1 Janeiro | 21h00
Grande Auditório
Realização e Apresentação: Reinaldo Francisco
Produção: Alexandra Louro de Almeida / Cristina do Carmo / Zulmira Holstein
Gravação pela Antena 2/RTP
no Grande Auditório
da Fundação Gulbenkian, Lisboa,
a 28 de Fevereiro de 2019
Scheherazade
Anika Vavic, Piano
Direção de Tobias Wögerer
Programa
Béla Bartok – Suíte de O Mandarim Maravilhoso
Sergei Rachmaninov – Rapsódia sobre um tema de Paganini, op. 43
Nikolai Rimsky-Korsakov – Scheherazade, op. 35
É habitual ver Anika Vavic em palco sendo dirigida por maestros como Valery Gergiev, Paavo Järvi ou Hannu Lintu, mas foi com o mítico Mstislav Rostropovich que a pianista sérvia aprendeu algumas das mais importantes lições artísticas – por exemplo, a de se propor criar uma fuga ao quotidiano no espaço de um concerto. Rostropovich e Elisabeth Leonskaja contam-se entre os grandes impulsionadores da carreira em clara afirmação de Vavic. O reputado maestro Zubin Mehta elogiou-lhe “o enorme talento, a técnica brilhante e a interpretação inteligente e apaixonada”.
Anika Vavic nasceu em Belgrado, cidade onde realizou a sua formação musical inicial. Mais tarde estudou em Viena, com Noel Flores, na Universität für Musik und darstellende Kunst. Em 2001 venceu o 2º Concurso Steinway, em Viena, tendo também recebido um prémio especial pela melhor interpretação da música de J. Haydn. Foi bolseira do Herbert von Karajan Centrum e da Fundação Gottfried von Einem.
Em 2004, Anika Vavic foi escolhida para o programa Rising Stars pelo Musikverein e pelo Konzerthaus de Viena, palcos onde se tem apresentado regularmente desde então. Nos últimos anos, destacam-se também as suas atuações com a Orquestra do Teatro Mariinsky de São Petersburgo (estreias russa e austríaca do Concerto para Piano nº 4 de Shchedrin), com a Filarmónica de Londres (BBC Proms), com a Sinfónica da Rádio de Viena (Age of Anxiety de Leonard Bernstein) e no Festival Enescu de Bucareste (Concerto para Piano nº 3 de Prokofiev), nomeadamente sob a direção de importantes maestros como Vladimir Jurowski, Valery Gergiev, Paavo Järvi ou Hannu Lintu. Apresenta-se também com regularidade em prestigiados festivais como o Noites Brancas de São Petersburgo, o Festival Mikkelli (Finlândia), o Festival de Piano do Ruhr, as Schubertiade Schwarzenberg, o Festival Beethoven de Varsóvia e ainda em Graz (Styriarte), Grafenegg, Heidelberg, Baden-Baden, Viena, Istanbul e Gstaad.
Em recital, Anika Vavic apresentou-se, entre outros palcos, no Carnegie Hall de Nova Iorque, no Kennedy Center de Washington D.C., no Wigmore Hall de Londres, no Concertgebouw de Amesterdão, na Philharmonie de Colónia, na Cité de la Musique de Paris, na Philharmonie Luxembourg, no Palau de la Música de Barcelona e no Konzerthaus de Berlim, bem como no Japão, na China e na América do Sul.
No domínio da música de câmara, partilha o palco com músicos como Renaud e Gautier Capuçon, Rainer Honeck, Patricia Kopatchinskaja, Daniel Müller-Schott, Caroline Widmann, Claudius Popp, Matthias Schorn, o Quinteto Aquilon e o Quarteto Artis. O seu repertório é vasto, estendendo-se do Barroco até à música contemporânea.
Tobias Wögerer nasceu em Linz, em 1991. Estudou violoncelo na Universidade Mozarteum de Salzburgo e na Universidade de Música e Artes de Viena. Atualmente realiza os seus estudos superiores de direção de orquestra na Universidade de Música Franz Liszt, em Weimar, com Nicolás Pasquet e Ekhart Wycik.
Como maestro, a carreira de Tobias Wögerer prossegue em franca ascensão. Nos últimos anos, concretizou uma série de projetos pessoais e recebeu convites de muitas orquestras. Foi Diretor Musical da Euregio Jeugdorkest, que liderou até 2016. Em 2013 fundou a orquestra Symphonic Ensemble Aktuell. Como maestro convidado, dirigiu a Philharmonie Salzburg diversas vezes, tendo colaborado com solistas como Benjamin Schmid, Olga Scheps ou Nikolai Tokarev.
No outono de 2016, Tobias Wögerer dirigiu a sua primeira produção de ópera, Der Kaiser von Atlantis, de Victor Ullmann, no Festival Bruckner de Linz. Em março de 2017 estreou-se à frente da Orquestra Bruckner de Linz e, pouco tempo depois, obteve grande sucesso, à frente da sua própria orquestra, no Konzerthaus de Viena. No verão de 2017 dirigiu a Filarmónica de Viena no Festival de Salzburgo, tendo sido convidado a regressar em 2018.
Desde o início da presente temporada, Tobias Wögerer é Maestro Assistente da Gustav Mahler Jugendorchester. Sucede a Lorenzo Viotti, atual Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian. Acrescenta assim o seu nome a uma lista de eminentes maestros assistentes, incluindo Franz Welser-Möst, Manfred Honeck, Patrick Lange ou David Afkham, entre outros. A residência na Gulbenkian Música marca precisamente a estreia de Tobias Wögerer nestas novas funções. Para além dos concertos com a Gustav Mahler Jugendorchester, a temporada 2018-2019 inclui uma digressão à China com a Philharmonie Salzburg, uma série de concertos no Japão, bem como a direção da Orquestra Sinfónica de Göttingen.
Fundada em Viena em 1986/87, por iniciativa de Claudio Abbado, a Gustav Mahler Jugendorchester (GMJO) é hoje considerada uma das melhores orquestras de jovens do mundo, tendo sido distinguida pela Fundação Cultural Europeia em 2007.
Além de encorajar o desenvolvimento e intercâmbio artístico de músicos jovens, a GMJO foi a primeira orquestra internacional de jovens a abrir audições nos países do leste europeu. Em 1992 alargou o seu âmbito aos músicos até aos vinte e seis anos de idade, provenientes de toda a Europa. Em função desta sua abrangência geográfica, conta com o alto patrocínio do Conselho da Europa.
Anualmente, um júri internacional seleciona os músicos entre uma média de 2000 candidatos que se apresentam nas audições realizadas em mais de vinte e cinco cidades. Os membros do júri são destacados músicos de orquestras europeias, sendo também responsáveis pela preparação do repertório das digressões. Muitos dos antigos membros da GMJO integram atualmente as principais orquestras europeias, alguns deles como solistas dos respetivos instrumentos.
O repertório estende-se da música clássica à contemporânea, com especial incidência nas grandes obras sinfónicas do período romântico. O seu alto nível artístico tem atraído muitos dos principais maestros de renome internacional como D. Afkham, H. Blomstedt, P. Boulez, C. Davis, C. Eschenbach, P. Eötvös, I. Fischer, D. Gatti, B. Haitink, P. Järvi, M. Jansons, P. Jordan, V. Jurowski, I. Metzmacher, K. Nagano, V. Neumann, J. Nott, S. Ozawa, A. Pappano, ou F. Welser-Möst. Entre os solistas que colaboraram com a GMJO podem destacar-se Martha Argerich, Yuri Bashmet, Lisa Batiashvili, Renaud e Gautier Capuçon, Christian Gerhaher, Matthias Goerne, Susan Graham, Thomas Hampson, Leonidas Kavakos, Evgenij Kissin, Christa Ludwig, Radu Lupu, Yo-Yo Ma, Anne-Sophie Mutter, Anne Sofie von Otter, Maxim Vengerov, ou Frank Peter Zimmermann.
A GMJO é convidada regular de prestigiados festivais e salas de concertos como o Concertgebouw de Amesterdão, o Suntory Hall de Tóquio, o Festival de Salzburgo, o Festival de Edimburgo, os BBC Proms, a Semperoper Dresden, ou o Festival de Lucerna. Desde 2010, tem-se apresentado todos os anos na Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 2012 foi anunciada uma intensa parceria artística com a Staatskapelle Dresden. Por ocasião do seu 25º aniversário, a Gustav Mahler Jugendorchester foi nomeada Embaixadora UNICEF Áustria. O Erste Group e o Vienna Insurance Group são os seus patrocinadores principais.
Além de encorajar o desenvolvimento e intercâmbio artístico de músicos jovens, a GMJO foi a primeira orquestra internacional de jovens a abrir audições nos países do leste europeu. Em 1992 alargou o seu âmbito aos músicos até aos vinte e seis anos de idade, provenientes de toda a Europa. Em função desta sua abrangência geográfica, conta com o alto patrocínio do Conselho da Europa.
Anualmente, um júri internacional seleciona os músicos entre uma média de 2000 candidatos que se apresentam nas audições realizadas em mais de vinte e cinco cidades. Os membros do júri são destacados músicos de orquestras europeias, sendo também responsáveis pela preparação do repertório das digressões. Muitos dos antigos membros da GMJO integram atualmente as principais orquestras europeias, alguns deles como solistas dos respetivos instrumentos.
O repertório estende-se da música clássica à contemporânea, com especial incidência nas grandes obras sinfónicas do período romântico. O seu alto nível artístico tem atraído muitos dos principais maestros de renome internacional como D. Afkham, H. Blomstedt, P. Boulez, C. Davis, C. Eschenbach, P. Eötvös, I. Fischer, D. Gatti, B. Haitink, P. Järvi, M. Jansons, P. Jordan, V. Jurowski, I. Metzmacher, K. Nagano, V. Neumann, J. Nott, S. Ozawa, A. Pappano, ou F. Welser-Möst. Entre os solistas que colaboraram com a GMJO podem destacar-se Martha Argerich, Yuri Bashmet, Lisa Batiashvili, Renaud e Gautier Capuçon, Christian Gerhaher, Matthias Goerne, Susan Graham, Thomas Hampson, Leonidas Kavakos, Evgenij Kissin, Christa Ludwig, Radu Lupu, Yo-Yo Ma, Anne-Sophie Mutter, Anne Sofie von Otter, Maxim Vengerov, ou Frank Peter Zimmermann.
A GMJO é convidada regular de prestigiados festivais e salas de concertos como o Concertgebouw de Amesterdão, o Suntory Hall de Tóquio, o Festival de Salzburgo, o Festival de Edimburgo, os BBC Proms, a Semperoper Dresden, ou o Festival de Lucerna. Desde 2010, tem-se apresentado todos os anos na Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 2012 foi anunciada uma intensa parceria artística com a Staatskapelle Dresden. Por ocasião do seu 25º aniversário, a Gustav Mahler Jugendorchester foi nomeada Embaixadora UNICEF Áustria. O Erste Group e o Vienna Insurance Group são os seus patrocinadores principais.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2