Realização e Apresentação: Reinaldo Francisco
Produção: Susana Valente
Gravação da Antena 2 / RTP
na Sala Luís de Freitas Branco
a 22 de Abril de 2022
Concertos Nómadas
Folefest Ensemble
Concerto comemorativo dos 90 anos da compositora Sofia Gubaidulina
Fábio Palma, acordeão
Fernando Brites, acordeão
Catherine Strynckx, violoncelo
Paulo Jorge Ferreira, acordeão
Direção de Pedro Carneiro
Folefest Ensemble
Pedro Meireles (concertino), Catarina Bastos, David Seixas, Adelina Marques, Leonardo Guedes – violinos
Witold Dziuba, Agnieska Dziuba, Vasken Fermanian, Sofia Weffort – violinos II
Irma Skenderi, Tânia Trigo, Francisca Feyo – violas
Luís André Ferreira, Laura Álvares – violoncelos
Vanessa Lima – contrabaixo
Programa
Sofia Gubaidulina (n. 1931)
–
Sonata Et Exspecto (1985) – Acordeão Fábio Palma
– De Profundis (1978) – Acordeão Fernando Brites
– Seven Words (1982) para violoncelo, acordeão e orquestra de cordas
A Associação Folefest pretende desenvolver, divulgar e projetar o acordeão de concerto, contribuindo para a promoção e valorização artística deste instrumento em Portugal. No seguimento deste objetivo foi criado recentemente o
Folefest Ensemble, que tem como missão interpretar/estrear obras que incluam acordeão, como solista ou instrumento inserido no grupo, contribuindo inequivocamente para a promoção e valorização artística deste instrumento em Portugal. De igual forma, o agrupamento pretende dinamizar o interesse dos compositores portugueses em escrever obras que incluam acordeão, com o intuito de fomentar um relevante desenvolvimento do repertório acordeonístico.
Neste concerto comemorativo dos noventa anos da compositora russa Sofia Gubaidulina, são interpretadas três das obras mais emblemáticas de sua autoria, que contribuíram para um relevante desenvolvimento do repertório acordeonístico.
Mais sobre este concerto,
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Fábio Palma | Nasceu em Lagoa, Algarve. O seu percurso musical como aluno passou pela Academia de Música de Lagos e pela Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco — classe de acordeão de Paulo Jorge Ferreira — onde adquiriu os graus de licenciado e mestre em ensino de música. Entre 2013 e 2014, frequentou o curso de Acordeão e Técnica Alexander em Itália, com Claudio Jacomucci e Kathleen Delaney.
Na última década tem sido convidado com regularidade a participar em gravações discográficas nacionais e internacionais. A par da atividade performativa em Portugal e na Europa, tem-se apresentado também fora do continente, com concertos em países como Angola, Colômbia e Emirados Árabes Unidos. Participou em vários concursos nacionais e internacionais, enquanto músico solista e inserido em grupos musicais, tendo obtido excelentes classificações, com destaque para edições do concurso Folefest (1.º prémio em solo e música de câmara), concurso de Jovens Intérpretes de Caldas da Rainha (1.º prémio ex-aequo), concurso internacional de acordeão de Castelfidardo, Itália (2.º prémio em música de câmara) e Prémio Jovens Músicos (2.º prémio em acordeão solo).
Atualmente integra grupos de distintos géneros, com destaque para o projeto de Teresa Salgueiro, Guitolão Trio, Café D’Alma, MaZéi, Drama&Beiço e, numa vertente mais erudita, All Libitum Trio.
Fernando Brites | Natural de Montargil, iniciou os seus estudos na Escola de Artes do Norte Alentejano na classe de acordeão de Duarte Graça em 2000. Em 2017 adquiriu o grau de licenciado em Música na classe de acordeão de Paulo Jorge Ferreira, na Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Participou em masterclasses de acordeão orientadas por professores como Vladimir Blagojevic e Vincent Lhermet.
Tem-se apresentado em reconhecidas salas, com destaque para a Casa da Música, com emissões em direto pela rádio Antena 2.
Fez parte de estreias de obras como Lumen, de Paulo Jorge Ferreira, para quinteto de sopros e acordeão, e Anagnóstis, de Daniel Schvetz, para acordeão solo, ambas com estreia mundial apresentada na Casa da Música. Estreou recentemente duas obras de Lino Guerreiro, Krone e Metamophosis para clarinete e acordeão, bem como a obra Ludic V-B, de Daniel Schvetz, também para clarinete e acordeão.
Colabora regularmente com o Ensemble MPMP e conta ainda com algumas participações em programas da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, onde teve a oportunidade de trabalhar com os ilustres maestros Baldur Brönnimann e Peter Rundel. Integra o duo Krone com o clarinetista Miguel Costa, projeto no qual o principal foco é a interpretação e divulgação do repertório português original para a formação, bem como o incentivo à criação de novas obras.
Catherine Strynckx | De nacionalidade francesa, estudou em Paris, Praga, Basileia e na Menuhin Academy. Foi chefe de naipe em orquestras francesas e suíças durante 10 anos e foi membro da Orquestra Nacional do Porto entre 2000 e 2002. Catherine obteve os 1.os Prémios nos Concursos Internacionais de Caltanisseta, Trapani e é laureada do Concurso Internacional «Vittorio Gui» de Florença. Foi membro fundador do Serenade String Trio, do grupo Sirius e do trio A Piacere. Tocou a solo e em grupos de câmara em muitos países: Estados Unidos, Alemanha, Suíça, República Checa, Eslováquia, Argentina, Tailândia, Sultanato de Omã, Malta, Quirguistão, Peru, Brasil, França, Países Baixos, entre outros.
Gravou oito discos, dos quais o Quarteto para o Fim do Tempo, de Olivier Messiaen, a integral de Lopes-Graça para quarteto de cordas e com piano e a integral das obras de música de câmara para cordas e piano de Joly Braga-Santos. Nos últimos anos, participou nos projetos da OrchestrUtopica e é membro do Trio Syrinxello, do Stretto Duo e do Quarteto Lopes-Graça.
Catherine Strynckx tem uma vasta experiência no ensino do violoncelo. Lecionou nos Conservatórios de Besançon e Belfort em França e deu cursos de aperfeiçoamento na Tailândia, Brasil, Suíça, Portugal e Alemanha. A sua atual atividade pedagógica divide-se entre a Escola Superior de Castelo Branco e a Escola Artística de Música do Conservatório Nacional de Lisboa.
Paulo Jorge Ferreira | Nasceu em Lisboa. Finalizou os seus estudos na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, onde posteriormente lhe foi atribuído o título de especialista em Acordeão/Performance. Tem realizado recitais a solo e concertos de música de câmara, tanto a nível nacional como internacional, nomeadamente em França, México, Bélgica, Áustria, Itália, Macau, Espanha, Hungria, Países Baixos e Alemanha. Durante o seu percurso atuou em importantes salas de concerto da Europa, como Musik Werein, Muziekgebouw, De Single, Odéon Theatre de L’Europe, Teátrum House of Future, Berliner Philarmoniker, entre outras.
Participou, como instrumentista, em diversas estreias de obras para acordeão solo, música de câmara, ensemble e orquestra. Ao longo da sua carreira musical gravou dois CD a solo, Percursos — editado pela Numérica — e Contemporary Works for Accordion, incluído no catálogo da CalandaMusic. Paralelamente, a sua atividade como compositor tem-se desenvolvido significativamente, escrevendo obras para instrumentos solo, música de câmara e orquestra.
Tem recebido encomendas de conceituados solistas, grupos de câmara e festivais de música portugueses, e algumas das suas peças têm sido interpretadas igualmente no estrangeiro.
Atualmente é professor de acordeão e música de câmara na Escola Superior de Artes Aplicadas em Castelo Branco e na Escola de Música do Conservatório Nacional.
É coautor do livro Modern Accordion Perspectives e diretor artístico do festival e concurso de acordeão Folefest e presidente da Associação Folefest.
Pedro Carneiro | Cofundador, diretor artístico e maestro titular da Orquestra de Câmara Portuguesa e da Jovem Orquestra Portuguesa (membro da EFNYO). Foi bolseiro da Fundação Gulbenkian na Guildhall School of Music and Drama, onde terminou a sua licenciatura com a distinção «Head of Department Award».Tocou, em estreia absoluta, mais de uma centena de obras, e trabalha regularmente com celebrados instrumentistas, orquestras e compositores. Colaborou ainda com prestigiados instrumentistas e compositores, como os Quartetos Tokyo, Shanghai, Chilingirian, New Zealand e Latinoamericano. Compõe para teatro, dança e cinema.
Da sua extensa discografia, destaca-se a monografia de Xenákis (2004) e dois discos concertantes no selo germânico ECM (New Series). Premiado no Prémio Jovens Músicos, incluindo Prémio Maestro Silva Pereira (1997); Park Lane Young Artists Auditions (1998) e Prémio da Hattori Foundation for Young Musicians (2001), ambos em Londres; Medalha de Honra da Cidade de Setúbal (2011); Prémio Gulbenkian Arte (2011) e Nomeado Prémio Autores 2016, da Sociedade Portuguesa de Autores, para Melhor Trabalho de Música Erudita, pelo concerto na Konzerthaus em Berlim com a Jovem Orquestra Portuguesa. A sua extensa discografia está disponível em diversas etiquetas discográficas, como a ECM Records, Zig-Zag Territoires, Rattle, Clean Feed, entre outras.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2