Gravação da Antena 2 / RTP
no Grande Auditório,
Concerto Imperador | Alexei Volodin
Orquestra Gulbenkian
Jaime Martín, direção
Programa
Na última década, Alexei Volodin tem-se apresentado com regularidade na Gulbenkian Música com grande sucesso. O pianista russo domina uma espantosa amplitude de registos, abordando um extenso reportório com raro brilhantismo técnico. O seu virtuosismo, no entanto, não é um fim em si mesmo, antes um recurso que Volodin usa em proveito de uma grande capacidade inventiva. Num programa totalmente dedicado a Beethoven, interpretará o Concerto para Piano n.º 5, sob a direção Jaime Martín, maestro que, a partir de setembro de 2019, ocupa o lugar Diretor Musical da Orquestra de Câmara de Los Angeles.
Como músico de câmara, destaca-se a sua longa colaboração como o Borodin Quartet. Na presente temporada, junta-se ao trompetista Sergei Nakariakov para apresentações no Southbank Centre e no Festival de Música de Istambul. Anteriormente colaborou com Janine Jansen, Julian Rachlin, Mischa Maisky, Sol Gabetta e os quartetos Modigliani, Casals e Cremona. A temporada 2019-2020 inclui ainda concertos com a Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia, a Sinfónica de Sydney, a Filarmónica do Japão, a Philharmonisches Staatsorchester Hamburg, a Royal Philharmonic Orchestra, a Filarmónica de São Petersburgo e a Sinfónica de Milão Giuseppe Verdi, sob a direção dos maestros Valery Gergiev, Kent Nagano, Pietari Inkinen e Robert Trevino. Colabora também com a Sinfónica de Winnipeg num ciclo especial que inclui os Concertos para Piano e a Fantasia Coral de Beethoven. Alexei Volodin é um artista exclusivo Steinway.
Jaime Martín nasceu em Santander e foi, durante vários anos, um conceituado flautista, tendo trabalhado com muitos dos grandes maestros do nosso tempo e com orquestras como a Royal Philharmonic Orchestra, a Orquestra de Câmara da Europa, a Academy of St Martin in the Fields ou a Filarmónica de Londres. Em 2013 decidiu dedicar-se em exclusivo à direção de orquestra. Desde então, trabalhou com orquestras como a Sinfónica da Rádio de Frankfurt, a Royal Liverpool Philharmonic, a Royal Scottish National, a Sinfónica da Rádio Sueca, a Sinfónica de Barcelona, a Sinfónica da Nova Zelândia, a Sinfónica de Queensland, a Deutsche Radio Philharmonie Saabruecken, a Filarmónica de Essen, ou a Filarmónica da Radio France. Para além da sua estreia à frente da Orquestra Gulbenkian, a temporada 2018-2019 incluiu concertos com a Sinfónica de Londres e o violinista Christian Tetzlaff, em Madrid e Londres, concertos com o violinista Joshua Bell e a Filarmónica Real de Estocolmo, bem como uma digressão europeia com a Filarmónica de Londres. Estreou-se no Concertgebouw de Amesterdão com a Sinfónica de Gävle.
No domínio da ópera, Jaime Martín dirigiu A flauta mágica no El Escorial de Madrid e no Festival de San Sebastián, em 2012. Na sua estreia com a English National Opera, em 2013, dirigiu O barbeiro de Sevilha, tendo regressado em 2014 para dirigir As bodas de Figaro.
As gravações de Jaime Martín têm sido muito elogiadas pela crítica. Lançamentos recentes (Ondine), com a Sinfónica de Gävle, incluem a orquestração de Schönberg do Quarteto com Piano op. 25, de Brahms, as Serenades op. 11 e op. 16 de Brahms e o CD Songs of Destiny (obras corais de Brahms), com o Eric Ericson Chamber Choir.
Jaime Martín é membro fundador da Orquestra de Cadaqués, à qual está associado há trinta anos e da qual foi Maestro Principal entre 2012 e 2019.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.