Teatro Sem Fios
29 abril | 19h00
Produção: Anabela Luís / Artistas Unidos
David Greig | Frágil
Tradução Pedro Marques
Sonoplastia André Pires
Com Pedro Carraca
e vozes de António Simão, Diana César, Helder Bráz, Joana Calado e Joana Pajuelo
Sinopse
Frágil alista os espectadores numa comunidade de participantes, colocando-os cara a cara e responsabilizando-os por uma inflexível exigência ética perante o Outro. Através de Jack, a precariedade é colocada em primeiro plano. Através do seu comprometimento coral e coletivo no espetáculo, os espectadores podem vir a assumir a necessidade de responder ao “outro vulnerável”, e tomar responsabilidade pelas suas ações e compromissos políticos, como um passo para o alcance da mudança social.
Adoro ir ao centro. – Se alguma coisa me aborrece no sábado, no domingo ou na segunda – penso – não te preocupes – na terça vais ao centro.
David Greig, Frágil
David Greig nasceu em Edimburgo em 1969. Cresceu na Nigéria. Estudou Inglês e Drama na Universidade de Bristol. Foi co-fundador, com Graham Eatough, em 1990, da Suspect Culture, uma das mais inovadoras companhias do Reino Unido. Tem sido representado em Espanha, Alemanha ou França. Escritor residente da Royal Shakespeare Company entre 1996 e 97. Além de trabalhar em projetos para rádio, televisão e cinema, tem tido encomendas do Royal Court Theatre, do Royal National Theatre (Studio), da Royal Shakespeare Company ou do National Theatre of Scotland.
Das suas peças destacam-se Europa (1994), One Way Street (1995), The Architect (1996), A Última Mensagem do Cosmonauta para a mulher que um dia amou na antiga União Soviética (1999), Victoria (2000), Outlying Islands (2002), San Diego (2003), The American Pilot (2005), Pyrenees (2005), Herges Adventures of Tintin (2006), Damascus (2007) Midsummer (2008), Dunsinane (2010), The Monster in the Hall (2010), The Strange Undoing of Prudencia Hart (2011), The Letter of Last Resort (2012), The Events (2013), Adventures With The Painted People (2020), Two Sisters (2024).
A sua estreia em Portugal deve-se à Teatroesfera que apresentou, em 2009, Ilhas Distantes, em tradução de Hugo Bettencourt e encenação de João Craveiro.
António Simão tem os cursos do IFICT (1992) e IFP (1994). Trabalhou com Margarida Carpinteiro, António Fonseca, Aldona Skiba-Lickel, Ávila Costa, João Brites, Melinda Eltenton, Filipe Crawford, Joaquim Nicolau, Antonino Solmer e Jean Jourdheuil. É pós-graduado em Estudos de Teatro pela FLUL.
Integra os Artistas Unidos desde 1995, tendo trabalhado recentemente em Uma Solidão Demasiado Ruidosa, a partir do romance de Bohumil Hrabal (2020), Morte de um Caixeiro Viajante de Arthur Miller (2021), Terra de Ninguém de Harold Pinter (2022), Proximidade de Arne Lygre (2022), Foi Assim de Jon Fosse (2023), Remédio de Enda Walsh (2023), Leões de Pau Miró (2024) e Vento Forte de Jon Fosse (2024).
Diana César é licenciada em Estudos Artísticos, variante de Artes do Espetáculo pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e frequenta o Mestrado em Estudos de Teatro, na mesma Faculdade. Em 2021, fez um estágio curricular nos Artistas Unidos, onde acompanhou o processo de criação de Birdland de Simon Stephens (2021), encenado por Jorge Silva Melo e Pedro Carraca. Trabalha nos Artistas Unidos desde 2022. Trabalhou em Vento Forte de Jon Fosse (2024) e A Love Supreme de Xavier Durringer (2025).
Helder Bráz fez formação IFICT, Chão de Oliva, Câmara de Oeiras e no Centro Dramático de Évora. Trabalhou com Paulo Filipe Monteiro, Alexandre de Sousa, António Fonseca, Margarida Carpinteiro, J. M. Alvim, David Wheller, Luís Varela, Jean François Lapallus, Fernando Mora Ramos, Axél Boosére, Ruy Otero e com os grupos Orquestra Dramática O Bife, Living Theatre, Royal de Luxe, O Bando, Companhia de Teatro O Sonho, GICC – Teatro das Beiras e Pogo Teatro. No cinema fez a curta-metragem É Só Um Minuto de Pedro Caldas. Trabalhou na Companhia de Teatro O Sonho onde fez Auto da Barca do Inferno, Auto da Índia de Gil Vicente e Falar Verdade a Mentir de Almeida Garrett. Trabalhou no GICC – Teatro das Beiras, Zoo Story de Edward Albee. Com os Artistas Unidos trabalhou em Na Selva das Cidades de Bertolt Brecht, Torquato Tasso de Goethe (1999), O Meu Blackie de Arne Sierens (2001), Do Alto da Ponte de Arthur Miller (2018), A Coragem da Minha Mãe de George Tabori (2020) e Morte de um Caixeiro Viajante de Arthur Miller (2021).
Joana Calado completou o Curso Profissional de Actores da ACT – Escola de Actores, onde fez formação com Nuno Nunes, Sofia de Portugal, Pedro Carraca, Elsa Valentim, Sara de Castro, Miguel Fragata, Petronille de Saint-Rapt, Luís Madureira, António Pires, entre outros. Fez algumas participações em cinema e televisão. Em 2021 esteve em cena nos Recreios da Amadora e na Casa dos Direitos Sociais com a peça Fora do Quadrado e em 2023 no Teatro do Bairro com a peça Ópera do Malandro. Nos Artistas Unidos, participou em Europa de David Greig (2023) e Búfalos de Pau Miró (2024).
Joana Pajuelo é licenciada em Estudos Artísticos – Artes do Espectáculo pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e tem uma pós-graduação em Estudos de Teatro, na mesma faculdade. Entre 2014 e 2018, foi investigadora do projecto CETbase e, entre 2016 e 2018, investigadora no projecto exploratório CETdrama dedicado à dramaturgia portuguesa dos séculos XX e XXI. Trabalha na comunicação, divulgação e assessoria de imprensa nos Artistas Unidos desde 2019. Trabalhou em Estava em Casa e Esperava que a Chuva Viesse de Jean-Luc Lagarce (2023) e A Love Supreme de Xavier Durringer (2025).
André Pires é membro fundador da Locomotivo, do grupo de teatro-circo Plot e do Pé Antemão. Foi baterista dos R.E.F., fez os arranjos e a direcção musical de Parece que o Tempo Voa e fez a música de Sons de Fogo do grupo Tratamento Completo, de que foi percussionista. Trabalhou com Manuel Wiborg, Miguel Hurst, Rissério Salgado, Solveig Nordlund, João Meireles, João Fiadeiro. Trabalha frequentemente com os Artistas Unidos desde 2001.
Pedro Carraca trabalhou com António Feio, Clara Andermatt, Luís Miguel Cintra, João Brites, Diogo Dória e Maria do Céu Guerra. Integra os Artistas Unidos desde 1996. Recentemente participou em Lua Amarela de David Greig (2021), Taco a Taco de Kieran Hurley e Gary McNair (2022), Terra de Ninguém de Harold Pinter (2022), Proximidade de Arne Lygre (2022), A Omissão Da Família Coleman de Claudio Tolcachir, Europa de David Greig (2023), Leões e Búfalos de Pau Miró (2024) e 1984 de George Orwell – uma nova adaptação de Robert Icke e Duncan Macmillan (2024).