4º FESTIVAL ANTENA 2
De 12 a 15 Fevereiro 2020
| Música | Performance | Conferência |
Apresentamos finalmente um espetáculo musical multimédia intitulado DRiP, com interação entre um músico ao vivo, o pianista/baterista Danny Rico, e uma projeção vídeo.
Fora do palco apostamos na apresentação ao vivo de uma rubrica radiofónica que cruza o universo das letras com o mundo infantil e com a escola: as Palavras de Bolso de Ana Isabel Gonçalves e Paula Pina, apresentadas em jeito de performance, num sketch diário, no foyer do teatro, ao final da tarde.
O mundo das ideias, da música, das artes conjuga-se, pois, nestes quatro dias de um festival que tem aqui a sua 4ª edição. O espelho de um canal da rádio pública que mergulha com a mesma paixão nos valores artísticos do passado, nos que marcam o presente e nos que o futuro nos promete.
João Almeida
18h30 | Foyer do TNSC
– a bebés, pela componente fonológica, rítmica e musical;
– a crianças e jovens, pela magia das narrativas e pelos jogos de palavras, pelo nonsense, pelas brincadeiras com textos que alguns reconhecem;
– a adultos, pelo humor, pela ironia e pela abordagem pouco convencional com textos que conhecem de outros registos mais formais;
– a educadores e professores, pela possibilidade de recorrerem a algumas das rubricas para utilização em contexto escolar
Nas Palavras de Bolso pode-se aprender como se faz a chuva e se cria uma tempestade, ou como se evoca uma lareira a crepitar ou o bater do coração, uma árvore a tombar ou um rebanho a pastar. As autoras, Ana Isabel Gonçalves e Paula Pina, trabalham em atividades de criação artística, narração oral e formação, no projeto SóHistórias – Literacia e Mediação Cultural e são responsáveis pela conceção e supervisão do PROL – Programa de Literacia Emergente, resultante da colaboração com a livraria Cabeçudos – Cabeças com Ideias.
19h00 | Salão Nobre do TNSC
Maiores 6 anos
Josep Maria Martí Duran, teorba
Fernando Miguel Jalôto, cravo
Jacques Morel (1690-1740) – Troisième Suite
Prélude
Boutade de Sainct Germain
Allemande La Brillante
Courante
Sarabande L’Aurore
Gigue à L’Angloise
Échos de Fontainebleau
Robert de Visée (c. 1655 – c.1732) / François Couperin (1668-1733) – Les Sylvains de M. Couperin
Antoine Forqueray (c.1671-1745) / Jean-Baptiste Forqueray (1699-1782) – Chaconne La Buisson
Marin Marais (1656 -1728) – Le Badinage
François Couperin (1668 – 1733) – La Sophie
Marin Marais (1656 -1728) – Allemande La Superbe
Marin Marais (1656 -1728) – Lá Rêveuse
Jacques Morel (1690-1740) – Première Suite
Prélude
Allemande
Sarabande
La Bretonne
Marin Marais (1656 -1728) – Couplets des Folies d’Espagne
© Tomás Monteiro
O programa deste concerto pretende homenagear o compositor francês Jacques Morel (ca. 1690 – 1740) centrando-se na sua obra para viola da gamba e baixo-contínuo, mas englobando também obras dos compositores seus contemporâneos Antoine Forqueray, François Couperin e com destaque para Marin Marais, o seu grande professor e mentor, ainda hoje considerados a grande referência para o repertório da viola da gamba.
Sofia Diniz, Miguel Jalôto e Josep Maria Martí partilham o palco regularmente já há cerca de uma década. Os três músicos partilham uma grande paixão pela música francesa do séc. XVIII e dedicam-se, sempre que possível, à música para viola da gamba. Em 2016 gravaram em conjunto aquela que será mundialmente a primeira gravação integral do livro de Suites para viola da gamba e contínuo de Jacques Morel. A gravação La Lyre d’Apollon está disponível ao público desde dezembro de 2018. Sofia, Miguel e Josep usufruem de um entendimento musical notável, o que torna cada encontro, cada concerto numa festa musical.
21h00 | Sala Principal do TNSC
Danny Rico, piano, bateria, composição
Álvaro Campos e Johannes Pöllmann, captação de imagem
Rosana Ribeiro, bailarina em vídeo
Programa
Lyla
Plastisphere
Is This The End?
Ray Warleigh’s Chord
Krama
The Art of Losing
Ponte Suspensa
Wiener Linien
Ausse Spüln
O projeto DRiP nasce de uma colaboração entre o multi-instrumentista Danny Rico e a artista visual Astrid Steiner. Sozinho em palco, Danny Rico apresenta-nos as suas composições alternando entre a bateria e o piano. Os vídeos, por sua vez, levam-nos numa viagem utópica do músico pelo mundo, com os instrumentos a pairar em montanhas, cidades ou florestas. Filmado em 2017 e 2018 em Portugal, Londres e Áustria, as imagens foram cinematograficamente editadas por Astrid.
Danny Rico nasceu na Áustria. Toca piano e bateria desde os 9 anos de idade. Obteve o Mestrado em Piano Jazz no Conservatório de Música de Klagenfurt. Já tocou ao lado de Andreya Triana, Ray Warleigh, Dani Siciliano, Oroh Angiama, Stroy, entre outros. Colaborou como compositor em várias produções de dança contemporânea e é atualmente baterista na banda Steaming Satellites. "DRiP" é o mais recente projeto, em jeito de experiência audiovisual.
© Álvaro Campos
Quinta-feira | 13 Fevereiro
18h30 | Foyer do TNSC
Entrada Livre
Maiores 6 anos
Performance | Palavras de Bolso
Ana Isabel Gonçalves & Paula Pina
19h00 | Salão Nobre do TNSC
Entrada 5 €
Maiores 6 anos
Eudoro Grade, guitarra
Francisco Franco, guitarra
Jorge Pires, guitarra
Pedro Rufino, guitarra
Programa
José Afonso (1929-1987) (arr. Pedro Louzeiro) – Verdes São os Campos
José Afonso (1929-1987) (arr. Pedro Louzeiro) – Canção de Embalar
José Afonso (1929-1987) (arr. Pedro Louzeiro) – Maria Faia
Carlos Paredes (1925-2004) (arr. Pedro Louzeiro) – Acção
Carlos Paredes (1925-2004) (arr. Pedro Louzeiro) – Porto Santo
Ernesto Lecuona (1895-1963) (arr. Angelo Gilardino) – Suite Andalucia
José Mario Branco (1942-2019) (arr. José Peixoto) – Mariazinha
Sérgio Godinho (1945-?) (arr. José Peixoto) – Com um Brilhozinho nos Olhos
Luís Freitas Branco (1890-1955) (arr. Miguel Jesus) – Fandango
O Quarteto Concordis assume a sua portugalidade através da música escolhida para o seu primeiro CD, lançado em 2018. Obras de José Afonso e de Carlos Paredes, arranjadas por Pedro Louzeiro, estiveram no centro desse trabalho. São também estes os nomes sempre presentes nos concertos deste quarteto de guitarras. Para além deles, podemos ouvir também arranjos de José Peixoto de canções de José Mário Branco e de Sérgio Godinho. Este percurso pela música portuguesa faz um pequeno desvio por alguns andamentos da suite Andalucia do cubano Ernesto Lecuona. De regresso à música portuguesa, o Quarteto Concordis, termina com um fandango: o III andamento da Suite Alentejana nº 1 de Luís de Freitas Branco, num arranjo de Miguel Jesus.
Entrada livre
Maiores 6 anos
Programa
Leo Arnaud (1904-1991) & John Williams (1932-?) (arr. Rui Silva) – Bugler’s Dream & Olympic Fanfare Medley
Satoshi Yagisawa (1975-?) – Primavera – Beautiful Mountain Winds
Saül Gómez Soler (1982-?) – Leonardo Dreams
George Gershwin (1898-1937) (arr. James Barnes) – Porgy & Bess (excertos)
John Williams (1932-?) – Summon the Heroes
Philip Sparke (1951-?) – The Bandwagon
No ano em que decorrem os jogos da 32ª Olimpíada da era moderna, desta feita em Tóquio, a Banda de Música da Força Aérea Portuguesa apresenta um programa dedicado ao objetivo simbólico de qualquer atleta: o sonho de voar, a conquista do sucesso associada à ideia de chegar mais alto, com todo o caminho que esse sonho representa em termos de trabalho, de persistência, tendo em mente a constante aprendizagem que se retira das vitórias e também das derrotas.
Sexta-feira | 14 Fevereiro
18h30 | Foyer do TNSC
Entrada Livre
Maiores 6 anos
Performance | Palavras de Bolso
Ana Isabel Gonçalves & Paula Pina
19h00 | Sala Principal do TNSC
Entrada 10 €
Maiores 6 anos
João Mortágua, saxofone alto e soprano
José Soares, saxofone alto
Hugo Ciríaco, saxofone tenor
Rui Teixeira, saxofone barítono
Alex Lázaro, bateria
Pedro Vasconcelos, bateria e percussões
Programa
Bird Drible
Fadecafone
Pyramidal
Methall
Decablues
Shiny Axe
Robot
Axe Game
Afro Axe
Bud Pets
Axes é um projeto do saxofonista e compositor João Mortágua que explora as texturas de quatro saxofones e duas baterias, sem recurso a qualquer instrumento harmónico, propondo um resultado contemporâneo, na busca de uma linguagem própria. Não é, portanto, jazz nem o seu contrário. É uma pirâmide quadrangular assente em ripas estridentes, uma fusão entre o erudito e o urbano, uma ode ao pássaro citadino e à geometria pagã.
João Mortágua, músico destacado como um dos valores seguros do jazz nacional, tem tido nos últimos anos uma intensa atividade artística, tocando a música de Nuno Ferreira, Miguel Moreira, Filipe Teixeira, Bruno Pernadas, Alexandre Coelho, Nelson Cascais, André Santos, Carlos Bica e André Fernandes, entre outros. Editou mais dois álbuns de sua autoria, Janela (2014) e Mirrors (2017). Sobre o CD Axes, editado em 2017, disse a crítica que é “um disco excelente de ouvir, (…) com ideias musicais muito interessantes de seguir” (jazz.pt), “cada melodia abre um caminho amplo, derrubando tudo à sua frente” (Bird is the worm); foi eleito ‘álbum do ano’ pela Jazz Logical; e mais recentemente, disse ainda Ian Patterson, da All About Jazz, na cerimónia de encerramento da European Jazz Conference: “Esta é alguma da música mais vanguardista a ser feita na Europa neste momento; os Axes são um exemplo da música nova que os festivais deveriam estar a celebrar nos seus cartazes."
Depois de atuarem em festivais como o Spring On! (Casa da Música), 8º Festival Porta Jazz (Rivoli), KM.251 (Ponferrada) ou o Internationales Jazz Festival (Muenster), marcaram presença nos festivais de jazz de Südtirol e de Belgrado, para além do Angra Jazz, entre outros.
Entrada 5 €
Maiores 6 anos
Sofia Portugal, voz
Susana Quaresma, voz
Tânia Cardoso, voz
Tiago Manuel Soares, percussão
Programa
Anónimo (Fundão, Beira Baixa) (arr. Leilia) – Moda da Tosquia
Amélia Muge (1952-?) (arr. Sofia Portugal) – A Monte I
José Manuel David (música) (1956-?), Almada Negreiros (letra) (1893-1970) – Rondel do Alentejo
Rodrigo Crespo (música) (1975-?), Sofia Portugal (letra) (1988-?) – Ser Gentia
Dulce Pontes (1969-?) – Modinha das Saias
José Afonso (1929-1987) (arr. Susana Quaresma e Sofia Portugal) – Que Amor Não me Engana
José Afonso (1929-1987) (arr. Sofia Portugal) – Menino de Oiro
Anónimo (Alentejo) (arr. Susana Quaresma) – Ó Bento Airoso
Rodrigo Crespo (música) (1975-?), Fernando Pessoa (letra) (1888-1935) – Ó Sino da Minha Aldeia
Antônio Carlos Jobim (música) (1927-1994), Chico Buarque (letra) (1944-?) e Vinícius de Moraes (letra) (1913-1980) (arr. Sofia Portugal) – Olha Maria
Chico Buarque (1944-?) e Milton Nascimento (1942-?) (arr. Sofia Portugal) – Cio da Terra
Sofia Adriana Portugal, Susana Quaresma e Tânia Cardoso partilham o gosto pela pesquisa vocal, sonora e cénica. Estas são as três mulheres que mondam canções e saberes antigos de forma contemporânea, através do canto polifónico e dos ritmos da percussão. Cantam repertório do cancioneiro lusófono, mas também composições originais que acentuam a força da palavra e da poesia. Mondar é limpar, deixar o essencial e para as Maria Monda, essa essência está no tecer das vozes, ora em sedas suaves, ora em mantas rudes, cantando em homenagem à Terra-Mãe, de nome Maria.
Sofia Adriana Portugal, Susana Quaresma e Tânia Cardoso conheceram-se em 2012, no âmbito do Mestrado em Teatro-Música da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa e desde logo surgiu uma vontade crescente de trabalhar em conjunto. Essa vontade concretizou-se finalmente na edição de 2015 do Festival Cantar Abril, em Almada, o qual deu o mote para este entusiasmante encontro que, na companhia do percussionista João Luís Lopes, resultou na vitória na categoria de Melhor Recriação de Canções de Resistência, Prémio Adriano Correia de Oliveira, cantando o tema Já o Tempo se Habitua, de José Afonso. Desde aí têm cantado de Norte a Sul do país.
Sábado | 15 Fevereiro
15h00 | Sala Principal do TNSC
Entrada livre
Maiores 12 anos
Paulo Pires do Vale, Comissário do Plano Nacional das Artes
Firmino Bernardo, Associação de Professores de Teatro-Educação
Luís Caetano, moderador
18h30 | Foyer do TNSC
Entrada Livre
Maiores 6 anos
Performance | Palavras de Bolso
Ana Isabel Gonçalves & Paula Pina
19h00 | Salão Nobre do TNSC
Entrada 5 €
Maiores 6 anos
Edward Elgar (1857-1934) – Evening scene
Alfredo Teixeira (1965-?) – (Part)ida – [Lectio X]
Raquel Pedra, soprano
Mariana Cardoso, soprano
Einojuhani Rautavaara (1928-2016) – Sommarnatten
Isabel Cruz Fernandes, soprano
Raquel Gama, soprano
Miguel Carvalho (1997-?) – Luar [estreia absoluta]
Ana Baptista, soprano
Daniel Elder (1986-?) – Serenity
Rui Paulo Teixeira (1973-?) – Stille Nacht [mit einem Blick auf die Passion]
Isabel Cruz Fernandes, soprano
Ana Baptista, soprano
Miguel Jesus (1984-?) – Luar
Inês Pimentel, soprano
Kerrin Brinkmann, alto
Rui Luís, tenor
Miguel Carvalho, baixo
Eric Whitacre (1970-?) – Sleep
Daniel Elder (1986-?) – Three Nocturnes
Lullaby
Ērik Ešenvalds (1977-?) – Only in Sleep
Raquel Pedra, soprano
Ērik Ešenvalds (1977-?) – Long Road
Raquel Pedra, soprano
Joana Esteves, alto
João Castelo Branco, tenor
João Líbano Monteiro, baixo
Este concerto tem como tema central o Luar, com o intuito de rondar e explorar todo um ambiente noturno sob diferentes prismas e perspetivas. Um programa eclético que aborda vários estilos e épocas, com uma estreia absoluta: Luar de Miguel Carvalho, compositor que é também cantor no Coro Ricercare, tal como Miguel Jesus, outro compositor que pegou no mesmo poema que dá título a este concerto.
21h00 | Sala Principal do TNSC
Entrada 10€ a 25 €
Maiores 6 anos
Paula Carneiro, violino
Marco Pereira, violoncelo
Francisco Ribeiro, clarinete
Paulo Guerreiro, tuba wagneriana
Programa
Pedro Moreira (1969-?) – Nocturnal
Eurico Carrapatoso (1962-?) – Liszt But Not Liszt
Ana Seara (1985-?) – Sinfonia (Des)concertante [encomenda do TNSC em estreia mundial]
Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia nº 7 em lá maior op. 92
I. Poco sostenuto – Vivace
II. Allegretto
III. Presto – Assai meno presto
IV. Allegro com brio
A produção musical portuguesa contemporânea é privilegiada neste concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa dirigido por Pedro Neves: Nocturnal de Pedro Moreira, Liszt but not Liszt de Eurico Carrapatoso e Sinfonia (Des)Concertante de Ana Seara (obra coral-sinfónica em estreia mundial, encomenda do TNSC por ocasião dos 25 anos da OSP). A Sinfonia nº 7 de Beethoven é sempre um verdadeiro cavalo de batalha para qualquer formação sinfónica. Wagner viu nela uma «apoteose da dança». Uma obra central do legado de Beethoven, adequada à digna evocação do seu nascimento, há 250 anos.
Pedro Neves é maestro titular da Orquestra Clássica de Espinho. Desempenhou as funções de maestro titular da Orquestra do Algarve entre 2011 e 2013 e de maestro convidado da Orquestra Gulbenkian entre 2013 e 2018. Estudou direção de orquestra com Jean Marc Burfin, com Emilio Pomàrico em Milão e com Michael Zilm, do qual foi assistente.
* Mediante disponibilidade dos lugares das salas.
Para mais informações, sobre horários de abertura das salas, acessibilidades e bilheteira, contatar o Teatro Nacional de São Carlos.