29 Novembro | 18h30
Concerto gravado para posterior transmissão
Foyer
Entrada Livre
Concerto de Câmara
Irene Lima | Curadoria/Violoncelo
Pedro Meireles | Violino
António Figueiredo | Violino
Joana Cipriano | Viola
João Paulo Santos | Piano
Ana Franco | Soprano
João Paulo Santos | Piano
Ana Franco | Soprano
Programa
Dmitri Chostakovitch (1906–1975)
– Sete Poemas de Block para Soprano, Piano, Violino e Violoncelo
– Quinteto para Piano e Cordas, Op. 57
Aleksandr Blok (1880-1921) é considerado internacionalmente como um dos maiores poetas do século XX. Na poesia de Blok as cores são essenciais com a sua simbologia, e fizeram com que Blok representasse uma fonte de inspiração para muitos compositores musicais russos. Um deles foi Dmitri Chostakovitch que compôs um ciclo de canções para soprano e piano intitulado Sete Poemas de Aleksandr Blok.
O Quinteto com Piano de Chostakovitch foi escrito em 1940 para o Quarteto Beethoven, em Moscovo. Enquanto pianista, o compositor juntou-se inúmeras vezes àquele agrupamento para tocar esta obra que receberia o Prémio Estaline, no ano seguinte. Tal distinção traduzia-se num gesto de reconciliação por parte das autoridades soviéticas, que tanto o atacaram desde 1936, quando o Secretário Geral do Partido assistiu a uma representação da ópera Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk. Até ao final da sua carreira de concertista, em finais da década de 1950, Schostakovich incluiu frequentemente esta composição nos seus programas.
A curadoria da série de concertos de câmara OSP25 fica a cargo de músicos da Orquestra Sinfónica Portuguesa que, este ano, completa 25 anos de uma atividade repleta de sucessos junto de um vasto público, granjeando igualmente o aplauso crítico nacional e internacional. Os concertos no Foyer de São Carlos são de entrada livre e têm o objetivo de tornar-se uma plataforma regular para conjuntos e músicos que desejem usufruir da atmosfera única deste Teatro, bem como da sua localização tão central.
Irene Lima nasceu em Lisboa em 1957. Aluna de Adriana de Vecchi e Fernando Costa na Fundação Musical dos Amigos das Crianças, estudou igualmente com Andre Navarra e Philippe Muller em Paris. Primeiro Violoncelo Solo da OSP, Irene Lima foi igualmente 1º Violoncelo Solo na Opéra de Wallonie, na Bélgica. Professora de Música de Câmara na ESML, foi membro fundador do Quarteto Vianna da Motta e dos Solistas de Lisboa. A Ópera e a Música de Câmara são o seu repertório de eleição.
Pedro Meireles é Concertino principal da Orquestra Sinfónica Portuguesa, diretor conjunto dos Solistas de Lisboa e 1º violino do Quarteto Camões. Estudou no Conservatório de Música do Porto e mais tarde na Royal Academy of Music, em Londres, onde concluiu a licenciatura e o mestrado em violino e viola de arco, com honras e prémios, tendo em 2016 sido nomeado Membro Associado (ARAM). Desde os nove anos de idade foi galardoado em mais de 50 concursos nacionais e internacionais tendo vencido por três vezes, o Prémio Jovens Músicos da Antena 2/RTP, nas modalidades de Violino e Viola. Como concertista e como músico de câmara, realizou concertos em algumas das mais conceituadas salas da Europa, tendo estreado inúmeras obras de compositores contemporâneos (muitas dessas obras gravadas em CD). É frequentemente convidado para orientar master classes de Violino e Viola, bem como para integrar o júri dos principais concursos e prémios de Música em Portugal.
António Figueiredo obteve o Diploma de Pós Graduação da Royal Academy of Music em 1996 na classe de Eric Gruenberg. Membro da Orquestra Sinfónica Portuguesa do Teatro Nacional de São Carlos desde 1997. Participou vários anos na Orquestra de Jovens da Comunidade Europeia trabalhando com vários Maestros de renome como Carlo Maria Giulini, Mstislav Rostropovitch, Bernard Haitink, Vladimir Ashkenazy, entre outros.
É laureado no Prémio Jovens músicos na edição 1989, 1º prémio na categoria de violino.
É o concertino principal da Orquestra Sinfonietta de Lisboa. É ainda um dos membros fundadores do Quarteto Vianna da Motta. Desde 2015 que tem sido convidado para integrar a Orquestra Internacional de Itália.
É o concertino principal da Orquestra Sinfonietta de Lisboa. É ainda um dos membros fundadores do Quarteto Vianna da Motta. Desde 2015 que tem sido convidado para integrar a Orquestra Internacional de Itália.
Joana Cipriano é membro fundador do quarteto ArtZen, com o qual obteve o 1º lugar no Prémio Jovens Músicos, e da Camerata Alma Mater dirigida pelo Maestro Pedro Neves, apresentando-se em diversos festivais nomeadamente no Festival Pablo Casals, e no Festival de l´Eté Mosan em Bruxelas.
Colaborou com variadas formações, entre as quais, a Orquestra Gulbenkian, o Ensemble 20/21, a OrchestrUtopica, o Remix Ensemble e a Orquestra Sinfónica Portuguesa. Ocupa desde 2017 o lugar de chefe de naipe na Orquestra Metropolitana de Lisboa, formação que integra desde 2015.
Desenvolve a sua atividade pedagógica na Escola de Música do Conservatório Nacional e na Escola Profissional Metropolitana.
João Paulo Santos, nascido em Lisboa, concluiu o curso superior de Piano no Conservatório Nacional desta cidade na classe de Adriano Jordão. Trabalhou ainda com Helena Costa, Joana Silva, Constança Capdeville, Lola Aragón e Elizabeth Grümmer. Como bolseiro da Fundação Gulbenkian aperfeiçoou-se em Paris com Aldo Ciccolini (1979-84). A sua carreira atravessa os últimos 40 anos da história do Teatro de São Carlos onde principiou como correpetidor e Maestro Titular do Coro, desempenhando atualmente as funções de Diretor de Estudos Musicais e Diretor Musical de Cena.
Estreou-se na direção musical em 1990 com The Bear (W. Walton), encenada por Luis Miguel Cintra. Dirigiu óperas para crianças, musicais, concertos e óperas nas principais salas nacionais. Estreou em Portugal, entre outras, as óperas Renard (Stravinski), Hanjo (Hosokawa), Pollicino (Henze), Albert Herring (Britten), Neues vom Tage (Hindemith), Le Vin Herbé (Martin) e The English Cat (Henze) e estreias absolutas de obras de Chagas Rosa, Pinho Vargas, Eurico Carrapatoso e Clotilde Rosa. É responsável pela investigação, edição e interpretação de obras portuguesas dos séculos XIX e XX.
Ana Franco iniciou os seus estudos de piano com oito anos de idade no Conservatório Nacional de Música de Lisboa. Em 2003, inicia a sua formação em canto tendo tido como tutora Manuela de Sá. Termina o curso complementar respetivo em 2008 e ingressa na Escola Superior de Música de Lisboa. Em 2009, é admitida como solista no Estúdio de Ópera do Teatro Nacional de São Carlos, onde realiza diversas óperas e concertos ao longo das temporadas. Posterior ao Estúdio de Ópera realiza no São Carlos o papel de Modista (Il capello di paglia di Firenze) e o Gato (O Gato das Botas), integra o ciclo de música do Teatro Aberto e realiza concertos temáticos sempre acompanhada e dirigida pelo Maestro João Paulo Santos.
Participou no projeto ENOA, no Teatro Nacional da Letónia, Riga, onde trabalhou com Axel Gververt, com quem passou a estudar como bolseira da Fundação Gulbenkian. Recentemente destaca-se o seu papel como Cinderela (Cendrillon) numa produção TNSC/Chapitô e a apresentação num concerto inserido nos “Serões Musicais do Palácio da Pena”.
Participou no projeto ENOA, no Teatro Nacional da Letónia, Riga, onde trabalhou com Axel Gververt, com quem passou a estudar como bolseira da Fundação Gulbenkian. Recentemente destaca-se o seu papel como Cinderela (Cendrillon) numa produção TNSC/Chapitô e a apresentação num concerto inserido nos “Serões Musicais do Palácio da Pena”.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2 RTP