4 Setembro 21h00
Realização e Apresentação: Reinaldo Francisco
Produção: Alexandra Louro de Almeida / Cristina do Carmo / Zulmira Holstein
Gravação pela Antena 2/RTP
no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian,
em Lisboa, a 17 de Janeiro de 2019
Isabelle Faust, violino
Orquestra Gulbenkian
Lawrence Foster, Maestro
Programa
Paul Hindemith (1895-1963) – Sinfonia: Mathis o Pintor
Concerto de anjos
Deposição no túmulo
A Tentação de Santo Antão
Deposição no túmulo
A Tentação de Santo Antão
Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto para Violino e Orquestra, em Ré maior, op. 61
– Allegro non tropo
Cadenza: da versão para piano do Concerto para Violino (arr. Isabelle Faust)
-Larghetto
-Rondo: Allegro
– Allegro non tropo
Cadenza: da versão para piano do Concerto para Violino (arr. Isabelle Faust)
-Larghetto
-Rondo: Allegro
As muito elogiadas interpretações de Isabelle Faust são enriquecidas por um laborioso estudo do contexto histórico original de cada obra, com vista a uma leitura tão autêntica quanto o conhecimento o permita.
“Assim é muito mais fácil ter uma imagem daquilo que o compositor possa ter imaginado”, disse Faust ao The Guardian acerca da informação de que procura rodear-se.
Uma estreia na Gulbenkian Música e uma ocasião para admirar uma violinista cujo som, segundo o New York Times, “tem paixão, firmeza e eletricidade, mas também um calor e uma doçura desarmantes e que podem revelar o lirismo secreto da música”.
A violinista alemã Isabelle Faust cativa o público com a fascinante sonoridade das suas interpretações, abordando cada peça não só em função da musicalidade, mas também do contexto histórico, da escolha do instrumento e da busca do mais elevado grau de autenticidade, iluminando e interpretando com paixão um repertório que se estende de Heinrich I. F. Biber a Helmut Lachenmann.
Depois de vencer o Concurso Leopold Mozart e o Concurso Paganini, começou a ser convidada regularmente pelas grandes orquestras mundiais como a Filarmónica de Berlim, a Sinfónica de Boston, a Sinfónica NHK de Tóquio, a Orquestra de Câmara da Europa ou a Freiburger Barockorchester, tendo-se prolongado, desde então, uma sustentada cooperação com maestros como C. Abbado, G. Antonini, F. Brüggen, J. E. Gardiner, B. Haitink, D. Harding, P. Herreweghe, A. Nelsons e R. Ticciati.
A vasta curiosidade artística de Isabelle Faust abrange todas as eras e formas de cooperação instrumental. Desta forma, procura a essência de cada peça de uma forma consciente e dedicada. Para além dos grandes concertos para violino, o seu repertório regular inclui peças como o Octeto (D. 803) de Schubert, interpretado em instrumentos históricos, os Kafka-Fragmente de G. Kurtág, com Anna Prohaska, ou A História do Soldado de Stravinsky, com Dominique Horwitz. Dedicando-se com grande convicção à interpretação da nova música, tem agendadas, para presente e para as próximas temporadas, estreias de obras de P. Eötvös, O. Adámek, M. Stroppa, O. Strasnoy e B. Furrer.
As gravações de Isabelle Faust têm sido unanimemente elogiadas pela crítica especializada e distinguidas com o Diapason d’or, o Grammophone Award e o Choc de l’année, entre outros prémios. Entre as gravações mais recentes incluem-se Concertos para Violino de Mozart, com Il Giardino Armonico e Giovanni Antonini e com a Freiburger Barockorchester e Pablo Heras-Casado. Outras gravações incluem obras de J. S. Bach, Beethoven e Berg. No domínio da música de câmara, mantém uma longa colaboração com o pianista Alexander Melnikov. Ao longo da presente temporada, Isabelle Faust é Artista em Residência na Philharmonie de Colónia.
De ascendência romena, Lawrence Foster nasceu em 1941 em Los Angeles. É o Diretor Musical da Ópera de Marselha desde 2013.
Entre 2002 e 2013, foi Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian. Além dos concertos regulares no Grande Auditório, dirigiu a Orquestra Gulbenkian em várias digressões nacionais e internacionais e em gravações para a editora Pentatone Classics. Anteriormente desempenhou idênticas funções nas Orquestras Sinfónicas de Barcelona, de Jerusalém e de Houston, na Filarmónica de Monte Carlo e na
Orquestra de Câmara de Lausanne. Entre 2009 e 2012, foi Diretor Musical da Orquestra e Ópera Nacional de Montpellier.
Entre 2002 e 2013, foi Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian. Além dos concertos regulares no Grande Auditório, dirigiu a Orquestra Gulbenkian em várias digressões nacionais e internacionais e em gravações para a editora Pentatone Classics. Anteriormente desempenhou idênticas funções nas Orquestras Sinfónicas de Barcelona, de Jerusalém e de Houston, na Filarmónica de Monte Carlo e na
Orquestra de Câmara de Lausanne. Entre 2009 e 2012, foi Diretor Musical da Orquestra e Ópera Nacional de Montpellier.
Como maestro convidado, dirigiu muitas das principais orquestras mundiais, incluindo a Sinfónica da Rádio Polaca, a Filarmónica da Radio France, a Orquestra do Konzerthaus de Berlim, a Filarmónica Arturo Toscanini (Parma), a Filarmónica Húngara, A Filarmónica de Copenhaga, a Sinfónica de Montreal ou a Filarmónica de Hong-Kong, tendo-se apresentado com frequência nos principais festivais, incluindo os de Lucerna e Grafenegg.
Dirige regularmente destacados solistas como Evgeny Kissin, Arcadi Volodos ou Arabella Steinbacher. Para além das produções da Ópera de Marselha, Lawrence Foster apresenta-se com regularidade noutros importantes palcos de ópera, incluindo a Ópera de Frankfurt, a Ópera Estadual de Hamburgo, a Ópera de Monte Carlo, a Ópera de São Francisco ou o Festival de Ópera de Savonlinna. Em 2017 dirigiu Don Carlos, de Verdi, em Marselha, bem como uma versão de concerto de Mathis o Pintor, de Hindemith, no Festival Enescu de Bucareste. Uma gravação de Otello, de Verdi, com a Orquestra Gulbenkian, foi lançada também em 2017. Em 2013, Lawrence Foster recebeu o Orfée d’Or da Académie National du Disque Lyrique pela sua gravação de L’Etranger, de Vincent d’Indy, com a Ópera e Orquestra Nacional de Montpellier Languedoc Roussillon. Como Diretor Musical do Festival de Aspen e Diretor Artístico do Festival George Enescu (1998-2001), afirmou-se como um destacado divulgador e intérprete da música do compositor romeno. Em 2003 foi condecorado pelo Presidente da Roménia em reconhecimento dos serviços prestados à música romena.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2