Transmissão direta
a partir do Auditório do
Miriam Tallette Cardoso, flauta
Filipe Pereira Branco, oboé
João Andrade Nunes, saxofone
Programa
Sérgio
Azevedo –
Concertino da Camera
I Madrigal
II Frottola
III Pastoral
IV Alla MadrigalescaIvan
Moody –
Amorphous Metal
João Santos – INTERCHANGE Suite [estreia mundial]
I Exchange
II Cross Fire
III Turnaround
IV Give and Take
V Reasoning
VI End Point
Fran Griffin – Arachnophobia
I St. Andrew’s Cross (Argiope keyserlingi)
II Orb Wear (Eriophora biapicata)
III Sydney Funnelweb (Atrax robustus)
IV Redback (Latrodectus hasselti)
V Huntsman (Family Sparassidae)
Notas de ProgramaConcertino da Camera | Obra encomendada para assinalar o 10º aniversário do Entre Madeiras Trio. Uma peça de linguagem simples, de influência neo-renascentista, com alguma presença do folclore imaginário.
Amorphus Metal | Escrita em 2017 para ser estreada no XII Ciclo de Música Contemporânea da Guarda. Amorphous Metal, conhecido também como “vidro metálico” ou “metal vidrado” é descrito como sendo uma amálgama, com “uma estrutura escala-atómica desordenada”. Esta obra pretende desordenar uma escala atómica partilhada entre instrumentos de madeira com o intuito de chegar a um “vidro metálico” em termos de sonoridade
INTERCHANGE Suite | Esta obra visa ser uma conversa compartilhada entre três instrumentos. Será uma discussão marcada por momentos de concordância e unanimidade, mas também em fases de acaloradas discussões e opiniões contrárias. Quando há opiniões, é normal haver visões divergentes e isoladas ou tidas como absurdas, mas também é comum seguir a opinião dos outros. Portanto, é necessário pensar pela própria cabeça, de forma independente e muitas vezes fora da caixa. Contudo, a divergência de pontos de vista e as diferenças que nos caracterizam a todos devem ser baseadas num sério sentimento de respeito mútuo, para que o resultado final seja a desejada harmonia. INTERCHANGE Suite oferece uma bordagem musical a estas situações, em confronto, mas também em perspetiva.
Arachnophobia | Obra vencedora do I Concurso Internacional de Composição Entre Madeiras Trio – Prémio Clotilde Rosa, em 2019.
“O mito urbano que diz que nunca estamos a mais de um metro ou dois de distância de uma aranha, pode ser apenas um mito, mas onde quer que eu tenha vivido, é certamente verdade! Eu sempre tive que compartilhar minha casa com esses aracnídeos úteis, e em qualquer caso, o que é um jardim sem o adorno e entretenimento de uma pista de obstáculos de seda.”
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Diferenciando-se dos agrupamentos convencionais de música de Câmara, o
Entre Madeiras Trio apresenta um trabalho pioneiro nesta área. Apresentou-se ao público pela primeira vez, a 11 de Maio de 2009, na Sala do Trono do Palácio Nacional da Ajuda, conta com uma vasta lista de concertos divulgando sempre a música contemporânea portuguesa.
Destaque para o projeto “Ligações Contemporâneas”, realizado no auditório da Casa Fernando Pessoa (concerto Antena 2) – Concertos MPMP realizados no Palácio Foz, na Casa Dr. Anastácio Gonçalves e na Biblioteca Nacional, para além de concertos realizados no Grande Auditório da ESML, na Fundação Cidade de Lisboa, no Auditório do ISEG (concerto Antena 2), na Galeria Valbom, Palácio Nacional de Mafra, Festival Internacional de Palmela 2016 (FISP), Síntese – XII ciclo de música contemporânea da Guarda, Temporada de Música de Benavente 2018, entre outros.
Adaptando-se aos variadíssimos estilos musicais, a versatilidade do saxofone, oboé e flauta, é a imagem de marca deste agrupamento. O Entre Madeiras Trio conta já com várias estreias de obras de compositores nacionais e residentes em solo português como: Eli Camargo Jr., Sérgio Azevedo, Clotilde Rosa, Christopher Bochamann, Edward Ayres D ´Abreu, Rui Lavos, Nuno da Rocha e Mário Chan, Fábio Cachão, Francisco Cortés-Álvarez, Chen Yihan, Alfredo Teixeira, Ivan Moody.
A 28 de Novembro de 2015 lança o seu primeiro CD, composto exclusivamente por obras escritas para o grupo, produzido pelo MPMP.
Em 2019 assinala o seu 10º aniversário com a criação do I Concurso Internacional de Composição Entre Madeiras Trio – Prémio Clotilde Rosa, assumindo-se como promotor de criação musical e homenageando Clotilde Rosa, referência da música contemporânea portuguesa, cujo aniversário também se celebrava a 11 de maio e cuja ligação extrapolava a proximidade com as partituras.
Miriam Tallette Cardoso | Nasceu a 8/10/83, em Lisboa. Iniciou os seus estudos musicais na Sociedade Musical e Desportiva de Caneças aos 11 anos. Concluiu o curso de flauta transversal na Escola de Música do Conservatório Nacional, em 2006 na classe de João Pereira Coutinho, no mesmo ano ingressa na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe de Olavo Barros. É Mestre em Música, variante Interpretação pela Universidade de Évora com 17 valores, com a dissertação subordinada ao tema A flauta no contexto da música de câmara contemporânea portuguesa – Os últimos 40 anos. Encontra-se a terminar o Mestrado em Liderança Pessoas e Organizações na Academia Militar. Frequentou vários cursos de aperfeiçoamento, onde se destaca o trabalho que desenvolveu com o Flautista Michel Debost, antigo flautista da Orquestra de Paris. Foi bolseira pela associação Rotary Club Lisboa Estrela da Fundação Rotária Portuguesa.
Lecionou em diversas escolas, tendo assumido a Direção Pedagógica da Academia de Música da Sociedade de Instrução Musical de Porto Salvo entre 2012 e 2014. Foi a primeira mulher a ingressar na Banda Sinfónica da GNR (2008).
Publicou em 2013 dois artigos Concerto em sol menor para Flauta e Orquestra de Frederico de Freitas – uma perspetiva na revista Glosas e na revista Pela Lei Pela Grei, Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana – Há 175 anos a fazer pela cultura. Como oradora tem participado em diversos colóquios e conferências promovidos pela Universidade de Évora, FCSH – Universidade Nova, ESE do Instituto Politécnico do Porto e Universidade de Aveiro.
Filipe Pereira Branco | Nasceu a 10/02/82 em Lisboa. Iniciou os seus estudos musicais aos 10 anos na Banda de Música de Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loures. Estudou na Escola de Música do Conservatório Nacional e na Fundação Musical dos amigos das crianças, na classe de Manuel Lopes da Cruz. Frequentou ainda a Academia Nacional Superior de Orquestra nas classes de Hristo Kasmetski e de Pedro Ribeiro. É Licenciado pela Escola Superior de Música de Lisboa na classe de Andrew Swinnerton e Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico pela Escola Superior de Educação de Lisboa.
É professor de Educação Musical em escolas do ensino básico. Desde 2003, é solista na Banda da Armada Portuguesa.
João Andrade Nunes | Natural do Sabugal, ingressou no Conservatório de Música Pedro Álvares Cabral de Belmonte, em 1999, na classe de Carlos Canhoto, aos 9 anos de idade. Finalizou o Curso Supletivo Complementar de Saxofone no Conservatório Escola de Música São José da Guarda com a classificação de 19 valores. É licenciado pela Escola Superior de Música de Lisboa na classe de José Massarrão. Trabalhou em regime de masterclass com Mario Marzzi, Claude Delangle, Pavel Gomziakov, Christian Lauba, Richard Ducros, entre outros.
Obteve o 3º Prémio na categoria juvenil no Concurso Internacional de Saxofones de Palmela. Tem participado em diversos projetos de divulgação de música contemporânea como Peças Frescas e Festival de Música do S. Luiz.
Atualmente, frequenta o Doutoramento do Curso de Direito – Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde também é docente. Foi o primeiro professor de saxofone, em Portugal, a integrar o projeto Orquestra Geração. É maestro e membro fundador do Coro e Ensemble São Tomás de Aquino.
Desde 2008, é solista na Banda da Armada Portuguesa
Fotos Jorge Carmona / Antena 2