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500 anos | Camões

Programação da Antena 2 assinalando os 500 anos de Luís Vaz de Camões

Antena 2 - RTP
Imagem de 500 anos Camões | Auto de Filodemo | 31 dezembro | 19h00
Diversos / Especiais 10 dez, 2024, 16:16

500 anos Camões | Auto de Filodemo | 31 dezembro | 19h00

Teatro

Imagem de 500 anos Camões | Auto de Filodemo | 31 dezembro | 19h00
Diversos / Especiais 10 dez, 2024, 16:16

500 anos Camões | Auto de Filodemo | 31 dezembro | 19h00

Teatro

A Antena 2 continua a assinalar os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões (1524-1580), desta vez com a transmissão da sua 3ª peça, o Auto de Filodemo, uma comédia em forma de auto, trabalhada ao estilo vicentino. Numa adaptação para a rádio em 1969, esta peça teve a sua estreia provavelmente em 1555, em Goa, e foi editada pela primeira vez em 1587 e é uma das obras mais interessantes da maturidade de Camões.  Esta adaptação para a rádio, cedida pelo Arquivo Histórico da Radiodifusão Portuguesa, é de Eduardo Jacques e conta com um prestigiado elenco de atores, como Canto e Castro, Carmen Dolores, João Mota, Irene Cruz e João Perry, entre outros.

 

500 anos | Luís Vaz de Camões | Auto de Filodemo

31 dezembro | 19h00
Produção de Alexandra Louro Almeida

Transmitido originalmente a 21 de maio de 1969
no programa Teatro das Comédias.
Gravação oriunda do Arquivo Histórico da Radiodifusão Portuguesa

Auto de Filodemo

Texto Luís Vaz de Camões
Adaptação para a rádio Eduardo Jacques
Direção de atores Álvaro Benamor
Assistência técnica Clídio de Carvalho
Realização Castela Esteves

Personagens e Intérpretes
Filodemo: Canto e Castro
Vilardo: João Mota
Dionisa: Carmen Dolores
Solina: Maria José
Venadoro: João Perry
Monteiro de Venadoro: António Anjos
D. Lusidardo: Assis Pacheco
Florimena: Irene Cruz
Um pastor: Santos Gomes

Imagem de O Auto de Filodemo

O Auto de Filodemo

Auto Filodemo de Luís Vaz de Camões, numa adaptação para a rádio de Eduardo Jacques. Direção de atores de Álvaro Benamor. Assistência técnica de Clívio de Carvalho. Realização de Castela Esteves.

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Sinopse
O auto narra a história de um fidalgo português, em viagem pelo reino da Dinamarca, que se apaixonou pela filha do rei tendo-a engravidado. Forçado a fugir com ela, sofre um naufrágio na costa de Espanha e morre. A princesa consegue chegar à costa e aí dá à luz gémeos: um menino e uma menina. A mulher não sobrevive ao parto e as crianças são encontradas por um pastor castelhano que as cria, dando-lhes os nomes de Filodemo e Florimena.
Em adulto, Filodemo, um aficionado da música e fascinado pela vida citadina, abandona o campo e vai para a cidade, onde passa a servir em casa de D. Lusidardo, irmão de seu pai, mas cujo grau de parentesco desconhece. Enamora-se de Dionisa, filha de seu senhor e como tal sua prima. Entretanto, Venadoro, filho de D. Lusidardo e irmão de Dionisa, encontra, durante uma caçada, Florimena, irmã de Filodemo e sua prima, e por ela se vem a apaixonar. Este encontro leva ao reconhecimento das personagens Filodemo e Florimena, tornando possível o casamento entre os dois pares.

Ler texto integral, em Teatro de Autores Portugueses do séc. XVI
(Menu: Luís de Camões / Obras: Auto de Filodemo)

Luís Vaz de Camões é uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas da tradição ocidental. A sua obra mais conhecida é a epopeia Os Lusíadas. Crê-se que terá nascido em Lisboa em 1524, assinalando-se em 2024 os 500 anos sobre a data do seu nascimento. Luís de Camões terá falecido a 10 de junho de 1579 ou 1580, em Lisboa. Logo após a morte a sua obra lírica foi reunida na coletânea Rimas, tendo deixado também três obras de teatro cómico: o Auto dos Enfatriões ou Anfitriões, o Auto d’El Rei Seleuco e a Comédia de Filodemo. O amor é o tema base presente nestas três peças.

A peça evidencia o poder do amor, capaz de superar as desigualdades sociais. Filodemo é uma comédia novelesca e apresenta várias semelhanças com a Comédia de Rubena, de Gil Vicente, e com a Celestina, de Fernando de Rojas.
Filodemo apresenta uma divisão clássica em cinco atos. Do ponto de vista formal, pela grande variedade rítmica, mas também pelas observações psicológicas profundas que apresenta, das três peças que se atribuem a Camões, foi a que maior interesse suscitou na crítica.
Foi dedicada ao vice-rei Dom Francisco Barreto, à época Governador da Índia.

Creio que o Filodemo está para a poesia de Camões como O Colar para os poemas de Sophia. E Sophia terá lido o Filodemo, pois que tão bem conhece os versos do poeta que escolheu para lhe dizer “Este país te mata lentamente”. Numa como noutra peça ecoam os grandes poemas de cada um dos poetas e toda a outra poesia que leram, as músicas que ouviram, e muita cultura. Uma como outra são obras tardias, onde falam as saudades do prazer dos verdes anos, e pouco sisudas, sem amargura, só a grande alegria dos sentidos, de viver e ter vivido, e de poder tratar por tu os grandes temas com a grande sabedoria dos que já podem não se levar a sério. “Um saber só d’experiências feito”. Que gosta de saber que, mais que sinceridade e biografia, a poesia é artifício, é jogo. O tempo foge mas vale mais viver que a morte. Nas duas peças os poetas brincam. E escolhem o teatro para esse prazer.
A liberdade desta sábia leveza vivemo-la com O Colar como agora com o Filodemo. Sufocamos no discurso sobre as artes que a horda dos intermediários e os próprios artistas, para terem espaço, agora nos inventam. Nada é já o que é para ser o discurso que o substitui. Pesa esta arte filosofada. Já não vivemos nada só pelo prazer de viver? Já não perdemos tempo? Já não há nada que não se explique por extenso, com o peso de argumentos? Temos saudades de uma inteligência do corpo, construída com os sentidos, sem alibis, saudades de alguma coisa inútil, do “que lhe a vontade pede”, “fora da madre”, “com uma carta de alforria ao pescoço”. Que se não espante quem noutros espectáculos gostou de nos ver falar da violência e do poder por nos encontrar agora entregues a bagatelas. Também esta luta travamos contra o mundo em que vivemos, cheio de “meirinhos e almotacés da limpeza, trabalhos, temores, esperanças, com a outra mais cabadela de enfadamentos”.
Em vão se procurará a actualidade deste Auto de Filodemo de Camões. Nada nele remete para o nosso tempo. As mulheres já não se enfadam a bordar sem mais nada que fazer, os rapazes já não vão à caça para preservar a castidade, veados só nos parques que ainda não arderam, os velhos senhores já não tratam da sua horta, as pastoras já não vão descalças à fonte, ninguém toca viola para cantar os doces males de amor, criadas brejeiras onde estão, graciosos nem nos programas de anedotas da tv, os parvos deixaram de ser bobos para serem deficientes mentais, já ninguém foge de barco com a amada prenhe, já ninguém mama da cabra, e quem é que tentará fazer descer à terra as estrelas luminosas com as artes das ervinhas e animais, se já se podem comprar uns passeios pelo céu? É verdade, este texto está definitivamente morto. Não faz mal. Faz bem.
Representá-lo faz-nos viver. Esta sociedade é passado. Mas foram homens como nós. Tiveram corpo e alma. Amaram de outras formas, pensaram de outras maneiras, escreveram outros versos. Houve vida diferente, boa ou má. E quando no teatro nos pomos a dizer os seus versos, e a fingir que amamos assim, e que assim raciocinamos, e que vamos à fonte, e que vamos à caça, e dizemos suas graças, outra vida se nos dá que já se não poder viver mas é nossa memória, brincamos ao que já não somos, saímos de nós em nosso presente, e fica a nossa vida maior. Tão mais inteligente, tão mais cheia de alegria.
Da vida dos que passam, dá a arte um testemunho. E a vida que vivemos é experiência acumulada de outras vidas. E o futuro é o abismo em que os mortos nos lançaram. Pelo teatro, para nosso recreio e instrução, podem entrar os mortos, ou a experiência, em nossa vida, como Müller tanto disse. A brincar. Escreve-se no teatro para os outros, para o futuro. Mas não se sobe ao palco para imitar o presente. É para lhe dar outra vida.
Camões, no Filodemo, falará do seu tempo. Com ironia. A inverosímil história do milagre que anulou as diferenças sociais num tempo de fantasia em que a sabedoria de Deus quis pôr “sós a ventura e amor por regedores do mundo” revela, por antítese, uma pequena sociedade que acaba por ser retratada e que está enredada em tontos e mesquinhos enganos, alheia à imensidão da vida e à força do desejo, presa de “honras falsas, nomes vãos” que legitimizam guerras e nos dão mau viver. À laia de epílogo, diz uma personagem: “Como é galante este mundo e gracioso”, ironizando, falando da história que se contou, e de um mundo imaginado e em tudo contrário àquele em que vive. A sua história de príncipes e pastores é afinal a expressão de um desejo. Gosto de estar vivo com uma serena vontade de mudança. Por muito que no retrato desta sociedade reconheçamos um viver ainda português, nossos desejos de mudança serão, hão-de ser, outros, decerto mais violentos. Esta peça não fala de nós. Felizmente. Mas o seu exercício no palco, a sua recriação, essa já bem nossa e bem presente, a experiência nossa de outra maneira de falar, outra sintaxe, outro vocabulário, outra finura, outra paciência, outra inteligência, outro humor, outras maneiras de amar, de pôr corpo e alma em acção, outro prazer de estar vivo, ajuda-nos, brincando, a inventar o desejo de um presente em tudo diferente daquele mesquinho que conhecemos. Pode haver mais engenho e alegria que aqueles que conhecemos. E mais carne. O homem não vive só de (in)justiça e dinheiro. Num mundo desses a arte não tem lugar. É impostura. Vão comércio. Lixo. Sejamos generosos. Não queremos viver assim.
Luís Miguel Cintra
Fonte: Teatro da Cornucópia

 

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