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Este Festival Internacional de Músicas Antigas é hoje um dos projectos culturais mais relevantes na área da música na região, pondo em diálogo diferentes formas e tempos da música desafia a uma atitude perante as músicas antigas, abordando, de um forma inovadora, os diálogos decorrentes dos conceitos binómios de erudito/popular e antigo/contemporâneo.
Com uma acção integrada dos vários sectores produtivos presentes neste território, e com abordagens inovadoras e articuladas, o Fora do Lugar pretende cruzar passados e presentes, caminhos feitos de permanências, mudanças e rupturas, muitas delas surpreendentes, através de uma programação diversificada.
Por outro lado, é revelador de que é possível produzir cultura num cenário onde muitos não concebem pensá-la neste moldes: o país perdido das pequenas aldeias quase desertas, e assim chegar até onde mais ninguém se deu ao trabalho de ir.
A par da programação principal com Danças Ocultas (Portugal), Musick’s Recreation (Alemanha, Colômbia e Austrália), Scaramuccia (Portugal e Espanha), Erin/Iran (Irlanda, Irão, Catalunha e Hungria), Filipe Raposo e Charlie Chaplin (Portugal e Inglaterra) e Pino De Vittorio (Itália) o festival promove ainda um conjunto alargado de actividades paralelas nas áreas da natureza, desenho, programa educativo, masterclass, workshops, "concertos mesmo ao pé", gastronomia, etc…
A entrada em todos os concertos é livre, sujeita à lotação das salas. Nas restantes actividades é necessária inscrição prévia (também ela gratuita) através dos contactos do Festival.
Para ouvir, clicar aqui [a partir de 1h50m]
Antiga Sé
Idanha-a-Velha
Danças Ocultas | Portugal
Artur Fernandes
Filipe Cal
Filipe Ricardo
Francisco Miguel
Antiga Câmara
Salvaterra do Extremo
Musicks’s Recreation | Alemanha, Colômbia, Austrália
A flauta doce, avis rara na Itália do século XVII? Sonatas, baixos ostinatos e canções com nova ornamentação.
Milena Cord-to-Krax, flauta
Alex Nicholls, violoncelo
Cesar Queruz, tiorba
Ladoeiro
Scaramuccia | Portugal, Espanha
1717, memórias de uma viagem a Itália
Diário musical da viagem de Pisendel a Florença, Roma, Nápoles e Veneza.
Javier Lupiáñez, violino/dir. artística
Inés Salinas, violoncelo
Patrícia Vintém, cravo
Capela de S. Pedro de Vir-a-Corça
Monsanto
Erin/Iran | Irão, Irlanda, Catalunha, Hungria
De Erin para o Irão. Um encontro musical entre o deserto e o oceano.
Arezoo Rezvani, santur, voz, daf
Marc Planells, oud, saz, rubab, voz
Balázs Hermann, contrabaixo, voz
Dave Boyd, percussão, voz
Centro Cultural Raiano
Idanha-a-Nova
Filipe Raposo & Charlie Chaplin | Portugal, Inglaterra
Um Piano Afinado pelo Cinema: Tempos Modernos
Filipe Raposo, piano
Charlie Chaplin “Tempos Modernos"
Idanha-a-Velha
Pino De Vittorio Duo | Itália
Le Tarantelle del Rimorso | As Tarantelas do Remorso
Marcello Vitale, chitarra battente e guitarra clássica
24 Novembro | 21h30
Antiga Sé
Idanha-a-Velha
Danças Ocultas | Portugal
Artur Fernandes
Filipe Cal
Filipe Ricardo
Francisco Miguel
Folia 1,5
Héptimo 4,5
Dança I 1,5
Bulgar 2
Tarab 4,5
Queda d’água 1,5
Moda assim ao lado 1,5
Alento 3
Esse olhar 4
Sorriso 3,5
Diatónico 2
Luzazul 4
Tristes europeus 3,5
Casa do rio 3
Dança II 1,5
No(c)turno das 7 1
1 – CD “Danças Ocultas”, EMI-VC, 1996
2 – CD “Ar”, EMI-VC, 1998
3 – CD “Pulsar”, Magic Music, 2004
4 – CD “Tarab” Numérica, 2009
O acordeão diatónico – em Portugal conhecido por concertina – é um instrumento concebido na primeira metade do século XIX, e seguidamente aperfeiçoado por diversos construtores europeus, que ainda hoje ecoa memórias de uma outra forma de habitar o espaço musical: um tempo anterior ao disco, à rádio. Continua, porém, a ser uma máquina de construir sonhos; e, por isso uma máquina de inventar futuros possíveis, de fazer sentidos.
Desde maio de 1989 Artur Fernandes, Filipe Cal, Filipe Ricardo e Francisco Miguel organizaram-se em torno de um sonho: o de desenvolverem as suas aptidões como executantes enquanto investigavam as possibilidades de afastar o instrumento do folclore tradicional, respeitando o que então entendiam como a “vontade da concertina”, mas fazendo para ela uma música nova. Esses tempos conduziram a um nome para o quarteto e ao primeiro disco homónimo, Danças Ocultas.
Antiga Câmara
Salvaterra do Extremo
Musick’s Recreation | Alemanha, Colômbia, Austrália
A flauta doce, avis rara na Itália do século XVII?
Milena Cord-to-Krax, flauta
Alex Nicholls, violoncelo
Cesar Queruz, tiorba
Alessandro Piccinini (1566-1638) -Tocatta
Giovanni Battista Fontana (ca.1571-1630) – Sonata seconda
Barbara Strozzi (1619-1677) & M. Cord-to-Krax – Que si può fare | Arie di Barbara Strozzi […] Opera Ottaua (1664, Venice)
1 Dezembro | 21h30
SAIPOL/Horas da Idanha
Ladoeiro
Scaramuccia | Portugal, Espanha
1717, memórias de uma viagem a Itália
Diário musical da viagem de Pisendel a Florença, Roma, Nápoles e Veneza.
Javier Lupiáñez, violino/dir. artística
Inés Salinas, violoncelo
Patrícia Vintém, cravo
Segundo o grande musicólogo Michael Talbot, a história sobre a viagem de Pisendel por Itália é uma história que merece e ainda tem de ser contada. Uma viagem fascinante que nos deixou um legado de valor incalculável: uma imagem musical sincera, íntima e pessoal da Itália do princípio do século XVIII.
Javier Lupiáñez
Antonio Lucio Vivaldi – Suonata à Solo fatto per Maestro Pisendel Del Vivaldi (Sonata em sol maior, RV 25)
Tomaso Albinoni – Sonata a Violino solo di me Tomaso Albinoni Composta p il Sig: Pisendel (Sonata em si bemol maior, TalAl So32)
Antonio Montanari – Sonata del Sig.r Ant. Montanari (Sonata em mi menor Mus.2767-R-2)
Giuseppe Valentini – La Montanari. Sonata per Camera a Violino solo, Dedicato al merito impareggiabile del Sig:re Antonio Montanari insigne Sonatore di Violino, Da un suo divoto servo ammiratore della sua virtù. (Sonata em lá maior Mus.2387-R-5)
Johann Georg Pisendel/Antonio Montanari – Solo Violino e Basso (Sonata em mi maior Mus.2421-R-18)
Em Novembro de 2015 Scaramuccia gravou o seu primeiro CD com a discográfica Ayros, dedicando-o à nova música de Vivaldi e obras recentemente descobertas para violino e baixo continuo. Este novo álbum será lançado na Primavera de 2016.
Em 2016 Scaramuccia foi unanimemente elegido pelo público como o melhor ensemble do concurso internacional Göttinger Reihe Historischer Musik 2015/2016 (Alemanha).
2 Dezembro | 21h30
Capela de S. Pedro de Vira-Corça
Monsanto
Erin/Iran | Irão, Irlanda, Catalunha, Hungria
De Erin para o Irão. Um encontro musical entre o deserto e o oceano.
Arezoo Rezvani, santur, voz, daf
Marc Planells, oud, saz, rubab, voz
Balázs Hermann, contrabaixo, voz
Dave Boyd, percussão, voz
[É na sombra um do outro que florescemos]
Programa
Música do Irão:
– Piruzi
– Vatanam Arezoost
– Mara Ashegh
Música da Irlanda:
– Samradh Samradh (tradicional)
– The Well Below the Valley (tradicional)
Várias das composições serão improvisações únicas em resposta à acústica e à atmosfera do espaço.
8 Dezembro | 21h30
Centro Cultural Raiano
Idanha-a-Nova
Filipe Raposo & Charlie Chaplin | Portugal, Inglaterra
Um Piano Afinado pelo Cinema: Tempos Modernos
Filipe Raposo, piano
Charlie Chaplin “Tempos Modernos"
Antiga Sé
Idanha-a-Velha
Pino De Vittorio Duo | Itália
Le Tarantelle del Rimorso | As Tarantelas do Remorso
Pino De Vittorio, voz, chitarra battente
Marcello Vitale, chitarra battente e guitarra clássica
Lu picuraru
Alla Carpinese
Pizzica taranta
Cori miu
Sona a battenti
Attaccati li tricci
Tarantella a Maria di Nardo’
Soje ciardine
Stornelli di Leporano
‘Stu pettu e’ fatto cimbalu d’amuri
‘Na via di rose
La bonasera
Ballo di S.Michele
Putadori (canto dei carrettieri Canto dos Carroceiros the wagoners’ song)
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio – é o que nos ensina a filosofia da Grécia Antiga. O mesmo nos demonstra esta nova obra de Pino De Vittorio, que só aparentemente mergulha nas águas turbulentas do seu reportório inicial da música tradicional para, ao invés, nos trazer algo novo e refinado. Exatamente trinta anos passados das suas primeiras explorações musicais das memórias da sua Apúlia natal e das raízes da sua cultura mediterrânica, Pino De Vittorio regressa ao reportório das tarantelas de Gargano e das Canções do Sul de Itália que lhe trouxeram o reconhecimento e fama instantâneos pelos seus dotes de interpretação, pelo timbre e amplitude da sua voz, e pela precisão expressiva dos seus gestos.