22 e 23 abril | 19h00
Música e Liberdade
Um programa em dois episódios
por Miriam Cardoso
A transformação política decorrente da Revolução de Abril, abre um novo espaço ao desenvolvimento cultural.
Em 1974 o programa do primeiro governo democrático estabeleceu como prioridade uma intervenção cultural generalizada, através da fomentação das atividades culturais e artísticas nas suas mais variadas valências.
Nos próximos 2 episódios, propomo-nos a descobrir alguns dos acontecimentos, das personalidades e das obras que marcaram estas últimas 5 décadas.
22 Abril | Episódio 1
Assinalamos o primeiro episódio com um acontecimento que marca o reconhecimento de Lopes-Graça como personalidade da cultura portuguesa. Registamos a sua forma de viver a ditadura através das obras Cinco Estelas Funerárias e do seu Requiem, obras maiores, de forte cariz emocional. A homenagem aos que não viveram as Portas Que Abril Abriu, poema de Ary dos Santos, poeta icónico e dedicatário da obra de António Victorino D’Almeida, 3 Andamentos à procura de um Quarteto.
Entre outras obras, poetas e compositores, terminamos com uma representação da Liberdade, através de algumas das árias da ópera O Rouxinol de Sérgio Azevedo.
23 Abril | Episódio 2
As diversas formas de viver a Liberdade, começaram logo às primeiras horas da Revolução, vindo a música de intervenção a tomar um lugar outrora vazio. Como homenagem, Daniel Schevtz, compõe, para assinalar os 40 anos da Revolução, Rapsódia em Abril Maior, para piano a 4 mãos.
Portugal acordava para uma nova realidade, e se a canção Acordai se tornou intemporal, também a sua dimensão nas gerações seguintes, como na obra de Nelson Jesus, Scherzo com Graça.
O legado do 25 de Abril, deixou diferentes perceções, tal como demonstram as diferentes obras deste 2º episódio e porque é sempre importante fazer acontecer a Liberdade, terminamos com uma homenagem ao género feminino, com O Lugar Suspenso de Mariana Vieira para harpa e eletrónica.