais….
Para ouvir, clicar aqui [3 Jun. 2019]
Para ouvir, clicar aqui [4 Jun. 2019]
Para ouvir, clicar aqui [5 Junho 2019] [a partir do min. 6:15]
Luís Caetano recupera ainda o programa dedicado ao último romance de Agustina, A Ronda da Noite, de 2006, publicado pela Relógio d’Água, numa conversa com António Mega Ferreira 
Em Última Edição, para ouvir, clicar aqui.
Paulo Alves Guerra dedica a emissão de 4 de Junho, de Império dos Sentidos, à memória da escritora, com excertos de entrevistas, também à própria Agustina, e com testemunhos vários. 
Para ouvir, clicar aqui. 
Recuperamos também a Crónica de Lídia Jorge, de Em todos os Sentidos,  Agustina como Ninguém, 
uma viagem de comboio para Hamburgo na companhia de Agustina, que pode ouvir, clicando aqui.

Em 1954, um livro veio agitar o mundo literário português.
A Sibila revelava uma jovem escritora de 32 anos, responsável, segundo Eduardo Lourenço, por um momento de ruptura e transição nas letras. 

"Francamente – porque pensam que escrevo? Para incomodar o maior número de pessoas, com o máximo de inteligência. Por narcisismo, que é um facto civilizador.
Escrevo para desiludir com mérito, que é a maneira de se fazer lembrar com virtude."

Sempre se afirmou um produto da região, como o vinho verde, que não embriaga mas alegra. Maria Agustina, a "amarantina", como gostava que a tratassem, era senhora de muitos aforismos, com que procurava simplificar a vida. Uma vida que começou a 15 de Outubro de 1922, filha de mãe de Zamora e de pai da aristocracia rural do Porto. Ao bucólico do campo, Agustina preferiu as luzes da cidade. Estudou nas Doroteias e divertiu-se nos salões de espectáculos geridos pelo pai, que tanto recebiam cinema como cafés-concerto.

Aos 22 anos põe anúncio num jornal:" Jovem instruída procura correspondência com pessoa inteligente e culta". Recebeu 30 respostas, seleccionou 5, escolheu casar com o primeiro que a beijou. Uma vida de parceria de parceria com Alberto Luís, que ordenou a escrita da mulher, e lhe deu letra de máquina.

Agustina foi sempre livre de tudo, menos de uma absoluta necessidade de escrita. Encheu a vida de ironia, e o papel de uma letra apertada, e sem rasura. A novela Mundo Fechado, abriu-lhe o caminho em 1948. Mas foi com o romance A Sibila, de 54, que Agustina Bessa-Luís se impôs como escritora. Ferreira de Castro destacou-lhe a depuração das palavras, Eduardo Lourenço, a novidade de um olhar insólito, veemente e desarmante.
Agustina escreveu em catadupa, sem tortura, e sem reler. São mais de 60 livros, mais de 60 anos de uma obra portuguesa até à medula. Para Manoel de Olveira, ela era a "Dama Texto", que lhe alimentou filmes como Francisca, Vale Abraão, Party, ou O Convento.

Atraída pela política, foi mandatária de Freitas do Amaral nas presidenciais de 86. Dirigiu o Primeiro de Janeiro e o Teatro Nacional D. Maria II.

Agustina preferia ter graça a ter fama, mesmo que adorasse os aplausos. Dizia que era muito conhecida mas pouco lida. Dizia também que uma longa vida não se descreve, porque ninguém a vê passar.
Em 2006, um acidente vascular-cerebral afastou-a da escrita, mas não do jardim de sua casa à beira Douro. "Nasci adulta, morrerei criança" escreveu em Um Cão que Sonha. No sonho em que viveu Agustina, o medo da morte foi ultrapassado pela curiosidade de saber o que vem a seguir. E não lhe faltavam aforismos para o dizer.

Luís Caetano



Obituário

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