Teatro Sem Fios
27 março | 18h15
Dia Mundial do Teatro
31 março | 14h00 (repetição)
Gravado nos Estúdios da Antena 2 / RTP
Produção: Anabela Luís / Artistas Unidos
Arthur Miller | Elegia para uma Senhora
Tradução Jorge Telles de Menezes
Elenco e direção Américo Silva, Andreia Bento
com a participação de Diana César
Música André Pires
Sinopse
Um homem entra numa loja para encontrar um presente para a sua amante que está à beira da morte. Gradualmente, dá por si a confidenciar na proprietária da loja, que, durante a conversa, parece assumir as características da amante. Os dois estranhos aproximam-se de um forma surpreendente.
Homem Não estou tão seguro de querer que ela me ame. Avisei-a para não o fazer, logo depois de termos começado. Disse-lhe que não havia futuro nisso.
Elegia para uma Senhora, Arthur Miller
Arthur Miller (1915- 2005) dramaturgo fundamental do teatro americano. Estreou-se em 1944 com The Man Who Had All The Luck que ganhou um prémio da Theatre Guild mas foi um desastre de bilheteira com apenas quatro apresentações. Seguiu-se um romance sobre o racismo Focus (1945) Mas terá sido com a estreia, em 1947, de Todos Eram Meus Filhos, com que recebeu o primeiro Tony, que o seu nome se afirmou mundialmente. A esse primeiro êxito seguiu-se, em 1949, Morte de Um Caixeiro Viajante (que recebeu mais um Tony, o prémio do Drama Circle e um Pullitzer), obra-prima que marcou todo o teatro do pós-guerra. As perseguições do macartismo marcaram um dos seus títulos mais famosos, As Bruxas de Salém (1953). A essa experiência dolorosa, seguiram-se Do Alto da Ponte (1955, revista em 1956), o argumento para Os Inadaptados, filme de John Huston (1961) e Depois da Queda (1964). Toda a sua vida foi marcada por intensa actividade política em defesa das liberdades.
Américo Silva trabalhou com Ávila Costa, José Peixoto, João Lagarto, Carlos Avilez, Rui Mendes, Diogo Dória, Depois da Uma… teatro?, Francisco Salgado, Manuel Wiborg e no cinema com Jorge Silva Melo, Alberto Seixas Santos e Miguel Gomes. Colabora com os Artistas Unidos desde 1996, tendo participado recentemente em Morte de um Caixeiro Viajante de Arthur Miller (2021), Vida de Artistas de Noël Coward (2022), Terra de Ninguém de Harold Pinter (2022) e Europa de David Greig (2023).
André Pires é membro fundador da Locomotivo, do grupo de teatro-circo Plot e do Pé Antemão. Foi baterista dos R.E.F., fez os arranjos e a direcção musical de Parece que o Tempo Voa e fez a música de Sons de Fogo do grupo Tratamento Completo, de que foi percussionista. Trabalhou com Manuel Wiborg, Miguel Hurst, Rissério Salgado, Solveig Nordlund, João Meireles, João Fiadeiro. Trabalha frequentemente com os Artistas Unidos desde 2001.
Andreia Bento tem a Licenciatura de Actores/Encenadores da ESTC. Realizou o estágio curricular nos Artistas Unidos. Como actriz trabalhou com Pogo Teatro, Teatro Infantil de Lisboa, Teatro da Malaposta com Ana Nave, Teatro Aberto com José Wallenstein ou Mala Voadora com Jorge Andrade. Participou na curta-metragem A Rapariga no Espelho de Pedro Fortes, no filme Ruth de António Botelho e na série Sul de Ivo Ferreira. Autora dos textos para o programa de Cowboy Mouth de Sam Shepard, com encenação de Francisco Salgado. Integrou ainda a equipa de produção do TNDMII. Colabora com os Artistas Unidos desde 2001, trabalhando como assistente de encenação, directora de projecto, produtora, editora, actriz e encenadora. Sócia dos Artistas Unidos entre 2006 e 2019. Recentemente nos Artistas Unidos: Vemo-nos ao Nascer do Dia de Zinnie Harris (2019), Adam de Frances Poet (2023) e Estava em casa e esperava que a chuva viesse (2023).
Diana César é licenciada em Estudos Artísticos, variante de Artes do Espetáculo pela FLUL e frequenta o Mestrado em Estudos de Teatro, pela mesma Faculdade. Em 2021, fez um estágio curricular nos Artistas Unidos, onde acompanhou o processo de criação de Birdland, de Simon Stephens, encenado por Jorge Silva Melo e Pedro Carraca. Atualmente, ocupa-se do tratamento e conservação do espólio dos Artistas Unidos.