A Antena 2 acompanhou o ensaio geral da obra de Benjamin Britten, The rape of Lucretia, sob a direção musical de João Paulo Santos e encenação de Luís Miguel Cintra, que estreia no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, e no início do novo ano sobe ao palco do Teatro Nacional de São João, no Porto.
Teatro Nacional de São Carlos | 2 a 5 Dezembro
Teatro Nacional de São João | 5 e 7 Janeiro
Benjamin Britten (1913-1976)
Ópera em dois atos
com libreto de Ronald Duncan (1914-1982),
segundo André Obey / William Shakespeare
Coro Masculino – Marco Alves dos Santos
Coro Feminino – Dora Rodrigues
Collatinus – Luís Rodrigues
Junius Brutus – Christian Luján
Tarquinius – André Baleiro
Lucretia – Maria Luísa de Freitas
Bianca – Ana Ferro
Lucia – Joana Seara
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina Titular – Joana Carneiro
Coro Feminino – Dora Rodrigues
Collatinus – Luís Rodrigues
Junius Brutus – Christian Luján
Tarquinius – André Baleiro
Lucretia – Maria Luísa de Freitas
Bianca – Ana Ferro
Lucia – Joana Seara
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina Titular – Joana Carneiro
Direção Musical – João Paulo Santos
Encenação – Luis Miguel Cintra
Desenho de luz – Rui Monteiro
Figurinos – Ana Simão
Concepção de Cenografia de Luis Miguel Cintra a partir de elemento cenográfico de Cristina Reis
Desenho de luz – Rui Monteiro
Figurinos – Ana Simão
Concepção de Cenografia de Luis Miguel Cintra a partir de elemento cenográfico de Cristina Reis
Numa tenda de um acampamento militar nos arredores de Roma, fazem-se apostas sobre a pureza das mulheres romanas, saíndo vencedor Colatino, general e esposo de Lucrécia. Tarquínio, filho do tirano que governa Roma, obcecado pela castidade de Lucrécia, viaja até Roma durante a noite e viola-a; esta, não suportando a desonra, suicida-se. Ao vingar-se da afronta, Colatino será o grande artífice da revolta popular que derrubará o poder etrusco para dar lugar à res publica romana.
Estes factos históricos relatados nas crónicas de Tito Lívio e no poema juvenil de Shakespeare – autor que melhor mostrou como os sentimentos da inveja e do ciúme são motores das mais absurdas e dramáticas histórias humanas – são narrados na ópera de Britten por duas personagens modernas – um coro feminino, outro masculino – que, numa perspetiva cristã, descrevem a ação enquanto comentam as moralidades de uma Roma pagã.
The Rape of Lucretia, a primeira ópera que Britten classificou de “ópera de câmara”, estreou-se precisamente treze meses após o sucesso do seu Peter Grimes, em 1946, no primeiro Festival de Glyndebourne após a 2ª Guerra Mundial.
Fotos de Jorge Carmona / Antena 2 RTP