Teatro Sem Fios
8 outubro | 19h00
13 outubro | 14h00 (repetição)
Gravado nos Estúdios da Antena 2 / RTP
Produção: Anabela Luís / Artistas Unidos
Pau Miró | Girafas
Tradução Joana Frazão
Elenco Eduarda Arriaga, Gonçalo Norton, João Vicente, Nuno Gonçalo Rodrigues, Pedro Caeiro e Vicente Wallenstein
Som André Pires
Direção Nuno Gonçalo Rodrigues
Sinopse
A história de uma máquina de lavar, a primeira máquina de lavar a chegar ao apartamento de uma família. Um apartamento habitado por gente trabalhadora, humilde, solitária, com dificuldades económicas e outras. Iluminação fraca, cores escassas, uma ameaça latente… E uma espécie de véu, uma névoa fina que cobre a realidade.
Girafas debruça-se sobre as relações de um casal que tenta ter um filho que tarda. No bairro Raval, na Barcelona dos anos 50, o ar bafiento da ditadura de Franco suscita a necessidade de escape, de criar espaços seguros e de extravasar.
Hóspede À noite, há… animais que me seguem…
Mulher Animais?
Hóspede Sim… animais… perigosos…
Pau Miró, Girafas
Livrinhos de Teatro nº 141
Uma edição Artistas Unidos / Livros Cotovia com o apoio Institut Ramon Llull
Pau Miró | Dramaturgo, argumentista, encenador.
Nasceu em Barcelona em 1974. É Licenciado em Arte Dramática pela Escola Superior d’Art Dramátic – Institut del Teatre (1999). Participou em seminários na Sala Beckett dirigidos por Carles Batlle, Sergi Belbel, Xavier Albertí, Sanchis Sinisterra, Martin Crimp, Juan Mayorga e Javier Daulte.
É fundador da companhia Menudos, formada por ex -alunos do Institut del Teatre.
Escreveu e encenou Girafes (Teatre lliure, no âmbito do festival grec, 2009); Lleons (Teatro Nacional da Catalunha, no âmbito do projecto T6, 2009); Búfals (Girona, 2008); Enfermo Imaginario (Co-autor; estreia no Teatre Condal, Barcelona, 2008); Singapur (no âmbito do projecto T6, TNC, [Sala Beckett], 2008); Los Persas: Réquiem por un Soldado (dramaturgia com Calixto Bieito, 2007); Banal Sessions of Fedra (Eòlia, 2006); Somriure d’Elefant (Festival Grec, 2006); Bales i Ombres (Espai Lliure, 2006); Happy Hour (Teatre Lliure, 2004 e Teatre Borràs, 2005); Paraigües Elèctrics (Sala Trono Villegas Tarragona, 2003); Una Habitació a l’Antàrtida (Teatre Malic, 2002); La Poesia dels Assassins (Teatre Malic, 2000).
Plou a Barcelona, dirigida por Toni Casares na Sala Beckett em 2004, teve um amplo reconhecimento internacional, tendo sido traduzida para castelhano, italiano, francês, polaco e inglês, e estreado no Teatro Nuovo de Nápoles em 2007, no Piccolo Teatro de Milão em 2008, e também em Buenos Aires, na Venezuela e em Córdoba. A peça foi adaptada para o cinema pelo próprio Pau Miró e por Carles Mallol, num filme com o mesmo título realizado por Carles Torrents.
Pau Miró colaborou também em guiões televisivos e radiofónicos, trabalhou como actor em várias produções e apresentou os programas No n’hi ha prou e Bohèmia, do Canal 33. Em 2005 traduziu a sua peça Plou a Barcelona para castelhano, e em 2010, também para castelhano, Questi Fantasmi, de Eduardo de Filippo. Em 2013, recebeu o prémio UBU para melhor texto estrangeiro, com Jogadores. Em 2016, a peça Vitória estreou no Teatro Nacional da Catalunha.
Em Portugal, os Artistas Unidos fizeram uma leitura de Chove em Barcelona nas leituras Três autores catalães em Lisboa no TNDMII (2011), texto que viria a ser estreado em, em 2012, pelo Teatro Experimental do Porto, com encenação de Gonçalo Amorim. Em 2015, os Artistas Unidos estrearam Jogadores no Teatro da Politécnica, com direção de Jorge Silva Melo, que veio a dirigir a versão televisiva em 2017.
Eduarda Arriaga nasceu em 1999. Estudou teatro na Escola Profissional de Teatro de Cascais, e, no ano seguinte, na licenciatura da Escola Superior de Teatro e Cinema – ramo Atores. Complementou a sua formação na Oficina Teatral d’A Comuna com João Mota. Fez voz-off no documentário sobre Cesina Bermudes, assim como no espetáculo Mancebas Mundanárias. Participou em vários projetos de animação cultural. Trabalhou com Beatriz Batarda, Fernanda Lapa, Jean Paul Bucchieri, Maria Duarte, Carlos Avillez, Andreia Bento, Nuno Gonçalo Rodrigues, Lisbon Players e Bruno Bravo. Nos Artistas Unidos, participou em Adam de Frances Poet (2023).
Gonçalo Norton formou-se na ACT – Escola de Atores. Participou em Rei João de William Shakespeare, com encenação de António Pires. Nos Artistas Unidos, participou em Lua Amarela de David Greig (2021).
João Vicente estreou-se como profissional em 2006 em Hamlet de William Shakespeare com o Teatro Tapafuros, numa encenação de Rui Mário. No mesmo ano junta-se ao GTL onde trabalha com Ávila Costa. Em 2007 ingressa na ESTC onde faz a sua licenciatura em teatro no ramo de atores. Em teatro trabalhou com as seguintes companhias: Teatro Tapafuros, Byfurcação, Teatromosca, Ar de Filmes, Grupo 373 (co-fundador), Escola de Mulheres e Teatro Aberto (Vermelho de John Logan e Amor e Informação de Caryl Curchill, O Pai de Florian Zeller) Palco13, Comuna Teatro de Pesquisa (Um Inimigo do Povo de Henrik Ibsen), Filho do Meio (Muito Barulho por Nada de William Shakespeare), Possessos (II-A Mentira de Agota Kristof) e Mala Voadora (Hamlet e Fausto de Jorge Andrade). Fez ainda parte dos espetáculos Mechanical Monsters de Rui Neto, Jardim Zoológico de Cristal de Tennessee Williams, Sweet Home Europa de Davide Carnevali, Os Infanticidas de Luís Lobão, Dicionário de Fé de Gonçalo M. Tavares, O Maravilhoso Mundo de Dissocia de Anthony Nielsen, A Praia de Peter Asmussen e O Misantropo por Hugo Van der Ding e Martim Sousa Tavares a partir Molière. Nos Artistas Unidos, participou em Variações Sobre o Modelo de Kraepelin de Davide Carnevali (2019).
Pedro Caeiro estreia-se como ator em 2003, no SLTM, com Caixa de Sombras de Michael Cristofer, com encenação de Marco D’Almeida. Neste mesmo teatro, participa em Romeu e Julieta de William Shakespeare, com encenação de John Retallack. Em 2005, conclui o curso de Interpretação da EPTC. Colaborou com o Teatro do Vestido nos espetáculos Fora de Casa por Agora e Nómadas. Colaborou em espetáculos do TEC encenados por Carlos Avilez, como Doce Pássaro da Juventude de Tennessee Williams, Marat/Sade de Peter Weiss, ICTUS de Miguel Graça e O Comboio da Madrugada de Tennessee Williams, com o qual recebeu o Prémio Bernardo Santareno de Actor Revelação 2011. Para além de alguns trabalhos em cinema, tem sido presença regular em ficção para televisão. Em 2013 realizou a curta-metragem Dingo, selecionada para o 23º Festival Curtas de Vila do Conde. Encenou Cassiopeia de Miguel Graça e Atirem-se ao Ar de António Torrado para o TEC. Recentemente, nos Artistas Unidos, participou em A Circularidade do Quadrado de Dimítris Dimitriádis (2021), Obstrução de Dimítris Dimitriádis (2022), Vida de Artistas de Noël Coward (2022) e Europa de David Greig (2023).
Vicente Wallenstein nasceu em Lisboa, 1995. Licenciou-se em Teatro (Atores) na ESTC (2016). Estreou-se no Teatro da Comuna, onde interpretou Falk Richter e Arne Lygre, sob encenação de Álvaro Correia. Trabalhou com Carlos J. Pessoa (Teatro da Garagem), Carla Bolito (Estado Zero), Cátia Terrinca (Um Colectivo), Elmano Sancho (Loup Solitaire), Gonçalo Carvalho (Palco 13), João Pedro Mamede (Os Possessos), Joaquim Horta, Matthias Langhoff, Rogério de Carvalho, Rodrigo Francisco (CTA) e Tiago Rodrigues (TNDMII). Em cinema e televisão trabalhou com António Borges Correia, Bruno Ferreira, Cláudia Varejão, Fernando Vendrell, Filipe Bragança, Frederico Serra, João Maia, Jorge Cramez, Manuel Pureza, Miguel Gomes, Luís Filipe Rocha, Patrícia Sequeira, Ricardo Leite e Sérgio Graciano. É membro da direção da companhia de teatro As Crianças Loucas. Nos Artistas Unidos, participou em Variações Sobre o Modelo de Kraepelin de Davide Carnevali (2019) e A Omissão da Família Coleman de Claudio Tolcachir (2023).
André Pires é membro fundador da Locomotivo, do grupo de teatro-circo Plot e do Pé Antemão. Foi baterista dos R.E.F., fez os arranjos e a direção musical de Parece que o Tempo Voa e fez a música de Sons de Fogo do grupo Tratamento Completo, de que foi percussionista. Trabalhou com Manuel Wiborg, Miguel Hurst, Rissério Salgado, Solveig Nordlund, João Meireles, João Fiadeiro. Trabalha frequentemente com os Artistas Unidos desde 2001.
Nuno Gonçalo Rodrigues é diplomado pela ESTC. Em 2013, em conjunto com João Pedro Mamede e Catarina Rôlo Salgueiro, funda Os Possessos. Trabalha desde 2013 com os Artistas Unidos, tendo participado, mais recentemente, em Birdland de Simon Stephens (2021), A Circularidade do Quadrado de Dimítris Dimitriádis (2021), A Omissão da Família Coleman de Claudio Tolcachir (2023), Adam de Frances Poet (2023) e Europa de David Greig (2023).
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