A Companhia Chapitô, no seu 22º aniversário, apresenta a sua mais recente criação:
Hamlet
18 Janeiro a 4 Fevereiro
de 5ª feira a domingo
Costa do Castelo, Lisboa
A nova criação coletiva da Companhia do Chapitô, Hamlet, continua a explorar o estilo de comédia visual e física em que se privilegia um espaço, em constante transformação, com o uso de objectos como formas de desafiar a imaginação dos espectadores.
Uma fórmula muito própria, que lhes tem merecido reconhecidos aplausos em palcos de todo o mundo e uma série de prémios dentro e fora de portas, não fosse este um dos nossos elencos mais internacionais, adaptando todas as suas criações para português, inglês e espanhol.
Hamlet é a peça mais longa de William Shakespeare e figura entre os textos mais realizados do mundo. Passada na Dinamarca, a tragédia shakespeariana conta a história de como o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai, Hamlet o Rei, assassinado por Claudius, seu irmão, que o envenenou e em seguida tomou o trono, casando-se com a Rainha.
Para a Companhia do Chapitô, mais do que uma reinterpretação, é uma inadaptação da peça homónima do escritor e dramaturgo inglês, despida de preconceitos, com diálogos pejados de ironia e humor e recurso ao corpo, que constrói diálogos com a poética da cena. Um corpo metamorfoseado em que as personagens vão trocando entre si de papéis, numa dialética orgânica entre os actores e que decorre de um trabalho colectivo verdadeiramente sinergético.
Um Homem sério tem poucas ideias. Um Homem de ideias, nunca é sério.
(Paul Valérie)
Muito cinematográfica na sua ideia de montagem e seguindo as linhas principais da peça original, este Hamlet coloca a história numa outra época – nos tempos modernos – recorrendo a uma analogia entre o Reino e uma empresa multinacional, em que os valores se subvertem numa procura desmesurada pelo lucro e completa desvalorização das relações humanas.
Uma sociedade autista e desumanizada em que o toque e o contacto presencial é negligenciado.
Entre a loucura real e a loucura fingida, a peça explora temas como a traição, abuso de poder, a corrupção, a (i)moralidade, a falta de afectos e de escrúpulos, a solidão e o amor platónico e carnal.
Entre a loucura real e a loucura fingida, a peça explora temas como a traição, abuso de poder, a corrupção, a (i)moralidade, a falta de afectos e de escrúpulos, a solidão e o amor platónico e carnal.
“Divertidos, imprevisíveis, atentos, mordazes e especialmente físicos”, aproveitando sempre para debater questões éticas e filosóficas, a Companhia questiona valores, propõe soluções diferentes, encontra pontes entre as personagens da peça e a atualidade, procurando sempre o ponto de vista poético e humorístico.
Sinopse
Hamlet uma inadaptação coletiva pela Companhia do Chapitô.
A família Hamlet cumpre o doloroso dever de participar o falecimento do seu dedicado líder e pai e convidam para o enterro a realizar-se às 16h, saindo o cortejo da cripta para o panteão onde terá lugar o copo de água da boda da viúva com o irmão do defunto, porque a vida continua. Ou não.
Próximas cerimónias fúnebres em data a anunciar brevemente.
Ficha técnica
Direcção – José Garcia e Cláudia Nóvoa
Assistente de Direcção – Tiago Viegas
Interpretação – Jorge Cruz, Susana Nunes, Patrícia Úbeda, Ramón de Los Santos
Direcção de produção – Tânia Melo Rodrigues
Design Gráfico – Sílvio Rosado
Divulgação – Cristina Carvalho
Direcção – José Garcia e Cláudia Nóvoa
Assistente de Direcção – Tiago Viegas
Interpretação – Jorge Cruz, Susana Nunes, Patrícia Úbeda, Ramón de Los Santos
Direcção de produção – Tânia Melo Rodrigues
Design Gráfico – Sílvio Rosado
Divulgação – Cristina Carvalho
A Companhia do Chapitô foi criada em 1996. Valoriza a comédia pelo seu poder de questionar todos os aspectos da realidade física e social. Cria, desde a sua fundação, espetáculos multidisciplinares assentes no trabalho físico do actor num processo coletivo e em constante transformação, que convidam à imaginação do público, e que se relacionam estreitamente com este. Comunica, essencialmente, através do gesto e da imagem, quebrando as barreiras linguísticas e afirmando a sua vocação universal, o que lhe permite uma relação muito próxima com os espetadores e que resulta em itinerância nacional e internacional.
Desde a sua formação produziu 35 criações originais, apresentadas em Portugal e um pouco por todo o mundo: Argentina, Brasil, Cabo Verde, China, Colômbia, Eslováquia, Espanha, Finlândia, França, Irão, Itália, Noruega, Suécia e Uruguai.
Fotos do ensaio @ Susana Chicó