21º Festival de Jazz de Valado de Frades
31 Maio a 9 Junho
Desde 1992 é organizado em Valado de Frades, no concelho da Nazaré, o Festival de Jazz com direção artística do maestro Adelino Mota, e organizado por um grupo de voluntários, apaixonados por jazz e que teimam em "pôr o nome da sua terra no mapa".
Este Festival nasce numa coletividade, a Biblioteca Instrução e Recreio (BIR), fundada em 1933 para combater o analfabetismo na população rural.
Pioneiro na divulgação do jazz na região centro, com a realização de concertos pontuais há cerca de 32 anos, é em 1992 que realiza o primeiro Festival, com apenas dois concertos; a segunda edição aparece em 1999 e desde então é organizado anualmente. São 21 anos de muitas histórias, algumas delas contadas pelo jornalista da Antena 1, natural da Nazaré, Mário Galego, na sua Uma estória de Jazz em Valado dos Frades.
Dos reconhecidos jazzistas nacionais, pode-se dizer que já "todos tocaram" no Valado ao longo dos anos, muitos deles antes de terem o estatuto que têm atualmente.
Nesta 21ª edição, e mais uma vez, o Festival conta com grandes nomes do jazz em Portugal, como Mário Laginha, Nelson Cascais, Ricardo Toscano ou André Rosinha, entre outros.
Desde 2017 que a organização deste Festival abriu também algumas atividades ao concelho, nomeadamente na comemoração do Dia Internacional do Jazz.
Programação
31 Maio | 22h00
Sala da BIR
Nelson Cascais | "Men-Tor"
João Mortágua, saxofone | André Fernandes, guitarra | Mário Laginha, piano |
Nelson Cascais, contrabaixo | André Sousa Machado, bateria
"Em 2003 tive a oportunidade de gravar o álbum “Pueblos” de Jorge Reis, um disco magnífico que deixou uma marca indelével no novo jazz português e que espelha a singular personalidade artística, profundamente original, de um músico extraordinário e de um ser humano maravilhoso que o mundo viu partir cedo de mais.
De uma invulgar contemporaneidade, toda a música contida naquele disco transporta-me para um imaginário sonoro fantástico e sedutor de cada vez que o ouço. De facto, mesmo os temas que não são da autoria do Jorge não deixam de se inscrever nesse mesmo imaginário. A sua concepção musical procurava evitar o óbvio estimulando em todos aqueles que passaram pelos seus grupos uma abordagem à música sem medo do risco e do imprevisível.
Pelo reconhecimento da genialidade do Jorge e pela vontade de voltar a percorrer esses trilhos sonoros fiz este projecto contando com músicos igualmente excepcionais cuja estética musical melhor se aproxima da de Jorge Reis – o saxofonista João Mortágua, o pianista Mário Laginha e ainda André Fernandes e André Sousa Machado que comigo estiveram nessa inesquecível banda que gravou “Pueblos”.
Men-Tor é pois, um projecto cujo propósito será o de tocar a música de Jorge Reis homenageando-o naturalmente por tão bem a ter sabido fazer."
De uma invulgar contemporaneidade, toda a música contida naquele disco transporta-me para um imaginário sonoro fantástico e sedutor de cada vez que o ouço. De facto, mesmo os temas que não são da autoria do Jorge não deixam de se inscrever nesse mesmo imaginário. A sua concepção musical procurava evitar o óbvio estimulando em todos aqueles que passaram pelos seus grupos uma abordagem à música sem medo do risco e do imprevisível.
Pelo reconhecimento da genialidade do Jorge e pela vontade de voltar a percorrer esses trilhos sonoros fiz este projecto contando com músicos igualmente excepcionais cuja estética musical melhor se aproxima da de Jorge Reis – o saxofonista João Mortágua, o pianista Mário Laginha e ainda André Fernandes e André Sousa Machado que comigo estiveram nessa inesquecível banda que gravou “Pueblos”.
Men-Tor é pois, um projecto cujo propósito será o de tocar a música de Jorge Reis homenageando-o naturalmente por tão bem a ter sabido fazer."
1 Junho | 22h00
Sala da BIR
Ensemble Super Moderne
Ensemble Super Moderne
José Pedro Coelho, saxofone tenor e soprano | José Soares, saxofone alto |
Rui Teixeira, saxofone barítono e clarinete baixo | Paulo Perfeito, trombone |
Luis Eurico Costa, guitarra | Carlos Azevedo, piano | Miguel Ângelo, contrabaixo |
Mário Costa, bateria
Com percursos musicais sólidos e reconhecidos, oito músicos juntam-se para explorar diferente formas de narrar, improvisar e interagir musicalmente.
A partir de uma componente composicional forte que traga consigo tantas boas influências quanto possível, Ensemble Super Moderne destaca-se por năo ter nenhum som mas vários.
O conceito de uma linha estética como elemento unificador do projecto desaparece, dando lugar a que Ensemble Super Moderne se identifique precisamente por năo tomar partido de nenhuma música em especial.
2 Junho | 22h00
Sala da BIR
Lifestories – Joana Machado
Lifestories – Joana Machado
Joana Machado, voz | Bruno Santos, guitarras | Óscar Graça, piano e teclados |
Romeu Tristão, baixo | Joel Silva, bateria
Lifestories, o 5º trabalho e 2º de originais, é uma coleção de 10 novos temas feitos nos últimos dois anos. Baseado em muitas histórias pessoais, fruto de trabalho de equipa, de pesquisa de sonoridades e grooves, de afirmação de uma estética onde o Jazz é o playground perfeito para reunir influências musicais – da soul ao rock n’ roll – este novo álbum mostra, como nunca, Joana Machado como a artista que é.
Joana Machado bteve o grau de Mestre em Música, Interpretação Artística, em 2012, na ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto). Atualmente, frequenta o Doutoramento em Artes Performativas e da Imagem em Movimento na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Para além dos 4 títulos em seu nome "Crude" (Toap 2006), "A Casa do Óscar" (ed. autor 2009), "Travessia dos poetas – Rosapeixe" (Karonte 2010) e “Blame it on my Youth” (Warner 2014) a sua discografia inclui ainda participações em gravações de Abe Rábade ("Aloumiños de Seda" – Galicia 2008), Amílcar Vasques Dias ("Desnudo" – Numérica 2011), Ricardo Pinheiro ("Song Form" – Toap 2013) e Septeto do Hot Clube de Portugal (HCP 2015). É professora de Voz, Ensemble e Formação Auditiva na Licenciatura em Jazz e Música Moderna da Universidade Lusíada de Lisboa desde 2009. Integra também o corpo docente da Escola de Jazz de Luiz Villas-Boas.
7 Junho | 22h00
Sala da BIR
Pedro Moreira Quarteto
Pedro Moreira Quarteto
Pedro Moreira, saxofone | João Moreira, trompete e EWI |
Romeu Tristão, contrabaixo | João Pereira, bateria
Neste novo projeto de Pedro Moreira procura-se um equilíbrio entre composição e improvisação através de um conjunto de originais inéditos que revelam influências do jazz contemporâneo assim como da música erudita.
Sem o apoio sólido de um instrumento harmónico, as soluções passam mais pela utilização de contraponto e da criação de ambientes sonoros ora mais abstractos e introspectivos ora mais rítmicos ou melódicos. Apesar das estruturas composicionais pretende-se que a espontaneidade da criação e do improviso não seja limitada, antes pelo contrário, a ideia é que aquelas a inspirem e lhe dêem material para o seu desenvolvimento e procura de novos caminhos musicais.
8 Junho | 22h00
Sala da BIR
Ricardo Pinto Quinteto
Ricardo Pinto Quinteto
Ricardo Pinto, trompete | Ricardo Toscano, sax alto | Oscar Graça, piano |
André Rosinha, contrabaixo | Luís Candeias, bateria
A Sul, titulo que dá nome ao terceiro trabalho discográfico do trompetista Ricardo Pinto. Seguindo um pouco a estética dos seus trabalhos anteriores este disco traz-nos algo diferente.
Com uma formação mudada quase na totalidade este novo quinteto traz à sua música uma nova energia, intensidade e assertividade, fatores estes que marcam a diferença deste seu novo trabalho. A sonoridade "retro" dos anos 60 aliada às composições com uma abordagem mais moderna torna este disco fresco e autêntico.
A proposta de Ricardo e do seu quinteto, composto por Ricardo Toscano, Oscar Graça, André Rosinha e Luís Candeias, é uma música que nos leva para ambientes cinematográficos com melodias fortes e cantáveis
sugeridas por harmonias abertas e de alguma forma ambíguas.
As atmosferas densas que assentam em grooves sólidos são a plataforma ideal para as improvisações ora melódicas ora energéticas e ferozes levadas, por vezes, ao limite da sua estabilidade.
A sul é, com certeza, um disco que se vai querer ouvir mais que uma vez.
9 Junho | 22h00
Sala da BIR
Abe Rábade Trío
Abe Rábade Trío
Abe Rábade, piano e composição | Pablo Martín Caminero, contrabaixo | Bruno Pedroso, bateria
Abe Rábade Trío foi fundado em 1996 em Boston (EUA). Este primeiro trio era formado pelo galego Paco Charlín no contrabaixo e o búlgaro Val Tzenkov na batería. Esta época foi muito rica em sessões de gravacão e recitais no contexto do Berklee College of Music. Uma parte das composições que vieram a ser gravadas, foram escritas neste período. Desde o ano 2008 tem a atual formação. O trio em 2010, lança o álbum "Zigurat", com 6 composições originais e uma versão. Apresentaram o disco em Berlim, Santiago de Chile, Corunha, Santiago de Compostela, Ciudad Real, Madrid, Ourense, Vigo e Oviedo.
Em 2012 Abe Rábade Trío edita o seu novo álbum: “A Modo”, que apresentou em concertos pelas principais salas da Europa.
O Cd “Once”, gravado em 2016, é o que atualmente promovem nos concertos que apresentam pela primeira vez em Portugal, neste Festival.
Para mais informações, visite o site do festival,
ou contate pelo mail do festival.
Bilhetes à venda para os concertos:
Viola Contabilidade e Seguros
Av. da Nazaré (perto da GNR)
Valado dos Frades
ou no Local dos Concertos a partir das 21h00.
Av. da Nazaré (perto da GNR)
Valado dos Frades
ou no Local dos Concertos a partir das 21h00.