31 Março | 21h00Grande Auditório
Realização e Apresentação: Reinaldo Francisco
Produção: Susana ValenteGravação da Antena 2 / RTP
no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian
no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian
a 19 de Outubro de 2021
Temporada Gulbenkian Música
Le Concert des Nations
Jordi Savall, direçãoPrograma
Jordi Savall, direçãoPrograma
Ludwig van Beethoven (1770-1827)
– Sinfonia Nº 6, em fá maior, Op. 68, Pastoral
1. O despertar de aprazíveis sentimentos ao chegar ao campo: Allegro ma non troppo
2. Cena à beira do regato: Andante molto mosso
3. Feliz reunião de camponeses: Allegro – Presto
4. Trovões, tempestade: Allegro
5. Canto dos pastores. Sentimentos de alegria e de gratidão depois da tempestade: Allegretto- Sinfonia Nº 7, em lá maior, Op. 92
1. O despertar de aprazíveis sentimentos ao chegar ao campo: Allegro ma non troppo
2. Cena à beira do regato: Andante molto mosso
3. Feliz reunião de camponeses: Allegro – Presto
4. Trovões, tempestade: Allegro
5. Canto dos pastores. Sentimentos de alegria e de gratidão depois da tempestade: Allegretto- Sinfonia Nº 7, em lá maior, Op. 92
1. Poco sostenuto – Vivace
2. Allegretto
3. Presto – Assai meno presto – Presto
4. Allegro con brio
2. Allegretto
3. Presto – Assai meno presto – Presto
4. Allegro con brio
O já célebre maestro catalão Jordi Savall traz de novo ao Grande Auditório a sua orquestra Le Concert de Nations, agora para interpretar um programa dedicado a duas emblemáticas obras sinfónicas de Beethoven.
Ao longo dos anos, a cuidada investigação de fontes históricas levada a cabo por Savall tenta aqui aproximar as interpretações das Sinfonias nº 6 e nº 7 de Beethoven dos seus contextos originais. Nesse sentido, Savall reduz o número de músicos da orquestra e recorre aos instrumentos tal como existiam e soavam nesse período vienense.
Uma notável viagem ao passado que nos transportará para o tempo de Beethoven.
Para saber mais sobre este concerto, clicar aqui.
Jordi Savall é uma das personalidades musicais mais polivalentes da sua geração. Ao longo de mais de cinquenta anos de carreira, difundiu pelo mundo joias musicais há muito esquecidas. Dedicado investigador da música antiga, interpretou-a na sua viola da gamba, bem como diretor musical e maestro. As suas atividades como concertista, pedagogo, investigador e criador de novos projetos situam-no entre os principais artífices da revalorização da música histórica. Com Montserrat Figueras, fundou os grupos musicais Hespèrion XX/XXI (1974), La Capella Reial de Catalunya (1987) e Le Concert des Nations (1989), explorando e criando um universo de emoções e beleza que tem vindo a fascinar milhões de amantes da música. A sua contribuição essencial para o filme Tous les Matins du Monde, de Alain Corneau, recebeu um César para a melhor banda sonora. Com a sua preenchida agenda de concertos (cerca de 140 concertos por ano), as suas gravações (seis álbuns por ano) e a sua própria editora discográfica, Alia Vox, que fundou com Montserrat Figueras em 1998, Jordi Savall provou não só que a música antiga não tem que ser elitista, mas que pode cativar públicos diversificados de todas as idades.
Jordi Savall gravou e editou mais de 230 discos dedicados à música medieval, renascentista, barroca e clássica, dando especial atenção ao património musical hispânico e mediterrânico. Essa produção foi merecedora de numerosos galardões, entre eles, os prémios Midem Classical, ICMA e Grammy. Os seus programas tornaram a música num instrumento de meditação e de aproximação entre culturas e povos, tendo colocado no mesmo palco agrupamentos e músicos árabes, israelitas, turcos, gregos arménios, afegãos, mexicanos e norte-americanos.
Em 2008, Jordi Savall foi designado Embaixador da União Europeia para o Diálogo Intercultural e, em 2009, “Artista para a Paz” no âmbito do programa Embaixadores de Boa Vontade da UNESCO. Recebeu outras importantes distinções, incluindo doutoramentos honorários pelas Universidades de Évora, Barcelona, Lovaina e Basileia, o título de Chevalier de la Légion d’Honneur (França), o Praetorius Musikpreis Niedersachsen (Baixa Saxónia, Alemanha), a Medalha de Ouro da Generalitat de Catalunya, o Prémio Helena Vaz da Silva e o prestigioso prémio Léonie Sonning, considerado o prémio Nobel da música.
Le Concert des Nations | Fundado em 1989 por Jordi Savall e Montserrat Figueras, durante a preparação do projeto Canticum Beatae Virgine de M. A. Charpentier, a orquestra Le Concert des Nations veio dar resposta à necessidade de dispor de uma orquestra de instrumentos de época capaz de interpretar o repertório orquestral desde o Barroco até ao Romantismo (1600-1850). O seu nome é inspirado na obra de François Couperin Les Nations, um conceito que representa a reunião dos “gostos”, sendo também a premonição de uma Europa artística que tem em si a marca do Século das Luzes.
Le Concert des Nations foi a primeira orquestra formada por músicos na sua maioria originários de países latinos (espanhóis, latino-americanos, italianos, portugueses, franceses, etc.), todos eles especialistas em interpretação com instrumentos originais e princípios com fundamento histórico. Desde o início, o assumido objetivo do agrupamento tem sido o de promover um repertório histórico de excelente qualidade, através de actuações rigorosas e revitalizantes, concretizado desde as primeiras gravações de M. A. Charpentier, J. S. Bach, J. Haydn, Mozart, Händel, Marais, Arriaga, Beethoven, Purcell, Dumanoir, Lully, Biber, Boccherini, Rameau e Vivaldi.
Em 1992, Le Concert de Nations fez a sua estreia na ópera com uma produção de Una Cosa Rara, de Martín i Soler, encenada no Théâtre de Champs-Élysées, em Paris, no Gran Teatre del Liceu de Barcelona e no Auditório Nacional de Madrid. Seguiu-se L’Orfeo, de Monteverdi, no Gran Teatre del Liceu, no Teatro Real de Madrid, no Konzerthaus de Viena, no Arsenal de Metz e no Teatro Regio de Turim. Em 2002 a produção regressou a Barcelona, onde foi gravada em DVD para a BBC-Opus Arte. Foi subsequentemente apresentada no Palais des Arts, em Bruxelas, no Grand-Théâtre de Bordéus e no Piccolo Teatro de Milão durante o Mito Festival. Em 1995, outra ópera de Martín i Soler, Il Burbero di Buon Cuore, foi representada em Montpellier, e em 2000 Celos aun del Ayre matan, de Juan Hidalgo e texto de Calderón de la Barca, foi representada em Salamanca, e em versão de concerto em Barcelona e Viena. Produções mais recentes incluíram Farnace de Vivaldi, no Teatro de la Zarzuela de Madrid e posteriormente em Bordéus, Viena e Paris, e Il Teuzzone, de Vivaldi, apresentada na Ópera de Versallhes.
As gravações da orquestra Le Concert des Nations receberam numerosos prémios, incluindo o Midem Classic Award e o International Classical Music Award. O impacto das suas produções, gravações e concertos nas principais cidades e festivais do mundo valeram-lhe o reconhecimento como uma das melhores orquestras especializadas na interpretação com instrumentos de época.
Fotos @ Gulbenkian Música