7º FESTIVAL ANTENA 2
15 a 18 de maio
sábado | 18 maio | 18h00
Sala Suggia, Casa da Música, Porto
Entrada 19 € a 24 €
Maiores 6 anos
Transmissão direta em antena e em vídeo streaming na RTP Palco
Concerto | Música Sinfónica
Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música
David Robertson, direção musical
Xavier de Maistre, harpa
Programa
Richard Wagner – Idílio de Siegfried
Peter Eötvös – Concerto para harpa
[estreia em Portugal; encomenda Casa da Música, Vienna Musikverein, Orchestre Philharmonique de Radio France, Rundfunk-Sinfonieorchester Berlin, Orchestre de la Suisse Romande e NHK Tokyo]
Peter Eötvös – Siren’s Song
Claude Debussy – Ibéria
Xavier de Maistre ganhou o seu primeiro concurso internacional de harpa, em Paris, aos quinze anos de idade. Seguiram-se prémios nos mais prestigiados concursos internacionais e a consagração ao ser admitido como harpista na Orquestra Filarmónica de Viena.
Recentemente foi escolhido pelo compositor e maestro Peter Eötvös para estrear o seu novo Concerto para harpa, uma encomenda da Casa da Música em parceria com orquestras de Viena, Paris, Berlim, Genebra e Tóquio.
O programa abre num registo de intimidade com Idílio de Siegfried, a peça com que Wagner despertou a sua mulher, Cosima, no dia em que esta completou 33 anos, e encerra num clímax sonoro com a exuberância de coloridos orquestrais de Ibéria, de Debussy.
Xavier de Maistre | Um dos principais harpistas da atualidade e um músico profundamente criativo. Como feroz defensor do seu instrumento, ampliou o repertório da harpa, encomendando novas obras a compositores. Também cria transcrições de importante repertório instrumental.
Xavier na temporada 2023/24 realiza concertos com a Sinfónica de Atlanta sob direção de Nathalie Stutzmann, estreia o primeiro concerto para harpa de Peter Eötvös, especialmente criado para ele, encomendado pela Orchester Philharmonique de Radio France, Rundfunk-Sinfonieorchester Berlin, Orchester de la Suisse Romande, Fundação Casa da Música, NHK Orquestra Sinfónica, Radio-Symphonieorchester Viena.
Com Rolando Villazon leva a Serenata Latina a locais e festivais de prestígio como a Philharmonie de Paris, o Lincoln Center de Nova York, o Mozarteum Salzburg e o Festival de Yerevan. Outros destaques da temporada também incluem convites importantes para o Festival Enescu, para a Orquestra Sinfónica de Cingapura com Pierre Bleuse, a sua estreia com a Orquestra Sinfónica de Sydney sob a direção de Dalia Stasevska, bem como com a Orquestra Sinfónica de Lucerna e Bertrand de Billy.
É regularmente convidado por orquestras de primeira classe em todo o mundo: Orquestras Sinfónicas de Rádio de Chicago, Montreal, Cidade de Birmingham, Sueca e Finlandesa; Orquestras Filarmónicas de Los Angeles, Londres, São Petersburgo, Oslo e China; Orquestra de Paris, Tonhalle – Orquestra de Zurique, Mozarteum – Orquestra de Salzburgo, Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo; trabalhando com maestros como Sir André Previn, Sir Simon Rattle, Riccardo Muti, Daniele Gatti, Philippe Jordan, Bertrand de Billy, Andrés Orozco-Estrada, Daniel Harding, Susanna Mälkki e Mirga Gražinytė-Tyla.
Como solista, foi convidado em muitos festivais importantes, incluindo Rheingau, Salzburger Festspielen, Wiener Festwochen, Verbier, Budapest Spring, Würzburg Mozartfest e Mostly Mozart em Nova Iorque. É apaixonado por música de câmara e organiza regularmente projetos de recitais originais, incluindo inúmeras colaborações com artistas altamente versáteis como o tenor Rolando Villazón, a lenda do flamenco e das castanholas Lucero Tena, Diana Damrau, Arabella Steinbacher, Daniel Müller-Schott, Baiba Skride, Antoine Tamestit, Mojca Erdmann ou Magali Mosnier.
Xavier é artista exclusivo da Sony Music desde 2008, quando gravou o seu primeiro álbum, Nuit d’Etoiles, dedicado a Debussy. Outros lançamentos incluem Hommage à Haydn (2009), Aranjuez (2010), Notte Veneziana (2012), Moldau(2015) e La Harpe Reine (2016) com Les Arts Florissants e William Christie. O seu álbum Christmas Harp (outubro de 2021) traz paráfrases e fantasias de famosas canções de Natal. Grava um aclamado álbum Serenata Latina com Rolando Villazon (Deutsche Gramophone) em 2020. No outono de 2022, foi lançado o seu último CD dedicado à música russa, apresentando o famoso concerto de harpa de Reinhold Glière e o concerto esquecido de Alexander Mosolov, acompanhado pela WDR Sinfonieorchester Köln sob a batuta de Nathalie Stutzmann.
Nascido em Toulon, Xavier estudou harpa com Vassilia Briano no conservatório local, antes de aperfeiçoar a sua técnica com Catherine Michel e Jacqueline Borot em Paris. Também estudou na Sciences-Po Paris e depois na London School of Economics. Em 1998 foi galardoado com o 1º Prémio (e dois prémios de interpretação) no prestigiado Concurso Internacional de Harpa dos EUA (Bloomington) e tornou-se o primeiro músico francês a ser admitido na Filarmónica de Wiener nesse mesmo ano.
Leciona na Musikhochschule em Hamburgo desde 2001. Toca um instrumento Lyon & Healy.
David Eric Robertson | Nasceu em 1958), nos EUA. Foi maestro titular da Orquestra Sinfónica de Sydney e ex- diretor musical da Orquestra Sinfónica de St. Louis de 2005 a 2018. É Diretor de Estudos Orquestrais da Juilliard .
Em fevereiro de 2005, Robertson foi nomeado maestro convidado principal da Orquestra Sinfónica da BBC , cargo que assumiu até 2012. Robertson regeu pela primeira vez a Orquestra Sinfónica de Sydney em 2003. Em 2014, tornou-se maestro principal e conselheiro artístico desta orquestra até 2019. Outros trabalhos de Robertson incluem a direção de festivais de música contemporânea, e várias apresentações na Metropolitan Opera.
Em fevereiro de 2018, a Juilliard School anunciou a nomeação de Robertson como próximo diretor de estudos, a partir do ano letivo 2018-2019.
Robertson regeu pela primeira vez a Sinfónica de Utah em outubro de 2020; retornou em dezembro de 2021, e em dezembro de 2022, a Sinfónica nomeou-o como Creative Partner, com vigência na temporada 2023-2024,e por 3 anos.
Robertson gravou para os selos Sony Classical, Harmonia Mundi, Naive, EMI/Virgin Classics, Atlantic/Erato, Nuema, Ades Valois, Naxos e Nonesuch, apresentando músicas de compositores como Adams, Bartók, Boulez, Carter, Dusapin, Dvorák , Ginastera, Lalo, Manoury, Milhaud, Reich, Saint-Saëns e Silvestrov.
Robertson recebeu o prémio Seaver/National Endowment for the Arts Conductors em 1997. Em dezembro de 1999, a Musical America nomeou David Robertson como Maestro do Ano. Robertson recebeu o Ditson Conductor’s Award de 2006 da Universidade de Columbia pela sua defesa da música americana. Em abril de 2010, Robertson foi eleito membro da Academia Americana de Artes e Ciências. Em 15 de maio de 2010, Robertson recebeu o título de Doutor em Música honoris causa do Westminster Choir College em Princeton, Nova Jersey. Em outubro de 2011, Robertson foi nomeado Chevalier des Arts et des Lettres pelo Ministério da Cultura da França. A sua gravação de City Noir de John Adams ganhou um Grammy. A sua gravação de Porgy and Bess também ganhou um Grammy, e sua gravação de Scheherazade.2, de John Adams, foi indicada aos Grammy.
Com Diana Doherty, a Orquestra Sinfónica de Sydney, Nigel Westlake e Synergy Vocals, Robertson foi indicado para o Prémio ARIA de Melhor Álbum Clássico de 2019 pelo álbum Nigel Westlake: Spirit of the Wild / Steve Reich: The Desert Music, uma gravação de Spirit of the Wild, de Nigel Westlake , e de The Desert Music, de Steve Reich, com este último conduzido por Robertson.
A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música tem sido dirigida por reputados maestros, de entre os quais se destacam Stefan Blunier, Baldur Brönnimann, Olari Elts, Peter Eötvös, Heinz Holliger, Elihau Inbal, Michail Jurowski, Christoph König, Reinbert de Leeuw, Andris Nelsons, Vasily Petrenko, Emilio Pomàrico, Peter Rundel, Michael Sanderling, Vassily Sinaisky, Tugan Sokhiev, John Storgårds, Jörg Widmann, Ryan Wigglesworth, Antoni Wit, Christian Zacharias, Lothar Zagrosek, Nuno Coelho, Pedro Neves, Joana Carneiro, Abel Pereira, Tito Ceccherini e Clemens Schuldt.
Diversos compositores trabalharam também com a orquestra, no âmbito das suas residências artísticas na Casa da Música, destacando-se os nomes de Emmanuel Nunes, Jonathan Harvey, Kaija Saariaho, Magnus Lindberg, Pascal Dusapin, Luca Francesconi, Unsuk Chin, Peter Eötvös, Helmut Lachenmann, Georges Aperghis, Heinz Holliger, Harrison Birtwistle, Georg Friedrich Haas, Jörg Widmann, Philippe Manoury e Rebecca Saunders, a que se junta em 2023 o compositor e maestro Enno Poppe.
A Orquestra tem pisado os palcos das mais prestigiadas salas de concerto de Viena, Estrasburgo, Luxemburgo, Antuérpia, Roterdão, Valladolid, Madrid, Santiago de Compostela e Brasil, e em 2021 atuou pela primeira vez na emblemática Philharmonie de Colónia. Em 2023, apresenta novas encomendas da Casa da Música aos compositores Heiner Goebbels, Pedro Amaral, José Maria Sanchez-Verdú, Klaus Ospald e João Caldas. Nesta temporada, destaca-se ainda a interpretação da ópera Elektra de Richard Strauss, da cantata Carmina Burana de Carl Orff e de várias obras em estreia nacional – entre as quais A House of Call. My Imaginary Notebook de Heiner Goebbels, Requiem de Hans Werner Henze, o Concerto para piano e orquestra de Ferruccio Busoni e Stele de György Kurtág.
As temporadas recentes da Orquestra foram marcadas pela interpretação das integrais das sinfonias de Mahler, Prokofieff, Brahms e Bruckner; dos concertos para piano e orquestra de Beethoven e Rachmaninoff; e dos concertos para violino e orquestra de Mozart.
Em 2011, o álbum Follow the Songlines ganhou a categoria de Jazz dos prémios Victoires de la musique, em França. Em 2013 foram editados os concertos para piano de Lopes-Graça, pela Naxos, e o disco com obras de Pascal Dusapin foi Escolha dos Críticos na revista Gramophone. Nos últimos anos surgiram os discos monográficos de Luca Francesconi (2014), Unsuk Chin (2015), Georges Aperghis (2017), Harrison Birtwistle (2020), Peter Eötvös e Magnus Lindberg (2021), além de gravações de dezenas de obras de compositores portugueses.
A origem da Orquestra remonta a 1947, ano em que foi constituída a Orquestra Sinfónica do Conservatório de Música do Porto, que desde então passou por diversas designações. Após a extinção das Orquestras da Radiodifusão Portuguesa foi fundada a Régie Cooperativa Sinfonia (1989-1992), sendo posteriormente criada a Orquestra Clássica do Porto e, mais tarde, a Orquestra Nacional do Porto (1997), alcançando a formação sinfónica com um quadro de 94 instrumentistas em 2000. A Orquestra foi integrada na Fundação Casa da Música em 2006, vindo a adoptar a atual designação em 2010.