11 Fevereiro | 21h00
Grande Auditório
Realização e Apresentação: Reinaldo Francisco
Produção: Alexandra Louro de Almeida / Cristina do Carmo / Zulmira Holstein
Gravação pela Antena 2/RTP
no Grande Auditório da
Fundação Gulbenkian, Lisboa,
a 11 de Outubro de 2019
Sinfonia Buenos Aires
Eduarda Melo, soprano
Antonio Meneses, violoncelo
Daniel Binelli, bandoneón
Programa
Roberto Sierra – Fandangos
Marlos Nobre – Concerto para Violoncelo e Orquestra, op. 127 *
Con fuoco
Estático – Molto Lento
Vivo
Con fuoco
Estático – Molto Lento
Vivo
Heitor Villa-Lobos – Bachianas Brasileiras, nº 5
Ária (Cantilena): Adagio
Dança (Martelo): Allegretto
Ária (Cantilena): Adagio
Dança (Martelo): Allegretto
Astor Piazzolla – Sinfonía Buenos Aires, op. 15
Moderato – Allegretto
Lento, con anima
Presto marcato
Moderato – Allegretto
Lento, con anima
Presto marcato
* Estreia em Portugal. Encomenda no âmbito SP-LX
– Música contemporânea do Brasil e de Portugal
– Música contemporânea do Brasil e de Portugal
Conhecido pelo seu persistente apoio ao novo reportório, o maestro costa-riquenho Giancarlo Guerrero, vencedor de seis Grammy, dirige a estreia nacional do Concerto para Violoncelo e Orquestra do compositor brasileiro Marlos Nobre, no âmbito da parceria SP-LX, entre a Fundação Gulbenkian e a Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo.
Numa noite em que se ouvirá também a mais popular das peças de Villa-Lobos, caberá ao prestigiado violoncelista Antonio Meneses interpretar a nova criação do seu compatriota.
Para consultar o Programa de sala, clicar aqui.
Eduarda Melo | Formada em Canto pela ESMAE do Porto, integrou o Estúdio de Ópera da Casa da Música e o elenco do prestigiado CNIPAL em Marselha. Foi galardoada com o 2º Prémio do Concurso Internacional de Toulouse.
É convidada a participar regularmente em festivais na Europa e a apresentar-se em prestigiados palcos de ópera como os de Glyndebourne, Marselha, Lille, Nice, Caen, Dijon e Paris. No domínio lírico ou em concerto, cantou sob a direção de maestros de renome como Marc Minkowski, Jérémie Rohrer, Ton Koopman, Hervé Niquet, Jean-Claude Casadesus ou Antonello Allemandi. No domínio da ópera, destacam-se os papéis de Irmã Constance (Dialogues des Carmélites), Corinna (Il viaggio a Reims), Rosina (O barbeiro de Sevilha), Elvira (L’italiana in Algeri), Norina (Don Pascuale), Musetta (La bohème), Despina (Così fan tutte), Primeira-dama (A flauta mágica), Rinaldo (Armida de J. Myslivecek), Stéphano (Romeu e Julieta), Frasquita (Carmen), Gabrielle (La vie parisienne), Valencienne (A viúva alegre), Spinalba e Fedra (La Spinalba e L’Ippolito, de F. A. de Almeida), Ascanio (Lo frate ‘nnamorato), Zemina (As Fadas de Wagner), Vespina (L’infedeltà delusa de Haydn) e Elle (La voix humaine).
No âmbito da música contemporânea, participou em criações de António Pinho Vargas, Nuno CôrteReal, Luís Tinoco e Nuno da Rocha. Colabora regularmente com Le Concert de la Loge (Julien Chauvin), Divino Sospiro e Ludovice Ensemble.
Antonio Meneses | Nasceu em 1957 em Recife, no Brasil, no seio de uma família de músicos. Começou a estudar violoncelo aos dez anos de idade e aos dezasseis conheceu o italiano Antonio Janigro, famoso violoncelista de quem foi aluno em Düsseldorf e Estugarda. Em 1977 venceu o Concurso Internacional ARD, em Munique, e em 1982 recebeu o 1° Prémio e a Medalha de Ouro no Concurso Tchaikovsky, em Moscovo.
Ao longo da sua carreira, apresentou-se com as mais prestigiadas orquestras mundiais nos principais palcos da Europa, das Américas e da Ásia, em colaboração com maestros de renome internacional. Dedicado músico de câmara, foi membro do lendário Beaux Arts Trio durante dez anos (1998-2008). Realizou também digressões com o Quarteto Vermeer e apresentou-se em recitais com os pianistas Menahem Pressler e Maria João Pires. Ao longo das últimas duas décadas, tem-se apresentado com regularidade no palco da Fundação Gulbenkian.
Antonio Meneses realizou duas gravações com o maestro Herbert von Karajan e a Orquestra Filarmónica de Berlim. Destacam-se ainda gravações integrais das obras para violoncelo de H. Villa-Lobos, David Popper e C. P. E. Bach, as Suites para Violoncelo solo de J. S. Bach, peças para violoncelo e piano de Schubert e Schumann, e ainda o CD dedicado aos Concertos para Violoncelo de E. Elgar e H. Gál, que foi nomeado para um Grammy.
Antonio Meneses é professor no Conservatório de Berna.
Daniel Binelli | É um mestre do bandoneón e um dos expoentes da música de Astor Piazzolla.
Em 1989 juntou-se ao Sexteto Nuevo Tango de Piazzolla, com o qual realizou várias digressões internacionais. Como solista, apresentou-se com muitas orquestras, incluindo as Sinfónicas de Filadélfia, Atlanta, Virgínia, Sidney, Montreal, Otava, São Petersburgo e Zurique, tendo colaborado com maestros como Charles Dutoit, Lalo Schiffrin, Franz Paul Decker, Giancarlo Guerrero, Robert Spano JoAnn Faletta, Giselle Ben Dor, Isaiah Jackson, Michael Christie, Lior Shambadal e Daniel Schweitzer, entre outros.
Dirigiu a ópera-tango María de Buenos Aires, de Piazzolla, com a cantora italiana Milva. Atuou com a pianista Polly Ferman e com o guitarrista Eduardo Isaac. Daniel Binelli é também compositor, tendo criado obras para instrumentos solistas, conjuntos de câmara e orquestrais e música para ballet e cinema.
A sua versatilidade permite-lhe trabalhar com diferentes linguagens musicais, desde o estilo do tango tradicional até ao contemporâneo. Entre as orquestras e outros agrupamentos que lhe encomendaram novas composições e arranjos incluem-se a Sinfónica do Tonhalle de Zurique, a Sinfónica de Edmonton, a Filarmónica de Buffalo, a Filarmónica de Montevideu, a Sinfónica da Colômbia, a Buglisi-Foreman Dance Company, a Tango Metropolis Company, a Glamour Tango Company e a Orquesta Típica Osvaldo Pugliese.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2