A Antena 2, mais uma vez, com a presença de Luís Caetano, acompanhou este grande Encontro, e traz aos ouvintes, nos programas
A Ronda da Noite e
A Força das Coisas, as gravações de algumas das Mesas, de encontros com autores e entrevistas com os escritores.
Correntes d’ Escritas 2023
14 a 18 e 20 Fevereiro
Póvoa de Varzim | Lisboa
Ana Luísa Amaral. Agustina Bessa Luís. Nélida Piñon. Três mulheres escritoras. Três grandes vultos da literatura de línguas ibéricas, duas das quais nos deixaram no último ano, foram celebradas nas
Correntes d’Escritas que decorreram entre 14 e 18 de Fevereiro na Póvoa de Varzim e 20 de Fevereiro em Lisboa.
Nesta 24ª edição foi também uma mulher a vencedora do Prémio Literário Casino da Póvoa 2023, Maria do Rosário Pedreira, com o livro de poesia
O Meu Corpo Humano. Pode
escutar aqui a conversa entre a poetisa e Luís Caetano, sobre este livro, emitida dias antes da revelação do prémio.
Considerado o maior festival de literatura do país, este Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, foi inaugurado com uma Conferência proferida no Cine-Teatro Garrett por Manuel Sobrinho Simões, médico e professor, sob o tema “Ciência e Cultura”.
Nesta sessão foram também os vencedores dos vários prémios atribuídos, entre os quais o Prémio Literário Luís Sepúlveda instituído em 2008 e que distingue Contos Infantis Ilustrados, realizados coletivamente por crianças.
O escritor chileno foi igualmente homenageado nesta edição, nomeadamente com o lançamento de um livro de poesia inédito de sua autoria. A família de Luís Sepúlveda decidiu doar grande parte do espólio e acervo bibliográfico do autor ao município da Póvoa de Varzim, que vai criar um espaço específico para o homenagear.
O escritor angolano Manuel Rui, de 81 anos, presença assídua e figura incontornável do Encontro desde a sua génese, foi o autor a quem é dedicada a Revista Correntes d’Escritas deste ano.
Entre as várias exposições que integraram o programa desta edição, destaque para uma dedicada à escritora Agustina Bessa-Luís, cujo centenário se está a comemorar, e uma outra mostra apresentada pela Fundação de Serralves que presta homenagem a Ana Hatherly com o título Poeta chama Poeta.
Correntes d’Escritas é ponto de encontro de autores, ilustradores, editores, livreiros e críticos literários. Nesta edição, foi mais uma vez palco de apresentação de dezenas de publicações.
Ana Luísa Amaral esteve presente nestas Correntes d’Escritas através da sua poesia. Versos retirados de diferentes poemas da escritora deram mote às dez mesas que encheram de público a sala principal do Cine-Teatro Garrett, para assistir às palavras e reflexões dos convidados.
Ao todo, esta edição recebeu cerca de 100 convidados, de 15 nacionalidades diferentes, dos quais 18 escritores a estrearem-se no que é considerado o maior e mais importante encontro anual de escritores de línguas hispânicas e portuguesas que se realiza em Portugal.
Agora a Antena 2 e Luís Caetano trazem aos ouvintes, nos programas
A Ronda da Noite e
A Força das Coisas, as gravações
de algumas das Mesas, de encontros com autores e entrevistas com os escritores.
Programas
20 Fevereiro | Rosa Montero
em A Ronda da Noite
Com O perigo de estar no meu perfeito juízo, da escritora espanhola, começa a ronda que Luís Caetano faz anualmente pelas Correntes d’Escritas, o prestigiado festival literário da Póvoa de Varzim.
Apresentado na Póvoa, este livro é mais uma prova da capacidade extraordinária de Rosa Montero em misturar ficção, autobiografia e ensaio, resultando numa obra perspicaz, tocante e bem-humorada sobre o custo da «normalidade» e o valor da diferença..
Para ouvir,
clicar aqui.
@ DR
21 Fevereiro | Álvaro Laborinho Lúcio, Hélia Correia, Israel Campos e Ondjaki
em A Ronda da Noite
Quatro momentos das Correntes, quatro intervenções que fazem a ponte entre Portugal e Angola, entre o coração e a saudade.
Da Mesa nº 1 sob o verso "O milagre do mundo a acontecer" de Ana Luísa Amaral, as intervenções de Álvaro laborinho Lúcio e de Hélia Correia, duas cartas de memórias e afectos à poetisa desaparecida há uns meses.
Da Mesa nº 4, "Ficar de noite no avesso das coisas", verso de Ana Luísa Amaral,
Ondjaki proferiu palavras que nos aproximam dos mortos, e na mesa final, a intervenção em Lisboa, no Instituto Cervantes, do jovem escritor Israel Campos que lançou este ano o seu primeiro livro E o céu mudou de cor, a propósito do verso de Ana Luísa Amaral "Tive um espelho em criança que me lembrava um rio"
23 Fevereiro | Raquel Patriarca
em A Ronda da Noite
A autora de livros sobre a História do Porto e de contos para a infância esteve à conversa com Luís Caetano, nas Correntes d’Escritas, sobre o seu novo livro de poesia Cada gesto essencial, editado pela Officium Lectionis.
27 Fevereiro | Afonso Cruz, Joana Bértholo e Juan Gabriel Vásquez
em A Ronda da Noite
Nesta noite, três intervenções de participantes em duas das mesas destas Correntes trazidas por Luís Caetano.
Em primeiro lugar, Afonso Cruz, na mesa 5, sob o verso de Ana Luísa Amaral "Pergunto: o que há num nome?". O escritor parte dos nomes, para refletir sobre o seu, os de Deus e das suas imagens, e dos furações, e ainda o nome Maria e a sua polissemia.
Da mesa 7, sob o verso "Porque era este lugar que eu precisava agora", de Ana Luísa Amaral, podemos escutar Joana Bértholo, que tem um novo romance A História de Roma, a falar sobre tempos difíceis, a depressão e a interpretação idiossincrática da poesia. Podemos ouvir também o escritor columbiano, Juan Gabriel Vásquez que, a partir do verso anterior ao do tema, fala da escrita enquanto recordação, começando com a etimologia da palavra Recordar.
28 Fevereiro | Cristina Morales
em A Ronda da Noite
A escritora espanhola que lançou o seu livro Leitura Fácil editado pela Sibila Publicações, neste Encontro de Escritores, esteve também à conversa com Luís Caetano a propósito deste romance.
Vencedor do Prémio Nacional de Narrativa em 2019, esta é uma proposta radical e radicalmente original que retrata a sociedade contemporânea e que a põe em causa.
2 Março | Teolinda Gersão e Luís Caetano
em A Ronda da Noite
Uma das "Conversas Correntes" decorreu na Sala dos Atos do Cine-Teatro Garrett a 17 de Fevereiro, entre Teolinda Gersão e Luís Caetano.
Partindo de O Cavalo de Sol, em nova edição, romance de Teolinda Gersão que recebeu o Prémio P.E.N. Clube Português de Narrativa, a conversa flui entre livros, leituras e histórias de vida da escritora.
6 Março | Gonçalo M. Tavares, Fernando Pinto do Amaral e Onésimo Teotónio Almeida
em A Ronda da Noite
Esta Ronda faz-se com um trio de escritores, em três mesas das Correntes, sempre sob os versos de Ana Luísa Amaral.
Gonçalo M. Tavares, na mesa 9 "Se o real me parece uma coisa desigual", parte do conceito de desigualdade/igualdade, na realidade e na criatividade, para trazer à reflexão a Educação, a Formação e a Informação.
Fernando Pinto do Amaral, na mesa 6 "O verbo no passado ainda fresco", reflecte sobre o sentir do passado no seu presente, num constante confronto entre passado e presente, e sobre o valor das coisas que carregam memórias.
Onésimo Teotónio Almeida, na mesa 10 "Escrevo para a posteridade do que é nada", traz nas suas palavras a acutilância, a erudição e o bom humor habituais, lendo ainda alguns dos poemas de Ana Luísa Amaral.
7 Março | Laia Malo
em A Ronda da Noite
A poeta catalã, há muito consagrada em Espanha e premiada, apresentou a sua Antologia da Poesia, Uma Alienígena na Varanda, nas Correntes d’Escritas. Publicada pela Texto Sentido, esta é uma seleção de poemas de seis livros anteriores, em edição bilingue, editada há uns meses, e pretexto para a conversa com Luís Caetano.
Também tradutora e criadora musical no projecto Jansky, Laia Malo na sua poesia revela uma lírica inteligente, fracturante, marcadamente feminina e feminista, ora reivindicativa ora desconcertante, mas sempre intensa e cheia de propriedade.
@ DR
13 Março | Ana Paula Tavares, Pedro Eiras e Maria do Rosário Pedreira
em A Ronda da Noite
Três intervenções, editadas, fazem esta Ronda, mais uma dedicada às Correntes. Três poetas em três mesas, todas sob a égide de versos de Ana Luísa Amaral.
Maria do Rosário Pedreira, vencedor do Prémio Correntes desta edição, esteve na mesa 8 "Este cansaço às oito da manhã não é normal". Parte das insónias e dos cansaços matinais para uma história familiar quiçá verídica.
Ana Paula Tavares, que nas Correntes apresentou o seu livro de crónicas O sangue da buganvília, participou na mesa 2 "E eu preciso das minhas solidões", e falou da beleza e do misterio da solidão, e do sentido das coisas neste mundo de excessos.
Pedro Eiras, mesa 10 "Escrevo para a posteridade do que é nada", reflecte sobre a escrita, lugar onde tudo é possível, onde nos encontramos e perdemos nas palavras, e onde se aprende a aceitar a escuridão, o desconhecimento, e a nossa pouca sabedoria.
14 Março | Minês Castanheira
em
A Ronda da Noite
A poeta Minês Castanheira esteve à conversa com Luís Caetano, a propósito do seu novo livro, No Princípio Era A Dança, editado pela Poetria. A autora também leu alguns dos poemas deste livro.
16 Março | Aurelino Costa
em
A Ronda da Noite
Lançado nas Correntes o novo livro de poesia de Aurelino Costa, Casa e logradouro, publicado na coleção Elogio da Sombra, da Porto Editora, foi motivo para mais uma conversa de Luís Caetano na Póvoa de Varzim. Deste livro, podemos escutar alguns poemas lidos pelo autor.
[em atualização]
Fotos Correntes d’Escritas/Póvoa de Varzim