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Imagem de 8º Fora do Lugar | 22 Novembro a 7 Dezembro
Outros Festivais 26 nov, 2019, 22:06

8º Fora do Lugar | 22 Novembro a 7 Dezembro

Festival Internacional de Músicas Antigas | Idanha-a-Nova

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Outros Festivais 26 nov, 2019, 22:06

8º Fora do Lugar | 22 Novembro a 7 Dezembro

Festival Internacional de Músicas Antigas | Idanha-a-Nova

8º Festival Fora do Lugar

Festival Internacional de Músicas Antigas

22 Novembro a 7 Dezembro

Idanha-a-Nova

Concertos | Cinema | Exposição | Natureza | Gastronomia

A 8ª edição do Fora do Lugar volta a Idanha-a-Nova, com música, histórias, passeios, filmes, conversa, troca e aprendizagem, bagagem de cá e de lá e descoberta em lugares inesperados…
Este Festival Internacional de Músicas Antigas é hoje um dos projectos culturais mais relevantes na área da música na região de Idanha, pondo em diálogo diferentes formas e tempos da música desafia a uma atitude perante as músicas antigas, abordando, de um forma inovadora, os diálogos decorrentes dos conceitos binómios de erudito/popular e antigo/contemporâneo.

Idanha-a-Nova assume atualmente uma significativa dimensão patrimonial, sendo desde 2015, Cidade Criativa da UNESCO, considerada Reserva da Biosfera em 2016, e pelo seu Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, o primeiro geoparque em Portugal e a primeira classificação UNESCO da região.

Sob a direção artística de Filipe Faria, este festival é o resultado da parceria entre a produtora Arte das Musas e o Município de Idanha-a-Nova (e com o apoio do Ministério da Cultura e da Direcção Geral das Artes), e assume-se como uma proposta do mundo rural virado para o país, para a Península Ibérica e para a Europa.

No total, esta edição conta com um conjunto de 28 actividades entre concertos, oficinas com os músicos convidados, programa educativo de música e corpo, a gastronomia regional, caminhadas na natureza e observação de aves, cinema, e exposições, em que estão envolvidas parcerias com o DocLisboa, o Geopark Naturtejo e a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).
O projeto Alternative History oriundo de vários lugares (Inglaterra, Suécia, Argentina e EUA), liderado pelo tenor inglês John Potter, inaugura o festival a 22 de novembro. No dia seguinte, e da Finlândia, vem Karoliina Kantelinen, uma das últimas representantes do canto tradicional carélico.
A 29 de novembro, o festival vai até à aldeia de Toulões, com o Ensemble Allettamento, de Mario Braña Gómez e Elsa Pidre Carballa, a uma viagem através da música dos séculos XVI e XVII. E no dia seguinte é a vez dos Milo Ke Mandarini Quartet (Espanha, Grécia) com música mediterrânea e da Noite Cheia do Festival que conta ainda com exposições, concertos, gastronomia e cinema documental.
O último fim de semana começa com o Concerto Campestre (Portugal), em Segura, e encerra, no dia seguinte, novamente em Idanha-a-Velha, com a cantora e tocadora de ‘oud’ Waed Bouhassoun (Síria), com uma música muito ligada às suas raízes e como expressão da sua própria identidade.
O festival promove ainda um conjunto de outras actividades paralelas.
O diretor artístico, Filipe Faria, veio ao programa Raízes e esteve à conversa com Inês Almeida, sobre o Festival.
Para ouvir, clicar aqui.
Programação | Concertos
22 Nov. | 21h30 
Idanha-a-Velha, Antiga Sé
Entrada livre
Alternative History Quartet
Inglaterra Suécia Argentina EUA

23 Nov. | 21h30 
Ladoeiro, Saipol/Hortas d’Idanha
Entrada livre
Karoliina Kantelinen 
Finlândia

29 Nov. | 21h30 

Toulões, Junta de Freguesia
Entrada livre 
Ensemble Allettamento 
Espanha
30 Nov. | 18h00 
Ver instruções aqui.
Concerto Secreto
Turquia Portugal
30 Nov. | 21h30
Idanha-a-Nova
Centro Cultural Raiano
Milo ke Mandarini Quartet
Espanha Grécia

6 Dez. | 21h30 
Segura, Associação D.C.R. Segurense
Entrada livre
Concerto Campestre 
Portugal

7 Dez. | 21h30 
Idanha-a-Velha, Antiga Sé
Entrada livre
Waed Bouhassoun 
Síria
8º Fora do Lugar | 22 Novembro a 7 Dezembro
@ Filipe Faria
Concertos

22 Nov. | 21h30

Idanha-a-Velha, Antiga Sé
Entrada livre

Alternative History Quartet
Inglaterra Suécia Argentina EUA
John Potter, tenor 
Anna Maria Friman, soprano, violino de Hardanger
Ariel Abramovich, alaúdes renascentistas
Jacob Heringman, alaúdes renascentistas

Programa

Amores Pasados | De Dowland a Sting
John Paul Jones (n.1946) – Amores Pasados 
Al son de los arroyuelos
No dormía
So ell encina
E.J. Moeran (1894-1950) – River God’s song 
Oh Fair enough are sky and plain
Under the greenwood tree (William Shakespeare (1564-1616))
Picforth (c.1580) – In nomine 
Thomas Campion (1567-1620) – Oft have I sighed 
Peter Warlock (1894-1930) – Corpus Christi 
John Paul Jones/William Blake (1757-1827) – Cradle Song 
John Danyel (1564-c.1626) – Like as the lute delights 
Peter Erskine (n.1954) – Ash and Snow 
Arvo Pärt (n.1935) – Pari Intervallo 
Sting (n.1951) – Bury me deep 
Thomas Dunhill (1877-1946) – Had I the heavens embroidered cloths 
Tony Banks (n. 1950)/W. Shakespeare – That time of year 

8º Fora do Lugar | 22 Novembro a 7 Dezembro
@ Guy Carpenter
Amores Pasados não pretende ser um projecto de fusão – em vez disso, as peças aqui reunidas são oriundas de vários períodos musicais de forma a mostrar que “uma canção pode ser apenas uma canção”. “As canções de três períodos distintos soam como se sempre tivessem pertencido ao mesmo conjunto”.
E.J. Moeran e Philip Heseltine (também conhecido como Peter Warlock) eram companheiros de bebida e partilharam algum tempo uma casa na década de 1920, sensivelmente na época em que as peças de hoje à noite foram compostas. “River God’s Song” e “Under the Greenwood Tree” são da suite coral de Moeran “Songs of Springtime”, enquanto “Oh Fair Enough are Sky and Plain” começou por ser um dos muitos arranjos de A.E. Housman para voz e piano. Ambos os compositores foram atraídos pelo verso medieval e renascentista – “River God’s Song”  e “Sleep” são da autoria de John Fletcher (1579-1625) – e Heseltine editou The Sackbut, uma das primeiras publicações sobre música antiga. Moeran, Dunhill e Pope estudaram no Royal College of Music, em Londres. Pope, que também era cantor e pianista, ganhou uma bolsa para trabalhar com Nadia Boulangier em Paris, onde os seus estudos foram interrompidos pela invasão alemã de 1940. Tendo sobrevivido à guerra, sucumbiu aos Irmãos de Plymouth, uma ordem cristã evangélica com pouca importância para a música, além de melodias de hinos entoadas com fervor. Embora tenha deixado o movimento em 1971, a sua carreira nunca recuperou e o músico deixou uma colecção substancial de músicas e canções corais inéditas que remontam à idade de ouro da música inglesa do início do século XX. Os três genuínos compositores renascentistas no programa são Thomas Campion (1567-1620), John Danyel (1564-1626) e o esquivo Mr. Picforth, todos eles poetas, cantores e tocadores de alaúde.
O ideal renascentista de abraçar uma totalidade artística em vez de uma especialização em, digamos, composição, é essencialmente o que impulsiona os compositores ainda vivos incluídos no programa. Embora John Paul Jones seja mais conhecido como baixista dos Led Zeppelin, na sua adolescência era um organista de igreja e, na época pré-estrela de rock, fez arranjos para alguns dos músicos de pop mais bem-sucedidos dos anos 60 e 70. No mundo do jazz-rock, Peter Erskine é conhecido principalmente como percussionista dos Weather Report, mas tem também uma carreira de enorme sucesso como compositor de jazz e para cinema, além de uma parceria musical com a poeta Anne Hills, que produziu música para nós e para o Hilliard Ensemble. O teclista e compositor dos Genesis, Tony Banks, escreve actualmente música orquestral, assim como canções para o nosso ensemble. Como muitos compositores de rock, Banks estava habituado a conceber palavras e música simultaneamente e nunca tinha musicado um poema até que lhe pedimos que olhasse para Shakespeare e Campion.
O próprio Sting gravou a música de John Dowland e Peter Warlock. Homens da Renascença, todos eles. A excepção a toda esta mistura (ou, talvez, adulteração) da história é Arvo Pärt, mas, ao manter a prática renascentista, Pärt fica frequentemente satisfeito por fazer o arranjo das suas próprias obras para quem estiver disponível para tocá-las. “Pari Intervallo” foi originalmente concebida como uma peça para órgão, tendo surgido posteriormente sob muitas formas diferentes, e tem uma notável semelhança com “In Nomine” do desconhecido Mr. Picforth. A versão para dois alaúdes que ouvirá esta noite recebeu a bênção do compositor (“Toquem mais rápido…!”).

23 Nov. | 21h30

Ladoeiro, Saipol/Hortas d’Idanha
Entrada livre

Karoliina Kantelinen, voz, kantele, flautas de madeira, tambor xamânico
Finlândia

Programa

Ecos da Carélia | Paisagens e Emoções da Natureza Finlandesa 


1. Soittelemma Soutusalmen Suorimaista (Yoik), Trad. Viena Karelia/Karoliina Kantelinen (K.K.)
2. Karon Joiku (Yoik de_of Karo), K.K.
3. Gatzi-Ma K.K.
4. Kaunis Katriina (Balada sobre a bonita Katriina_Ballad about beautiful Katriina), K.K.
5. Kehto (Berço_Cradle), K.K.
6. Um Lamento/A Lament Trad. Skolt Sámi/Lapónia/K.K.
7. Maan Maria (Mãe Terra Maria_Mother Earth Maria), Trad./K.K.
8. Poikien virsi (Yoik sobre cantar_Yoik about singing), Trad. Viena Karelia/K.K.
9. Yoik da viúva/Widow’s Yoik Trad. Viena Karelia/K.K.
10. Iänyeni (Feitiço do lobo_Wolf’s spell), K.K.
11. En mie huoli K.K./Jan Schulte-Tigges
12. Ellös huolta huomisesta (Não te preocupes com o amanhã_Don’t worry about tomorrow), K.K.
Música folclórica tradicional finlandesa e carélia e novas composições contemporâneas de base folclórica da autoria de Karoliina Kantelinen.
1. Os antigos yoiks carélios falam principalmente de rapazes solteiros e do seu estilo de vida (comportamento inadequado). Este yoik foi cantado num lago. 
2. Um yoik sobre uma rapariga encantada por um rapaz, os quais desejam casar-se.
3. Uma música sobre uma rapariga que não aceita homem algum. Todos os rapazes da aldeia são bêbados ou feios. 
4. A bela Katriina procura um pretendente, mas não existe nenhum à altura. Um homem forte do norte deseja conquistar o coração de Katriina. Começa, então, a sua longa viagem para ver Katriina, mas o mar é mais poderoso do que o forte cavaleiro.
5. Uma canção de embalar para uma criança falecida. A mãe canta para o filho para este voltar ao seu ventre. 
6. Nesta canção, inspirei-me num lamento escolto sobre as saudades da terra perdida.
7. Uma oração para que a Mãe Terra cuide de nós.
8. Esta canção caracteriza-se por uma verdadeira fusão. Podemos ouvir os diferentes componentes do yoik carélio, uma melodia de jouhikko (lira curvada) acompanhada de kantele.
9. Um yoik de mexerico sobre um rapaz que gosta de uma viúva.
10. Esta canção refere-se ao processo de encontrar uma voz própria. Ao mesmo tempo, é um feitiço para proteger os lobos dos caçadores. 
11. Canção sobre raparigas da aldeia que escolhem os rapazes mais bonitos.
12. Esta é uma canção para proteger de preocupações e tristeza. 
8º Fora do Lugar | 22 Novembro a 7 Dezembro

Karoliina Kantelinen
é cantora e etnomusicóloga especializada em diferentes estilos de canto étnico. Formas de cantar étnicas e bluegrass, bem como uma voz clássica e naturalmente expressiva, ressoam do mesmo instrumento. Com a sua voz inconfundível de ampla extensão vocal, é também conhecida por ser uma cantora cuja capacidade única abrange uma variedade de emoções, desde a angústia à sensibilidade compassiva. Como missão musical, Karoliina Kantelinen revitalizou e dominou a tradição perdida dos antigos yoiks e lamentos de Viena Karelia.
Conhecida por desafiar as antigas ideias e conceitos relativos à interpretação de yoiks carélios, Kantelinen usa os estilos tradicionais fino-úgricos como inspiração para novas composições contemporâneas de base popular. Compõe, igualmente, para diversos ensembles.
Kantelinen é uma doutorada recém-formada em Música pelo Departamento de Música Folclórica da Sibelius-Academy. Estudou igualmente canto clássico no conservatório de Nápoles e formou-se na Universidade de Helsínquia (Mestre em Musicologia).
Tem uma longa carreira como solista, tendo realizado digressões a solo no Japão, Alemanha, Suíça, França, Bélgica, Espanha, Canadá, Sérvia e em muitos outros países. Em 2017 e 2018, Kantelinen apresentou-se com o grupo Värttinä no espectáculo Terra de Kalevala, na Ópera Nacional Finlandesa. Em 2013, realizou concertos nas Salas de Concertos e de Música de Câmara da Filarmónica de Berlim, com a sua composição sinfónica “Karelia Yoik” (Kantelinen-Kähler). No verão de 2010, foi escolhida para representar a Finlândia no festival EBU, no âmbito do TFF Rudolstadt. Karoliina Kantelinen faz-se acompanhar por kanteles de 10 e 14 cordas e por diversas flautas tradicionais, que a própria toca.
Também se apresenta com diferentes ensembles: a banda de música folclórica finlandesa Värttinä, famosa a nível mundial, Sudan Aika, Paul Taylor Orchestra (CH), Tipsy Gipsy, Set’akat, Duo Kantelinen & Ilkka Heinonen, Lukas Mantel Ensemble (CH), Ketsurat e muitos outros. A voz de Karoliina pode ser igualmente ouvida nas bandas sonoras de filmes (a maior parte delas compostas pelo seu irmão Tuomas Kantelinen): O Anjo da Guarda (2018), Rölli (2016), Parteira (2015), Häjyt, Mongol, Laço Rukajärven, O Ano do Lobo, Arn Tempelriddaren 1 e 2, Evocação da Terra, Filha de Yakuza e muitos mais. Além das suas actuações, dá aulas e workshops de canto popular, yoiks e lamentos carélios por todo o mundo.

29 Nov. | 21h30

Toulões, Junta de Freguesia
Entrada livre 

Ensemble Allettamento
Espanha
Mario Braña Gómez, violino barroco
Elsa Pidre Carballa, violoncelo barroco

Programa

O Triunfo do Diálogo
Música para violino e violoncelo nos séculos XVII e XVIII
Giovanni Battista Cirri (1724-1808) – Duo for violin and cello Op. 1 Nº 3(?) 
Allegro
Giovani Maria Bononcini (1642-1678) – Arie, correnti…per violino e violone o spinetta Op. 4 (1671) 
L´Anghisciola
Sarabanda
La Molza
Arcangelo Corelli (1653-1713) – Sonata a violino e violone o cembalo Op. 5 Nº 9 (1700) 
Preludio
Giga
Adagio
Tempo di gavotta
Giuseppe Valentini (1681-1753) – Allettamento per camera, a violino, e violoncello, o cembalo Op. 8 Nº 5 (1714) 
Largo
Presto
Carlo Tessarini (1690-1766) – Allettamento da camera a violino solo e violoncello en Sol M Op. 3 Nº 2 (1740) 
Allegro
Andante
Presto
Giovani Benedetto Platti (c.1697-1763) – Ricercare á violino e violoncello Nº 1 (?) 
Adagio
Allegro
Largo
Allegro
Giovanni Battista Cirri (1724-1808) – Duo for violin and cello Op. 12 Nº 4 (1770) 
Allegro con Brio
Adagio
Allegro

8º Fora do Lugar | 22 Novembro a 7 Dezembro

O Triunfo do diálogo
é um convite para uma viagem através da evolução da música para violino e violoncelo nos séculos XVII e XVIII. Através do repertório musical proposto neste programa, os espetadores podem ver de que forma a comunicação entre os dois instrumentos mudou ao longo do tempo.
No século XVII, o violino desempenhava o papel principal, enquanto o violoncelo era o acompanhamento e a linha de baixo, juntamente com o cravo. Contudo, esta não era a única maneira de se tocar nessa altura, existindo uma outra prática comum que envolvia o violoncelo isoladamente a tocar a linha de baixo figurada. Os violoncelistas tinham de ser altamente qualificados para conseguirem executar com competência as harmonias complexas e texturas polifónicas de diferentes obras. Uma das primeiras fontes que levanta a questão do acompanhamento no final do século XVII é “Arie, correnti […] per violino e violone o spinetta de G.M. Bononcini”, a primeira peça deste programa.
Embora o compositor sugira que ambos os instrumentos devam tocar a linha de baixo, o autor afirma claramente no prefácio a sua preferência pelo violone enquanto instrumento de acompanhamento, na medida em que é “mais adequado e garante um melhor efeito”.
Esta prática tornou-se ainda mais comum no século XVIII, quando encontramos vários exemplos de sonatas que incluem notas adicionais na parte do baixo que fazem muito sentido para um violoncelista, mas pouco para um cravista. O público ouvirá duas peças de A. Corelli e do seu aluno G. Valentini, tocadas dessa forma.
Um novo estilo de diálogo entre o violino e o violoncelo surge em meados do século XVIII. O violoncelo abandona progressivamente o papel de acompanhamento e assume a sua própria identidade. O público terá a oportunidade de observar esta evolução em dois compositores contemporâneos, C. Tessarini e G.B. Platti.
Com o compositor italiano G.B. Cirri, a música torna-se mais homogénea entre estes dois instrumentos e, juntamente com o grande desenvolvimento técnico do violoncelo, o diálogo ficou, por fim, consolidado.

30 Nov. | 18h00

Ver instruções aqui.

Concerto Secreto
Turquia Portugal


30 Nov. | 21h30

Idanha-a-Nova
Centro Cultural Raiano
Milo ke Mandarini Quartet
Espanha Grécia

Carlos Ramírez, sanfona, gurdy, bağlama, lavta, yaylı tanbur
Isabel Martín, voz, bendir, pandeiret, pandeiro quadrado
Miriam Encinas, Laffitte flauta de bisel, viella, dilruba, bendir, pandeiro quadrado
Christos Barbas, ney, kaval, tsambouna, lavta, flauta de bisel

Programa
O Caminho da Cigana | Música Mediterrânica 


Puncha-Puncha/Nihavent Yürük Trad. Sefardita, Carlos Ramírez 2014
Cantharellus Espanha, La Vera, 2016, Carlos Ramírez
La Molinera Espanha, Salamanca, Carlos Ramírez 2016
Manyana i manyana Trad. Sefardita, Carlos Ramírez & Isabel Martín 2016
Dendritsi Grécia, Trácia, Trad.
Nana Espanha, Zamora, Trad.
Petrounino Bulgária, Trad.
Baile Sanabrés Espanha, Zamora, Trad.
8º Fora do Lugar | 22 Novembro a 7 Dezembro
Os Milo ke Mandarini começaram a ficar conhecidos em 2008 graças às gravações produzidas pelos próprios. Desde então, têm viajado por toda a Península Ibérica e tocado nos palcos de vários festivais internacionais. Em 2011, receberam o Prémio Nacional de Interpretação Musical no género de Música Tradicional, o que lhes deu a oportunidade de tocar em alguns dos mais importantes festivais de folclore de Espanha, incluindo Folk Segovia (2009 e 2011) e Getxo Folk (Bilbau, 2012). No mesmo período, participaram no Festival de World Music de Quito (Equador, 2010) e na Semana Europeia da Cultura em Acra (Gana, 2012).
Em 2016, lançaram o primeiro álbum, La vereda de la gitana, um nome que se refere ao percurso de 3 km que une as suas próprias aldeias de Sonseca e Mazarambroz, em Toledo (Espanha). Grandes mestres como Eliseo Parra, Efrén López e Christos Barbas colaboraram neste álbum. Este novo projeto inclui canções sefarditas, melodias mediterrânicas tradicionais e música com raízes ibéricas, além das suas próprias composições, deixando espaço para a improvisação e expressando, deste modo, uma relação muito pessoal e íntima com estes tipos de melodias. As suas músicas foram tocadas em algumas das mais conhecidas estações de rádio de Espanha, com críticas muito positivas.
Este álbum foi apresentado em formato de quarteto (com a participação de Miriam Encinas e Christos Barbas) em festivais nacionais e internacionais, como Les Nuits du Laberinthe (Genebra, Suíça, 2017), Xàbia Folk (Alicante, Espanha, 2017), WOMAD (Cáceres, Espanha, 2018) Polirritmia (Valência, Espanha, 2018), Music Sundays (Creta, Grécia, 2018) e Roots and Sprouts (Leipzig, Alemanha, 2018).

6 Dez. | 21h30 

Segura, Associação D.C.R. Segurense
Entrada livre

Concerto Campestre 
Portugal
Pedro Castro, oboé barroco, flautas de bisel
César Nogueira, violino barroco
Sofia Diniz, viola da gamba 
Flávia Almeida Castro, cravo
Programa
Fim de Festa | Folias, Chacones, Passacailles e outros Ostinatos

Tarquino Merula (1595-1665) – Ciaccona Op. 12 Nº20 
Andrea Falconieri (1585/6-1656) – Suite de danças 
Rinen y pelean entre Berzebillo con Santanillo e Pantul
Baile de los dichos diabolos
Folias Echas para N. Sra. Dona Tarolina de Carallenos
Arcangelo Corelli (1653-1713) – La Folia 
Marin Marais (1656-1728) – Passacaigle en trio 
Marin Marais (1656-1728) – Les Folies d’Espagne 
Joan Bautista Pla (1720-1773) – Sonata para oboé em dó menor 
Allegretto
Andante
Allegro assai
Antonio Vivaldi (1678-1741) – Sonata Op.1 nº12 La Folia 
8º Fora do Lugar | 22 Novembro a 7 Dezembro

Está bem, pronto, terás a tua chaconne, apesar da ópera já tresandar a música Okay, fine, you’ll have your chaconne, even though the opera is already overflowing with music. 
C. W. Gluck (1714-1787)

O Rei Sol, Louis XIV, pisa o palco dançando em mais uma das grandes produções musicais encomendadas a Jean Baptiste Lully, o compositor que através do enorme poder e meios que lhe foram atribuídos criou a primeira grande orquestra da Europa e levou os seus músicos a inventar novos e modernos instrumentos que pudessem tocar todos em conjunto numa mesma afinação. Depois de muitos minuetes, gavotes, bourrés e outras danças chegamos ao final do épico enredo, no qual o heróico personagem interpretado pelo soberano não só resolve o drama como revela qualidades morais e capacidades sobrenaturais que de uma forma alegórica e simultaneamente poderosa legitimam o poder real. Este grandioso final só podia ser pontuado por uma grande Folia.
Este termo, que no nosso idioma pode significar hoje em dia “festa alegre e ruidosa” tem um significado musical muito específico. Refere-se a um tipo de número musical que é baseado numa sequência harmónica que se repete, sobre a qual um ou mais instrumentos melódicos improvisam ou realizam variações mais ou menos virtuosas do tema inicial. Há quem diga que a sua origem é especificamente portuguesa, mas se tal pode não ser consensual certo é que a sua origem é definitivamente ibérica a julgar pelas “follies d’espagne” que Marin Marais mandou imprimir no seu segundo livre de peças de viola da gamba em 1701.
Jean Batiste Lully foi um dos primeiros que cristalizou a Folia como género musical e o utilizou precisamente para pontuar o auge festivo das suas megalómanas produções musicais, assim como a Passacaglia e a Chaconne, também baseadas em sequências harmónicas repetidas, também chamados de “baixo ostinato”. 
Tal como muitas outras modas e hábitos do monarca absolutista Francês e da sua corte, este hábito espalhou-se pelos restantes centros artísticos na europa, sendo que pouco depois podemos encontrar o mesmo tipo de danças nos finais de óperas ou ballets de outros compositores como Purcell, Vivaldi ou Handel. Também nas edições de musica instrumental se tornou comum a realização de uma Folia no final de um conjunto de sonatas ou trio sonatas, como é o caso das obras editadas por Corelli, Marais ou Vivaldi.
Este programa pretende trazer um pouco deste ambiente de fim de festa de outros séculos num formato de bolso, sendo ele próprio um grande “ostinato”, no qual “obstinadamente” e repetidamente apresentamos vários destes “ostinatos” que tantos compositores da época inspiraram.

7 Dez. | 21h30

Idanha-a-Velha, Antiga Sé
Entrada livre

Waed Bouhassoun
, Voz, oud
Síria

Safar | As Almas Reencontradas 

“Vou buscar inspiração à minha cultura e à sua poesia e espiritualidade. As notas que toco no meu oud – que nunca me abandona – são palavras que, quando reunidas, formam uma
linguagem por meio da qual posso expressar a minha alegria, o meu amor, a minha dor e também a do meu país, que sofre e está a ser dilacerado. A música é essencial para mim. Dá ritmo a todos os momentos do meu dia e da minha vida. Vivo com música e para
a música. Não me imagino a existir sem ela. É a minha ligação à minha terra natal, à minha família e aos meus amigos. É tudo para mim
.”
8º Fora do Lugar | 22 Novembro a 7 Dezembro
Waed Bouhassoun é uma jovem cantora e tocadora de oud síria de enorme talento e com um timbre vocal de rara qualidade que suscita comparações com os grandes cantores árabes da década de 1930. Canta poemas de amor místico e secular que recolhe do vasto repertório da poesia árabe pré-islâmica, de poetas místicos e árabes-andaluzes dos séculos VII ao XIII e de poetas contemporâneos. Faz-se acompanhar pelo seu oud enquanto canta as suas próprias composições, arranjos musicais de poemas de Adonis, Qais Ibn al-Mulawwah, Ibn Zaydun, Ibn Arabi e outros poetas.
Waed Bouhassoun é oriunda do sul da Síria e nasceu numa aldeia perto de Sweida, no seio de uma família de amantes da música: o pai deu-lhe um pequeno oud quando tinha apenas sete anos de idade. Provém da mesma região que os cantores Asmahan e Farid El Atrache, e desde muito cedo foi exposta a “outras formas de música que não as do seu país natal”, já que, em criança, os pais levaram-na para morar durante dois anos no Iémen, onde descobriu a música local em encontros de mulheres. Continuou a estudar o seu instrumento e, de seguida, entrou no Conservatório de Damasco, na época fortemente influenciado pela música ocidental. 
Waed Bouhassoun baseou-se nessas diversas influências para criar o seu estilo pessoal, não deixando de se manter fiel ao espírito musical do seu país. Logo nas suas primeiras aparições em Alepo, o seu talento foi imediatamente reconhecido no meio: atuou em Paris, na Maison des Cultures du Monde e, depois, no Instituto do Mundo Árabe, em Março de 2006, onde obteve um grande êxito. Desde então, tem vindo a actuar por todo o mundo árabe [na Ópera de Damasco, no Festival de Arzila, no Festival da Almedina de Tunes, com Kudsi Erguner e o seu ensemble no Festival Beiteddine no Líbano, em Abu Dhabi, Doha, Bahrein, em Amã na Jordânia e nos festivais de Tetuan, Fez e Cairo], em França [no Anfiteatro da Ópera da Bastilha, nas óperas de Lyon e Rennes, na Filarmónica, nas Folles Journées de Nantes, no Festival Arabesques de Montpellier, em Babel Med – Marselha, no Rocher de Palmer, no Quartz de Brest por ocasião do festival No Border, na Córsega, entre outros lugares] e na Europa [no Teatro Real de Madrid, onde, a convite de Gerard Mortier, deu um concerto a solo em 2010 integrado no ciclo “Grandes Cantantes” dedicado a grandes vozes femininas, no Festival Voix de Femmes em Utrecht, no Södra Teatern em Estocolmo, no Festival Clandestino em Gotemburgo, em Krems na Áustria, no Festival Les Nuits du Monde em Genebra e em várias cidades de Espanha e Itália]. Foi igualmente convidada com Kudsi Erguner para o Jeonju International Sori Festival na Coreia do Sul.
A beleza profunda, mas frágil, do seu canto provoca muita emoção, sobretudo quando apresenta um muwashshah, um clássico “bordado vocal” onde a sua voz assume todo o seu esplendor virtuoso. A artista destaca-se no canto dos poemas de amor da santa muçulmana Râbi’a al Adawiyya: “Je t’aime de deux amours” é o título do concerto dedicado aos poemas da santa sufi que integrou com Kudsi Ergüner no Anfiteatro da Ópera da Bastilha enquanto parte do Festival de l’Imaginaire em 2008.
Em 2009, gravou o seu primeiro CD, La Voix de l’Amour, na colecção do Instituto do Mundo Árabe, e, no mesmo ano, recebeu o prémio Coup de Coeur da Académie Charles Cros. Em 2014, gravou o seu segundo CD a solo para a Buda Musique em Paris: L’Âme du luth é um álbum para voz e oud, no qual executa as suas próprias composições para os poemas de Adonis, Al Hallaj, Qays Ibn al-Mulawwah (conhecido como o Louco por Layla), Ibn Zaydun, Sohrawardi e Ibn Arabi. Este álbum também ganhou um prémio Coup de Coeur da Académie Charles Cros em 2015.
Waed Bouhassoun não tem medo de explorar as diversas possibilidades de colaborações artísticas, uma vez que, além de lhe permitirem expandir o seu repertório, estas também desenvolvem o potencial e a força da sua voz.
Assim, quando a Cité de la Musique lhe pediu para participar num ciclo de homenagem a Oum Kalthoum, ela preparou, com a companhia de um pequeno ensemble, uma jornada musical das canções mais antigas às canções da década de 1960, para um concerto que esgotou assim que começou a venda de bilhetes, e que foi novamente apresentado, com o mesmo sucesso, na TAP – Scène Nationale de Poitiers, em Maio de 2017.
Em Setembro de 2016, assistiu-se ao lançamento de La Voix de la Passion, o seu terceiro CD com a Buda Musique, que Waed Bouhassoun gravou com Moslem Rahal, o seu antigo colega do conservatório de música de Damasco e um virtuoso do ney. O som harmonioso do ney é apreendido como uma segunda voz que combina na perfeição com os ornamentos da voz de Waed Bouhassoun. Com Moslem Rahal, ela explora a poesia da língua nabateia do sul da Síria, a poesia oral dos beduínos, textos que não são bem conhecidos pelo público – mesmo pelo sírio – que lhe permitem revelar o poder da sua voz. Este trabalho foi apresentado em concerto pela primeira vez no Anfiteatro da Ópera de Lyon e, de seguida, no Théâtre de la Ville – Les Abbesses, em Paris, em Novembro de 2016.
Em 2017, por iniciativa do Festival de Saint-Denis, tocou com a violoncelista Ophélie Gaillard enquanto parte de um diálogo musical, na companhia de Moslem Rahal e da percussionista Michèle Claude. O concerto resultante desta colaboração foi apresentado no dia 9 de Maio na abertura do Festival Métis – Plaine Commune.
Também em Maio de 2017, a Ópera de Lyon convidou Waed Bouhassoun pelo terceiro ano consecutivo. Tendo pedido a Omar Bashir, o extraordinário tocador de oud, que se juntasse a ela para uma exploração do repertório musical e de canções comum à Síria e ao Iraque, o espetáculo conquistou totalmente um público entusiasmado.
Em Maio de 2018, novamente a pedido da Filarmónica, deu um concerto a solo no espírito dos salões de música com um repertório da década de 1930. Nessa ocasião, tocou um instrumento da coleção do Museu da Música: o Nahat oud, assim baptizado em homenagem ao mestre fabricante de instrumentos de Alepo.
Além da carreira a solo, Waed Bouhassoun trabalha regularmente com Jordi Savall e o seu ensemble Hespérion XXI, tanto em concertos como na gravação de CD. Em 2013, participou na gravação do CD Orient-Occident II – Hommage à la Syrie e, em 2016, nos dois CD Ramon Llull e Granada. Novamente com Jordi Savall, contribui activamente para a implementação do seu projecto Europe Creative Orpheus XXI – Music for Life and Dignity, visando a transmissão do património musical às novas gerações, e realiza workshops de música para crianças refugiadas e deslocadas, com o propósito de as manter em contato com as suas raízes culturais.
Em 2019, assistiu-se ao lançamento de Safar: Les âmes retrouvées, o seu quarto CD com a Buda Musique, gravado em colaboração com Kudsi Erguner, Moslem Rahal e Rusan Filiztek.
Hoje em dia, Waed Bouhassoun vive em Paris e trabalha na sua tese em etnomusicologia.
Para mais informações sobre os concertos e programação paralela, clicar aqui.

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