8º FESTIVAL ANTENA 2
29 janeiro a 1 fevereiro
sábado | 1 fevereiro | 19h00
Sala Luís Miguel Cintra
Teatro São Luiz, Lisboa
Maiores 6 anos
Transmissão direta em antena e em vídeo streaming na RTP Palco
Concerto | Música para banda sinfónica
Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana
Ricardo Torres, direção musical
Programa
Nelson Jesus (1986) – Zamora 1143 Poema Sinfónico op. 21
I. Prenúncio de nacionalidade
II. In Hoc Signo Vinces
III. Batalha de Ourique
Alexandre Almeida (1985) – Mesa para Cinco, Concertino para Quinteto de Saxofones e Banda Sinfónica
Luís Cardoso (1974) – Tetis, Poema Sinfónico op. 24
Joaquim Luiz Gomes (1914-2009) – Marcha Concertante
A prestigiada Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, terá a oportunidade de tocar todos os presentes com toda a sua sensibilidade e paixão.
Será um concerto marcante, onde a forte ligação ao meio cultural português passado e contemporâneo ficará presente para todo o público. O programa é composto por obras criadas por compositores que cresceram no seio da Banda Sinfónica e os quais recordaremos para sempre, pelos extraordinários seres humanos e pela sublime criação musical sonhada.
Notas ao programa
Zamora 1143 – Poema Sinfónico, Op. 21 – Nelson Jesus
Poema sinfónico para banda que retrata episódios da grandiosa História de Portugal. Sendo esta história carregada de simbolismos, quis decerto modo que a composição da peça carregasse essa mesma simbologia. Para tal, foram utilizados como motivos geradores excertos do atual Hino Nacional Português, entre outros. Esta peça foi vencedora do 1º Prémio na 4ª Edição do Concurso de Composição para Orquestra de Sopros, Banda Sinfónica do Exército – Inatel.
Mesa para cinco – Concertino para Quinteto de Saxofones e Banda Sinfónica – Alexandre Almeida
Composta como encomenda para a Banda Sinfónica Portuguesa, Mesa para 5 é um concertino para quinteto de saxofones e banda. É uma obra que vive muito das interligações de ideias musicais entre solistas por si e entre solistas e banda, promovendo uma ideia de concordância / discordância de “opiniões” musicais. O quinteto tende a funcionar como um instrumento a 5 vozes, permitindo harmonias que se aproximam de uma linguagem mais próxima do jazz.
Tetis – Poema Sinfónico, Op. 24 – Luís Cardoso
Tétis era irmã (e esposa!) de Oceanus. Na mitologia grega, Tétis personifica a fecundidade da água, que alimenta os corpos e forma a seiva da vegetação. Luís Cardoso procura conciliar um ambiente tempestuoso com a ideia poderosa da fecundidade. Essa deusa foi a inspiração para este trabalho para banda sinfónica, que deriva de um fragmento melódico de três notas, ouvido nos 2 compassos iniciais.
Marcha Concertante – Joaquim Luiz Gomes
Caracteriza-se por uma constante valorização de melodias populares, enriquecendo-as com recursos técnicos que, além de lhes permitirem mais vastos horizontes, as reveste de novos ambientes procurando tirar partido do seu potencial sonoro, sem as desvirtuar na sua verdadeira expressão artística.
Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana | A 4 de Janeiro de 1838 nasce por decreto de D. Maria II a Banda da Guarda Municipal, posteriormente designada de Banda de Música da Guarda Nacional Republicana, após a implementação da República.
Com a reestruturação da Guarda Nacional Republicana em 2009, a Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana passa a estar na dependência da Unidade de Segurança e Honras de Estado, sendo que esta constitui um dos órgãos que o Exmo. Comandante-Geral tem à sua disposição, para no âmbito da sua ação, desenvolver as suas atividades que compreendem as de representação a nível do Protocolo de Estado, cerimónias militares, culturais, recreativas e de divulgação da GNR.
O elevado grau de especialização dos elementos que constituem a Banda Sinfónica da GNR, assim como o seu amplo e valioso arquivo permitem que esta atinja em concerto um nível artístico difícil de encontrar em agrupamentos congéneres.
Ao longo da sua história para além dos inúmeros concertos com elevado reconhecimento em Portugal, muitos foram os êxitos obtidos em digressões internacionais destacando-se: 1892 – Concurso Internacional de Bandas Militares em Badajoz; 1910 – Madrid, S. Sébastian e Barcelona; 1930 – digressão ao Brasil; 1963 – Holanda participação na NATO-TAPTOE. Paris – gravação de concertos para a Rádio; 1965 – Concerto na cidade de Badajoz e representação de Portugal no IV Centenário da Fundação do Rio de Janeiro; 1980 – Mons (Bélgica) no 20º Festival Internacional de Bandas Militares; 1987 – Cáceres, intercâmbio cultural entre Portugal e Espanha; 1988 – Cáceres e Plasência, (Espanha) jornada de solidariedade com a zona sinistrada do Chiado (Lisboa); 1995 – Modena (Itália) participação no 4º Festival Internacional de Bandas Militares; 1996 – Basileia (Suíça) participação no 5º Festival Internacional de Bandas de Polícia; 1998 – digressão ao Luxemburgo: Differdange, Luxemburgo e Vianden.
A qualidade e excelência da Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana foram distinguidas em 2005 com o Prémio Amália na categoria de Música Clássica e em 2006 foi conferido à Banda, por S. Ex.a o Sr. Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, o Título de Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.
Desde 1838 a Banda Sinfónica da GNR foi chefiada, no período que a cada um se atribui, pelos seguintes maestros: Jerónimo Soller (1838-1878), Jacques Murat (1878), Manuel Augusto Gaspar (1878-1901), António Gonçalves da Cunha Taborda (1901-1911), Joaquim Fernandes Fão (1911-1935), Lourenço Alves Ribeiro (1935-1959), Manuel da Silva Dionísio (1960-1973), Joaquim Alves de Amorim (1974-1982), Idílio Martins Fernandes (1982-1989), Vasco da Cruz Flamino (1989-2001), Jacinto Coito Abrantes Montezo (2001-2008), João Afonso Cerqueira (2008-2022).
O Maestro Alferes Ricardo Torres é desde 1 de janeiro de 2023, o Chefe e Diretor artístico da Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, coadjuvado pelo Maestro Alferes Hélder Gonçalves.
Ricardo Torres | Nasceu no concelho da Figueira da Foz, em 1984, iniciando os seus estudos musicais aos 9 anos de idade na Sociedade Musical Santanense. Em 1995 ingressou no Conservatório de Música David de Sousa da Figueira da Foz, tendo finalizado o 8º grau de clarinete com 19 valores, na classe de César Ramos.
Foi premiado em diversos concursos para jovens clarinetistas e participou em várias masterclass orientadas pelos clarinetistas António Saiote, Nuno Pinto, Charles Neidich e Anders Abërg.
Colaborou com diversas orquestras, tais como a Orquestra Nacional de Sopros dos Templários, Orquestra de Câmara de Coimbra, Orquestra Sinfónica Juvenil de Lisboa, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Orquestra Sinfónica de Cascais e Orquestra Promenade.
Em dezembro de 2004 ingressou na Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana e em 2006 ingressou na Escola Superior de Música de Lisboa. Tocou a solo com a Orquestra de Clarinetes de Almada no 10º Congresso Internacional de Clarinete em Lisboa (abril de 2007) e em França – Toulouse (março de 2008). Tocou em peças de teatro e musicais tais como Aos Peixes (Moby Dick) no Centro Cultural de Belém e Teatro da Trindade e Um Violino no Telhado de Filipe La Féria (Teatro Politeama).
Em julho de 2009 finalizou a Licenciatura em Clarinete na E.S.M.L. na classe de Manuel Jerónimo e de Paulo Gaspar. Em dezembro de 2016 finalizou o Mestrado com profissionalização em Ensino de Música no Instituto Piaget de Almada com 18 valores, tendo sido convidado a desempenhar as funções de Orientador Institucional.
Em fevereiro de 2018 tocou a solo com a Orquestra Sinfonietta de Ponta Delgada, sob a direção do maestro Jean-Sébastien Béreau.
Tem dinamizado ao longo dos anos vários projetos musicais nos mais variados estilos musicais, desde o clássico ao jazz, tais como o Duo Trifásico, trio Petit Gatô, Quarteto de Clarinetes da Figueira da Foz, Quinteto de Sopros Aquilon, Conservatório de Música Artallis, entre outros.
De 2005 a 2022 foi solista da Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana.
Estudou Direção de Orquestra com o maestro Jean-Sébastien Béreau e é Diretor Artístico e Maestro da Banda Bombeiros Voluntários de Ílhavo – Música Nova. Em 2024 finalizou a Pós-Graduação em direção de Bandas e Ensembles de Sopros na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, tendo tido a oportunidade de trabalhar com diversos maestros, entre os quais Alberto Roque, Alex Schillings e Matthew George.
Em janeiro de 2023 assumiu o cargo de Chefe e Maestro Titular da Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana.