A Antena 2 transmite em direto a 6ª edição do Festival Robalo Antena 2. Um festival que revela a diversidade e vitalidade da música improvisada contemporânea inspirada no jazz, onde atuam e se juntam músicos de várias gerações e proveniências, incluindo a estreia de projetos originais.
17 a 21 Julho | às 18h00 e às 19h30
No primeiro dia temos o lançamento em Portugal do disco dos Practically Married com o baterista João Pereira. Trata-se de um grupo de músicos oriundos da Grã-Bretanha radicados em Berlim que já há muito colabora com o baterista português. Pratica uma música totalmente improvisada mas baseada na linguagem do jazz.
Segue-se o projeto Aurin, um grupo recente do jovem guitarrista e compositor Simão Bárcia. Com uma combinação interessante de instrumentos e com instrumentistas de diferentes inspirações, esperam-se deste grupo texturas frescas e uma música atual.
No segundo dia temos a habitual colaboração da Robalo com a Associação Porta-Jazz. Trata-se de um ensemble que agrupa três jovens músicos de cada associação com repertório original.
Nesse dia há também outra estreia: o grupo Vereda liderado pelo guitarrista André Santos, um músico conhecido pela obra multifacetada, lado a lado com excelentes improvisadores, numa oportunidade para escutar música atual.
No terceiro dia do festival temos o projeto Forget About Mars, com a jovem pianista Débora King a apresentar um conjunto de temas originais, bem rodeada por músicos da nova geração. Um estilo musical com uma escrita cuidada mas também com improvisação.
O grupo seguinte, que junta o trabalho seguro de João Carreiro, João Sousa e Samuel Gapp, toca música essencialmente improvisada, aproveitando a ocasião para lançar o primeiro disco, num projeto musical em permanente evolução.
No quarto dia temos o recente duo da cantora Sofia Sá com o contrabaixista João Fragoso, explorando os contrastes e as semelhanças entre a voz e o contrabaixo, entre as palavras e a música. Com recurso a eletrónica e outros instrumentos pontuais, trata-se de música improvisada com atenção aos detalhes.
Neste dia ouvimos também o trio da pianista espanhola Clara Lai que em 2021 nos deliciou com um criativo recital a solo. Desta vez vem acompanhada de músicos residentes em Barcelona, um projeto que apresenta o disco recentemente gravado para a editora portuguesa Phonogram Unit.
O quinto e último dia reserva-nos dois quartetos recentes, dois modos diferentes de conceber a improvisação contemporânea. Mirakelhund é um grupo liderado pelo jovem trompetista João Almeida, aqui acompanhado por um excelente conjunto de músicos dinamarqueses. Depois de uma primeira experiência em Copenhaga, vêm aqui continuar este diálogo a quatro vozes.
No fecho do festival temos Beast, um projeto liderado pelo experiente saxofonista norte-americano John O’Gallagher, um nova-iorquino que optou recentemente por residir em Lisboa. Atua aqui com outros três músicos de diferentes gerações para apresentar um conjunto de temas fortemente ancorado na improvisação.
Resta-nos dirigir um franco agradecimento ao Liceu Camões que mais uma vez acolhe o Festival Robalo Antena 2 com a maior simpatia e empenho, nesta edição que, como as anteriores, merece uma total cobertura da rádio pública, com a transmissão direta de todos os concertos na Antena 2 e com a disponibilização online das gravações vídeo, em diferido, na RTP Palco e na homepage da rádio.
Programa [Sumário]
17 julho | 18h00
Practically Married + João Pereira
Aurin
18 julho | 18h00
Ensemble Porta-Jazz / Robalo
18 julho | 19h30
Vereda
19 julho | 18h00
Forget About Mars
19 julho | 19h30
Carreiro / Sousa / Gapp
20 julho | 18h00
Fragoso | Sofia
20 julho | 19h30
Clara Lai Trio
21 julho | 18h00
Mirakelhund
21 julho | 19h30
Beast
Programação
17 julho | 18h00
James Banner, contrabaixo
João Pereira, bateria
17 julho | 19h30
Joana Domingues, voz
Bernardo Tinoco, sax
Bruna de Moura, violoncelo
Miguel Fernandez, bateria
Aurin
é um grupo criado por Simão Bárcia que cruza o jazz contemporâneo com a música
de câmara. Com uma invulgar instrumentação (guitarra, bateria, voz, saxofone e
violoncelo), este quinteto viaja entre vários mundos, inspirados no livro A História Interminável utilizando a composição e a improvisação
como seus veículos.
18 julho | 18h00
Bernardo Tinoco, saxofone alto
Gil Silva, saxofone tenor
Duarte Ventura, vibrafone
Pedro Molina, contrabaixo
Eduardo Dias, bateria
A 4ª edição do Ensemble Robalo / Porta-Jazz reúne este ano seis jovens músicos que, no âmbito de uma residência artística, compuseram o repertório deste concerto.
18 julho | 19h30
José Soares, saxofone alto
Francisco Andrade, saxofone tenor
Diogo Alexandre, bateria
Vereda é o novo grupo de André Santos, composto por Francisco Andrade (sax tenor), José Soares (sax alto) e Diogo Alexandre (bateria). Inspirado pelas veredas madeirenses – caminhos estreitos por entre a floresta Laurissilva – o guitarrista criará pequenos trilhos musicais que serão o mote para a criação em tempo real.
Foto Estelle Valente
19 julho | 18h00
Forget About Mars
Marta Rodrigues, voz
Ze Almeida, contrabaixo
Samuel Dias, bateria
Forget About Mars é um projeto liderado por Débora King, apresentado em formato de quarteto com Marta Rodrigues na voz, Zé Almeida no contrabaixo e Samuel Dias na bateria. A música é escrita especialmente para esta formação, havendo sempre uma procura por novos caminhos e abordagens.
O projeto tem como propósito refletir sobre a fragilidade humana, recorrendo ao abstrato e ao universo tímbrico do mundo analógico. Forget About Mars questiona mas não impõe. As mensagens não são diretas e muitas vezes nem se revelam, como em tudo o que não é concreto. Este projeto vem lembrar que nada é estático e que nem tudo é previsível.
19 julho | 19h30
Carreiro / Sousa / Gapp
Samuel Gapp, piano
João Sousa, bateira
Este trio explora as possibilidades que surgem da sua formação pouco usual, dois instrumentos harmónicos e bateria. Em 2022 gravaram em residência, o disco Habitat, a editar em 2023 pela Robalo music. O repertório varia entre momentos totalmente improvisados e composições originais dos três músicos.
@ Antena 2
20 julho | 18h00
Fragoso | Sofia
João Fragoso, contrabaixo
20 julho | 19h30
Clara Lai Trio
Àlex Reviriego, contrabaixo
Oriol Roca, bateria
A música deste álbum explora a construção coletiva em formato de trio, visitando diferentes zonas sonoras, possibilidades de composição e linguagens dentro da improvisação. Música enérgica mas também contemplativa, aleatória, algo de ruído e de silêncio, convivem com esboços melódicos.
Peças como corpos sonoros que encontram unidade ao abraçar a sua diversidade.
Gravado em Barcelona em abril de 2022 e publicado pela editora Phonogram Unit em abril de 2023.
21 julho | 18h00
Mirakelhund
Johannes Gammelgaard Lauritsen, saxofone tenor
Asger Thomsen, contrabaixo
Johannes Berg, bateria
21 julho | 19h30
Beast
Samuel Gapp, piano
José Almeida, contrabaixo
João Lencastre, bateria
Beast é um grupo dedicado a explorar as fronteiras entre estrutura, liberdade, composição e improvisação. Cada concerto é abordado como uma viagem de descoberta de origens e destinos desconhecidos, com o único objectivo de ESCUTAR.
Como líder, destacam-se os seus discos ‘Ponto de Partida’ (2013), ‘Vitamina D’ (2016) e ‘Embalo’ (2022) e o projeto Mano a Mano, com o irmão Bruno Santos, já com quatro discos editados.
Como diretor músical, destacam-se o projecto Mutrama (2018), no qual revisita a música tradicional madeirense com base em recolhas feitas pela Associação Xarabanda, dando assim seguimento à sua tese de mestrado sobre os cordofones tradicionais madeirenses (Conservatorium van Amsterdam). Na senda da tradicão madeirense, fez também a direcção musical do projecto ‘Recordar Max’, a convite de António Zambujo. Dirigiu também o projecto ‘Um Só Dia’, de homenagem a Manuel Alegre, de Joana Alegre, que contou com a participação de Camané, Cristina Branco, Jorge Palma, Ana Bacalhau, AGIR, Maria Ana Bobone, entre outros.
Com todos estes projetos, e muitos outros, já atuou um pouco por todo o mundo: México, Macau, Cabo Verde, Suécia, Itália, Ucrânia, Bulgária, Lituânia, Eslovénia, Holanda, EUA, Polónia, Alemanha, Espanha, Uruguai, Sérvia, Montenegro ou Angola.
(Porto, 1999) iniciou os estudos violoncelísticos aos cinco anos de idade.
Estudou na Escola de Música do Conservatório Nacional e na Escola Superior de
Música de Lisboa, onde se licencia em 2020. Em 2016 começa a trabalhar na área
do teatro e em 2017 enverga pelo ramo da música contemporânea e performance.
música e performance. Musicalmente explora todos os campos desde a música
erudita tradicional à música improvisada.
companhias como o Teatro da Cidade e a Casa Conveniente.
Atualmente reside em Barcelona e participa em diferentes projetos de música improvisada, experimental e jazz contemporâneo, liderando os seus próprios grupos, nutrindo-se e colaborando com músicxs inspiradorxs das cenas local e internacional da música improvisada, experimental e de jazz, como Oriol Roca, Àlex Reviriego, Albert Cirera, Ferran Fages, Zé Lencastre, Carlos Zingaro, João Lencastre, Gonçalo Almeida, Iván González, Joan Moll, Vasco Furtado, Amidea Clotet, João Almeida, João Valinho, Cristina Miguel, Marcel.lí Bayer, Laia Vallés e Pep Mula, entre muitos outros.
Débora King é uma pianista e compositora lisboeta. Toca piano desde os 12 anos e começou a estudar jazz com Paula Sousa aos 20 anos, em 2015. Estudou na JBJazz durante dois anos e, em 2017, representou a escola num combo dirigido por Moisés Fernandes na Festa do Jazz, onde lhe foi atribuída uma menção honrosa. Em 2021, venceu o prémio de melhor arranjo e uma menção honrosa de melhor composição original no Concurso Internacional de Jazz da Universidade de Aveiro.
É licenciada em Jazz pela Escola Superior de Música de Lisboa desde 2022. Teve aulas e participou em masterclasses com Greg Osby, Harold Danko, Paula Sousa, João Paulo Esteves da Silva, Filipe Melo, Óscar Graça, João Barradas, Luís Candeias, Nuno Ferreira, Mané Fernandes, Afonso Pais, entre outros.
Em 2022, lançou um EP em nome próprio e, atualmente, lidera o grupo “Forget About Mars”, com o qual tem tocado em vários pontos do país. Também participa em diferentes projetos como co-líder – Samalandra – e sideman – Eunice Barbosa Quarteto, Tiago Vilhena, Alena Pershiy, entre outros.
Duarte Ventura (2000) iniciou os seus estudos musicais aos dez anos de idade na Associação Filarmónica Arganilense, tendo frequentado aulas de percussão e de formação musical. Aos doze anos começou a estudar no Conservatório de Música de Coimbra, continuando a sua formação clássica em percussão.
Em 2015, decide mudar de rumo, focando-se apenas no vibrafone e na vertente jazz, ingressando no Curso Profissional de Instrumentista de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra. Após os três anos do curso, é admitido na Escola Superior de Música de Lisboa, instituição que lhe permitiu ter aulas com músicos de renome nacional e internacional, como Jeffery Davis, André Fernandes, João Moreira, Afonso Pais, entre outros.
A sua formação também passou pela participação de masterclass com Luís Figueiredo, Carlos Azevedo, André Fernandes, Nuno Ferreira, Ohad Talmor, Dan Weiss, Miles Okazaki, Sara Serpa, Matt Pavolka.
Participou nas últimas duas edições de “Seminário Internacional de jazz Alhaurin de la Torre” onde teve aulas e masterclass com David Kikoski, Leo Genovese, Joe Farnsworth, Joel Frahm, entre outros. Participou também no workshop “Som Crescente” liderado pelo trompetista Peter Evans e o acordeonista João Barradas e no “Begues Jazz Camp” onde participou em aulas e masterclass com Jorge Rossy, Jesse Davis, Felix Moseholm, Jaume Llombart, entre outros.
Atualmente integra vários projetos enquanto sideman, como Marta Rodrigues Quinteto e Apophenia, e lidera os seus grupos de música original Duarte Ventura Trio com os músicos Bernardo Tinoco e João Pereira, duo com João Gato e Duarte Ventura Quinteto, o mais recente projeto que conta com Miguel Valente, Miguel Meirinhos, Zé Almeida e Luís Possollo.
Eduardo Carneiro Dias é um baterista e percussionista residente no Porto. Estudou a partir de 2014 no conservatório de música do Porto e terminou no ano de 2021 a sua licenciatura em bateria jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo.
Em contexto académico trabalhou com músicos internacionais de várias cenas – world music (Omar Acosta, Paulo das Cavernas), Jazz (Guillermo Klein, Elliot Zigmund, Seamus Blake) e clássico/erudito (Claire Litzer, Dominique Vleeshouwers). Participou na última edição do festival Guimarães Jazz com o projecto co-liderado ‘THEMANDUS’ e atualmente participa na cena jazzística da cidade: participou nas últimas duas edições do festival porta jazz com o projecto ‘Encomenda a Daniel Sousa’ e ‘Ensemble Robalo-Porta Jazz’, na Residencial Porta Jazz com o projecto ‘Impulso, Som, Linguagem’ liderado por Inês Gouveia.
Teve oportunidade de trabalhar com alguns artistas influentes da atualidade, como Guillermo Klein, Mário Laginha, Seamus Blake, Terell Stafford, Abe Rábade, Tineke Postma, Vince Mendoza, Jeff Lederer, Matt Ulery, António Loureiro, entre outros.
Durante o ano letivo 2021-2022 lecionou trombone jazz no Conservatório de Música do Porto e deu aulas privadas.
Com uma paixão de longa data pelo saxofone tenor, decide começar a explorar o instrumento em 2020 e é hoje o seu instrumento principal, depois de um longo e gradual processo de transição, finalizando assim o seu percurso como trombonista.
Nos dias de hoje procura de mente aberta todo o tipo de experiências musicais que estejam relacionadas com os ramos que gosta, e descobrir e desenvolver a sua voz como artista, músico e improvisador, sendo o free-jazz, a improvisação coletiva e reportório original alguns dos componentes que mais tem explorado e que mais o cativa, nunca deixando de lado o jazz tradicional e os “standards”.
Alguns projetos que integra: PAIRA, Orquestra Jazz de Matosinhos, OMNIAE Ensemble, North Camels Large Ensemble, Orquestra Jazz de Espinho, MATÉRIA, João Dias Quinteto, Summer School, K’UALA, Ëmoen.
Em Junho de 2022 lançou o seu primeiro disco como líder Pequenos desastres, em quinteto com Gonçalo Marques, Albert Cirera, Demian Cabaud e João Lopes Pereira, editado pela Robalo Music.
Carreiro é um músico ativo na cena musical do jazz e da música improvisada portuguesa e enquanto sideman ou co-líder integra vários grupos como: Fragoso Quinteto, Gapp / Carreiro / Sousa, Living with a Couple, Sonic Tender, Rodrigues / Carreiro / Furioso, André Murraças Quarteto.
Faz parte do corpo docente da Escola de Jazz Luís Villas-Boas do Hot Clube de Portugal e é membro fundador da associação Robalo Music.
João Fragoso (Coimbra, 1995) atualmente reside no Porto.Teve como primeiro instrumento a guitarra, de seguida o baixo-eléctrico, e depois o contrabaixo. Ainda toca todos estes, e um pouco de outros, mas escolheu o último como instrumento principal.
Tocou e gravou com músicos de renome como David Binney, Bill Carrothers, André Fernandes, Mário Franco, Thomas Morgan, Jacob Sacks, Phil Grenadier, André Matos, Leo Genovese, Rodrigo Amado, Eivind Opsvik, Drew, Gress, Benny Lackner, João Paulo Esteves da Silva, Nelson Cascais, Vojtech Prochaska, David Doruzka, Noah Preminger, Rodrigo Pinheiro, Sara Serpa, José Lencastre NAU Quartet, Blasted Mechanism, Tiago Bettencourt, entre muitos outros.
Em 2019 foi eleito “músico de jazz do ano” nas escolhas do crítico António Branco para a revista Jazz.pt "Safe in Your Own World" foi votado para a lista mensal “The best Jazz on Bandcamp" por Dave Summer em outubro de 2022.
Em 2022, João Lencastre venceu a categoria de "melhor álbum de jazz" com "Unlimited Dreams”, um prémio atribuído pela Vodafone/Prémios Play, e recebeu o prémio RTP/Festa do Jazz de "músico do ano".
Lopes Pereira (Lisboa) é baterista, compositor e improvisador presente numa miríade de
estilos e contextos criativos.
O
seu percurso académico passou pelo Conservatório Metropolitano de Musica de
Lisboa, Conservatório Nacional, Escola do Hot Clube de Portugal, Escola
Superior de Música de Lisboa e Conservatoire National de Musique et de Danse de
Paris.
com artistas como Mário Laginha, Maria João, Jacob Sacks, Sara Serpa, Bill
McHenry, Norma Winstone, Tonan Quito, Masa Kamaguchi, Mike Gibbs, John
O’Gallagher, Enrique Oliver ou Miguel Moreira, e colabora intensivamente com
André Fernandes, André Matos, Ricardo Toscano, Norberto Lobo, Gonçalo Marques,
Filipe Melo, Paula Diogo, Alex Cassal, e em bandas como ¡GOLPE!, Pororó,
Peachfuzz e Practically Married.
membro fundador da editora, promotora e coletivo Robalo Music e programador do
jazz às quintas no Café Dias.
Old Mountain é já uma madura parceria entre Sousa e Pedro Branco. Surge em 2016 e desde logo iniciam colaborações com diferentes músicos, George Dumitriu, Demian Cabaud, Nicóló Ricci, João Hasselberg ou Carlos Barreto são alguns exemplos. Old Mountain conta com dois álbuns editados Parallels e This is not our music, carimbo Nischo Records e vários concertos por diversas salas do país.
Integra o coletivo GARFO que em 2021 edita o seu álbum de estreia através da prestigiada clean feed records. Grupo revelação do ano (2021) – prémio RTP/Festa do Jazz, garfo prepara-se para o seu segundo registo fonográfico ainda este ano. Este ano é lançado Habitat (robalo music), resultado de três dias de residência e gravação em Serpa com o grupo composto por Samuel Gapp, João Carreiro e João Sousa.
Paralelamente Sousa faz parte de projetos como P.S. Lucas, Narciso, Fuchsia Trio, Branco toca Marco Paulo, The Hinge, OJS, Tomás longo “our lady of pleasures”, Esteves, Marta Rodrigues quinteto, João Espadinha septeto ou Motian & More de Hernâni Faustino.
É co-criador de V.A.G.O. projeto multidisciplinar em parceria com a coreógrafa Raquel Cabral. No final de 2018 integrou o coletivo criado no âmbito da residência artística liderada pelo trompetista Gabrielle Mitelli uma parceria entre a Fundação Árpád Szenes Vieira da Silva e o Instituto Italiano da cultura em Lisboa. Fruto de uma semelhante parceria estabelece ligação com a música do contrabaixista Pietro Paris. Esta resultará num disco e uma digressão em Itália em julho 23.
O’Gallagher é o sujeito da curta-metragem documental The Sound of Selflessness e é o autor do livro Twelve-Tone Improvisation publicado pela Advance Music.
Em 2015 conclui o 5º grau de violino, o 2º grau em canto jazz na Escola de Jazz e Música Moderna do Algarve e nesse mesmo ano, devido ao enorme gosto pela música jazz, tomou a importante decisão de ir estudar para Aveiro, ingressando assim no curso profissional de instrumentista de Jazz do Conservatório de Música da Jobra.
No fim dos três anos de curso seguiu diretamente para a Licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa, onde teve oportunidade de estudar com Maria João, João Paulo Esteves da Silva, Afonso Pais, João Moreira, entre outros. Atualmente frequenta o segundo ano de Mestrado em Ensino de Música, na mesma instituição.
Realizou inúmeros concertos em contexto profissional e académico, atuando em diversas salas de espetáculo como Casa da Música, Centro Cultural de Belém, Hot Club Portugal, Teatro Avenida e Centro Cultural de Lagos.
Em 2021 participou no Concurso Internacional de Jazz da Universidade de Aveiro com o seu projeto de música original, tendo obtido uma Menção Honrosa na categoria de composição. Em 2022, integrou o programa e residência artística “Jovens Compositores” enquanto performer, organizado pelos Estúdios Victor Córdon. Nesse mesmo ano, foi coordenadora e professora de voz do “Workshop de Música Moderna” inserido no festival de música “LAGOS MMFEST”.
Presentemente, Marta Rodrigues lidera o seu projeto de música original “Marta Rodrigues Quinteto” e integra diversos projetos enquanto sideman e co-líder, como “Daya”, o duo partilhado com o saxofonista Bernardo Tinoco, ou, “Forget About Mars”, grupo liderado pela pianista e compositora Débora King. Em simultâneo, trabalha ativamente com a Associação Orquestra Ligeira de Lagos, participando na organização dos mais variados eventos e concertos.
Para além de performer, dedica parte do seu tempo ao ensino de música. Leciona aulas de piano na escola International Sharing School, aulas de voz na Academia de Música improviso, e, recentemente, aulas de voz (jazz) na Escola Superior de Música de Lisboa.
Nazaré da Silva (Lisboa, 1997) filha de pais músicos, o universo artístico esteve presente desde cedo na sua vida. Cresceu fascinada pela música e pelo teatro. Mais tarde, durante a adolescência, surgiu o interesse pela dança, tendo tido aulas de ballet e dança contemporânea durante dois anos.
Em 2014 ingressou no curso regular da Escola de Jazz Luiz Villas Boas/Hot Clube de Portugal, onde estudou jazz vocal até 2017, ano em que ingressou na licenciatura em jazz da Escola Superior de Música de Lisboa, que concluiu em 2021. Durante a licenciatura teve aulas com Maria João, Afonso Pais, Luís Tinoco e Gonçalo Marques, entre outros. Paralelamente, tem tido aulas particulares de voz com a cantora Rita Maria.
Para além disso, tem feito trabalhos enquanto letrista, para o disco da Big Band Júnior, para um tema do contrabaixista Carlos Bica, entre outras colaborações.
Em dezembro de 2021, recebeu o prémio RTP/Festa do Jazz, na categoria de músico revelação.
Neste momento, é também professora de voz na Escola de Jazz Luiz Villas-Boas, EMARTE e JAM.
Oriol Roca (Barcelona, 1979) é músico e compositor. Na Holanda (onde residiu entre 2001 e 2006 para estudar no Conservatório Real de Haia) tomou contato com as correntes vanguardistas do jazz e da improvisação contemporânea. A sua abordagem melódica e versatilidade levaram-no a compartilhar projetos e colaborar com um grande número de músicos da cena jazz e improvisação em toda a Europa, e ao lado de músicos como Giovanni di Domenico, Lynn Cassiers, Paolo Angeli, Alexandra Grimal, Paul Lytton, Eri Yamamoto, Manolo Cabras, Damo Suzuki, Brice Soniano, Joachim Badenhorst, Chris Corsano, Jeroen
Participa em seminários com Barry Harris, Clasijazz (Almeria, Espanha), com Gerald Cannon, Eric Alexander, Peter Bernstein, Joe Chambers e George Cables em Alhaurín de la Torre (Málaga, España) e em seminários organizados por “O Eixo do Jazz” com Abe Rábade, Iago Fernández e João Paulo Esteves da Silva.
Também participa em workshops com: Larry Grenadier, Masa Kamaguchi, Mike Moreno, Dana Hall, Gerald Clayton, Leo Genovese, Guillermo Klein, Geof Bradfield, Aaron Goldberg, Chris Cheek, Ohad Talmor, entre outros.
Atualmente, além do seu trabalho com sideman com diferentes formações, trabalha no seu próprio quarteto com música original e com o que vai lançar o seu primeiro álbum nos próximos meses.
Licencia-se na Escola Superior de Música de Lisboa (2017/2021), em Performance – vertente Bateria-Jazz, tendo estudado com Bruno Pedroso, André Sousa Machado, Pedro Moreira, Nelson Cascais, Lars Arens, Luís Tinoco, entre outros.
No mesmo ano grava – com o apoio da Fundação GDA – o disco Cada Qual no Seu Buraco, com a artista emergente Chica. Em 2022, toca em Berlim com Apophenia, grupo de jazz contemporâneo que co-fundou em 2019. Ainda em Berlim, grava o disco Protzeler, lançado em Julho de 2022 e que conta com o selo da editora Robalo. Como freelancer, trabalhou com nomes como Nelson Cascais, Manuel Freire, Ramon Galarza, João Paulo Esteves da Silva, entre outros.
Junto a numerosos grupos musicais, trabalha também em projetos interdisciplinares, juntando a música com outras formas de expressão artística.
É co-fundador da editora Habitable Records, uma plataforma internacional que visa fomentar o intercâmbio cultural e a investigação musical.
Organiza e participa em iniciativas educativas na área da música, dando aulas e workshops como parte dos seus projetos artísticos. Neste contexto, tem trabalhado em instituições em Portugal, Alemanha e também no Equador e no Nepal.
Samuel Gapp estudou piano jazz na Hochschule für Musik und Tanz em Colónia, Alemanha, e na Escola Superior de Música de Lisboa, onde está atualmente inscrito no mestrado em composição.
Sofia Sá (Braga) é vocalista, compositora e artista sonora, e atualmente está baseada em Copenhaga. Em 2016 ingressou na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, em Arte Multimédia. Em 2017 retoma os estudos musicais no Hot Club para estudar Jazz. É nessa altura que começa a explorar a voz e a improvisação. Em 2021 conclui a licenciatura em Canto na ESMAE, no Porto.
Zé Almeida contrabaixista, baixista e compositor sediado em Lisboa. É um dos músicos em ascensão da nova geração do jazz e da música improvisada na Europa.
Atua regularmente em Portugal e na Europa, e conta no seu currículo com atuações em Macau e na Tunísia, tendo colaborado com nomes brilhantes do universo do jazz e da música contemporânea, bem como do universo avant-garde, tais como André Fernandes, Peter Evans, Ohad Talmor, John O’Gallagher, João Lencastre, Shane Endsley, Gonçalo Marques, João Pereira, Xan Campos, Diogo Alexandre, Tomás Marques, Bernardo Tinoco, Samuel Gapp, João Paulo Esteves da Silva, Nazaré da Silva, Javier Subatìn, Adèle Viret, Noé Clerc, Fabrizio Cassol, Paal Nilssen-Love, Yedo Gibson, Luís Vicente, Tom Maciel, João Valinho, Hamdi Jamoussi, entre outros.
Explora e aprofunda continuamente a sua estética musical caracterizada pela complexidade rítmica e pela liberdade estilística com que aborda os vários projetos onde participa, dos quais se destacam VOLCANO, o quarteto Apophenia, o grupo internacional Mosaic, “Nazaré da Silva Quinteto”, Lencastre / O’Gallagher / Gapp / Almeida, Duarte Ventura Quarteto e o trio “Não Confundir Com”.