22 Abril 21h30
Concerto de Abertura
Concerto de Abertura
CCB – Grande Auditório
Transmissão em direto a partir das 21h00
Claude Debussy Iberia
Manuel de Falla Noches en los Jardines de España
Nikolai Rimsky-Korsakov Scheherazade
Josep Colom Pedro Amaral ©André Cameron
A Representação do Outro
Quando remete para contextos distantes, a obra artística é mais
persuasiva no convite que faz à apreciação contemplativa. Desde
logo, porque suspende os compromissos da vida quotidiana e
liberta instintos de evasão. Entre os propósitos de cada viagem
esconde-se sempre este tipo de vontade, que anseia por outros
lugares, outros conhecimentos, diferentes “pontos de vista”.
Resta adivinhar os motivos que levam compositores de matriz
clássica a aventurarem-se em universos que, à partida, não
lhes pertencem. Talvez, então, se revelem maiores interesses
em torno da sedução do exótico e dos efeitos de encantar.
Exemplo emblemático do exotismo em música, em França
cultivou-se o arquétipo de uma Espanha idealizada, divisória
subliminar entre centro e periferias europeias. Bastou a
Debussy uma curta viagem por San Sebastián para compor
o tríptico que preenche o núcleo da obra orquestral Images.
Ouvem-se castanholas, fragrâncias noturnas no oboé,
“rasgueados” guitarrísticos em clima de festa.
Com igual exuberância, Falla evoca em Noches en los Jardines
de España o jardim de Alhambra, o espírito andaluz de uma
“Danza lejana” e uma festa cigana de Córdova.
O compositor autorretrata a sua cultura, num bilhete-postal
endereçado à internacionalização da carreira.
E, ainda, o russo Rimsky-Korsakov, que tão bem conhecia as
sonoridades espanholas. Em Scheherazade, porém, deslumbrou-
-se pelo orientalismo das Mil e uma noites, um verdadeiro festim
de sensações, e de oportunidades para a orquestra brilhar.
persuasiva no convite que faz à apreciação contemplativa. Desde
logo, porque suspende os compromissos da vida quotidiana e
liberta instintos de evasão. Entre os propósitos de cada viagem
esconde-se sempre este tipo de vontade, que anseia por outros
lugares, outros conhecimentos, diferentes “pontos de vista”.
Resta adivinhar os motivos que levam compositores de matriz
clássica a aventurarem-se em universos que, à partida, não
lhes pertencem. Talvez, então, se revelem maiores interesses
em torno da sedução do exótico e dos efeitos de encantar.
Exemplo emblemático do exotismo em música, em França
cultivou-se o arquétipo de uma Espanha idealizada, divisória
subliminar entre centro e periferias europeias. Bastou a
Debussy uma curta viagem por San Sebastián para compor
o tríptico que preenche o núcleo da obra orquestral Images.
Ouvem-se castanholas, fragrâncias noturnas no oboé,
“rasgueados” guitarrísticos em clima de festa.
Com igual exuberância, Falla evoca em Noches en los Jardines
de España o jardim de Alhambra, o espírito andaluz de uma
“Danza lejana” e uma festa cigana de Córdova.
O compositor autorretrata a sua cultura, num bilhete-postal
endereçado à internacionalização da carreira.
E, ainda, o russo Rimsky-Korsakov, que tão bem conhecia as
sonoridades espanholas. Em Scheherazade, porém, deslumbrou-
-se pelo orientalismo das Mil e uma noites, um verdadeiro festim
de sensações, e de oportunidades para a orquestra brilhar.
Rui Campos Leitão
Embarque aqui na viagem imaginada
pelo programador musical de Dias da Música’16, André Cunha Leal.
pelo programador musical de Dias da Música’16, André Cunha Leal.
Nestes três Dias da Música, acompanhe-nos também pelo facebook da Antena 2.
Veja ainda a programação dos restantes Dias da Música, na Antena 2:
Concertos Excertos musicais a partir de várias salas
Comentários, entrevistas, apontamentos de reportagem
Dia 24 – das 12h50 às 23h00
Concertos
Excertos musicais a partir de várias salas
Comentários, entrevistas, apontamentos de reportagem
Concerto de Encerramento
Excertos musicais a partir de várias salas
Comentários, entrevistas, apontamentos de reportagem
Concerto de Encerramento
Fotos de Pedro Pina