Temporada de Concertos Antena 2
7 novembro | 19h00
Auditório do Liceu Camões
Entrada gratuita
Trio Pangea
Léo Belthoise, violino
Sara Chordà, violoncelo
Bruno Belthoise, piano
Programa
Uma Homenagem Lusitana a Gabriel Fauré
Luiz Costa (1879-1960) – Trio op.15 (1937)
– Allegro con fuoco
– Adagio
– Scherzo
– Allegro assai
Tiago Derriça (n. 1986) – Trio “Homenagem a Gabriel Fauré”
[encomenda 2024 pelo Trio Pangea]
– Moderato
– Largo e contemplativo
– Moderato con fuoco
Miguel Amaral (n. 1982) – “Elegia a Gabriel Fauré”, para violino e piano
[encomenda 2024 pelo Trio Pangea]
Gabriel Fauré (1845-1924)
– Elégie op.24 pour violoncelle et piano (1880)
– Trio op.120 (1922)
– Allegro ma non troppo
– Andantino
– Allegro vivo
Gabriel Fauré (1845-1924) nunca visitou a Península Ibérica. No entanto, o Trio Pangea convida-nos a descobrir como as cores da música moderna, nomeadamente as do mestre francês, conseguiram causar o espanto e a admiração dos compositores portugueses. Desde o alvorecer do século XX até os compositores de hoje, os músicos portugueses expressaram nas linguagens musicais modernas com ousadia toda a riqueza musical da sua cultura.
Por ocasião da efeméride do centenário em 2024 do desaparecimento do compositor francês, o programa Uma Homenagem Lusitana a Gabriel Fauré inclui duas obras-primas e segue as impressões espirituais do Fauré em terras portuguesas.
Colorida pelo modernismo, no nascimento do século XX, o Trio op.15 de Luiz Costa (1879-1960), composto em 1937, oferece uma viagem de grande profundidade musical. O Trio Pangea encomendou para esta ocasião duas obras a jovens compositores portugueses para o ano 2024: Tiago Derriça (n.1986) compôs, com uma luz muito pessoal o seu trio “Homenagem a Gabriel Fauré” inspirada pelas cores da música francesa dos anos 1920. Quanto ao compositor portuense Miguel Amaral (n. 1982), é com uma expressão enraizada na cultura do seu país que homenageia o mestre com a sua Elegia a Gabriel Fauré para violino e piano que faz eco da celebre Elégie op.24 para violoncelo e piano.
Notas ao programa
Luiz Costa escreveu para vários grupos de música de câmara, mas só em 1937, em plena maturidade, compôs seu Trio op. 15. Esta obra neoclássica, influenciada pela narrativa da música faureana, estrutura-se em quatro movimentos. O Adagio central é certamente uma das páginas mais comoventes do compositor, uma marcha grave e contemplativa que exala uma serenidade intemporal.
O compositor português Tiago Derriça é um dos músicos mais ativo da nova geração. Para 2024, Tiago Derriça compôs um trio novo Homenagem a Gabriel Fauré, uma encomenda do Trio Pangea por ocasião do centenário da morte do compositor em 1924 e para o seu projeto Portuguese Piano Trios na etiqueta Naxos.
Músico excecional da nova geração, nascido no Porto, Miguel Amaral é um dos mais notáveis intérpretes da guitarra portuguesa. Além de intérprete de fado, criou obras contemporâneas de Mário Laginha, Dimitris Andrikopoulos, Nuno Corte-Real, Daniel Moreira e Igor C. Silva. É também notável o seu trabalho como compositor, com obras interpretadas e gravadas por diversos conjuntos, como a Orquestra Barroca de Helsínquia, Os Músicos do Tejo, Mário Laginha Novo Trio, Ensemble Pulcinella.
A Elegia op. 24 e o Trio op. 120 são duas obras-primas da música francesa. Gabriel Fauré compôs seu trio em 1922, pouco antes de sua morte. Desde as primeiras notas, a música flui num movimento incessante de colcheias, sustentando uma melodia infinita e inspiradora. O equilíbrio entre a expressão de diferentes personagens musicais, a originalidade muito pessoal da harmonia e o lirismo poético do seu discurso fazem desta obra uma das mais importantes de todo o repertório para trio para piano.
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
O compromisso do Trio Pangea com a divulgação da música do século XX e XXI, nomeadamente a portuguesa, tem sido notório. Paralelamente, desenvolvem as suas próprias interpretações ao redescobrir os grandes trios de repertório.
Os três músicos do Trio Pangea são presença regular em ciclos e festivais nacionais e internacionais como Os Dias da Música do CCB, Festival Internacional do Estoril, Mosan Summer Festival, Conciertos del Museo Evaristo Valle, Festival Internacional de Marvão e tocando em salas como as da Fundação C. Gulbenkian, Auditorio Nacional de Madrid ou Auditorum de Dreux, Casa da Música, entre outras.
O Trio Pangea desenvolve varias colaborações com compositores contemporâneos como Emmanuel Hieaux, Sérgio Azevedo, Alberto Colla, Nuno Côrte-Real… surgiram varias gravações como CD “Une Goutte d’ombre” na etiqueta Disques Coriolan/Inventive Art Music e a antologia Portuguese Piano Trios para a Naxos. Colaboram regularmente com a RDP-Antena2, em gravações e concertos.
Léo Belthoise | Diversifica a sua carreira como violinista na área da criação contemporânea. Primeiro membro dos Swiss Chamber Concerts sob a direção de Heinz Holliger em 2018, integrou o Ensemble Silages (Brest) e é também convidado do Proton (Berna), Court-Circuit (Paris), Remix Ensemble (Porto), United Instruments of Lucilin (Luxemburgo) e Barcelona Moderna (Espanha).
Vencedor do Fundo Regional para os Talentos Emergentes de Île-de-France e apoiado pela Swiss Foundation for Young Musicians, Léo Belthoise apresenta-se em todo o mundo em digressões e festivais, como solista e músico de câmara.
Sara Chordà | Obteve o seu diploma na Escola Superior de Música da Catalunha (ESMuC) e completou na Alemanha um mestrado em violoncelo no Leopold Mozart-Zentrum em Augsburg. Foi bolseira da associação Yehudi Menuhin “Live Music Now” e actuou em vários concertos como solista e em grupos de música de câmara.
Participa na gravação de vários CDs com o grupo de violoncelos Cello Passionato. Desde 2014 integra a Orquestra Filarmonía de Oviedo como violoncelista co-solista.
Bruno Belthoise | Laureado pela Fondation Laurent-Vibert e recebe o Prémio da Fondation de France em 1988. Solista e membro fundador do Trio Pangea, é regularmente convidado para participar em festivais internacionais.
A sua discografia contém mais de trinta CDs é ilustrativa do seu percurso como intérprete criativo.
Como divulgador da música portuguesa, realiza recitais e conferências pelo mundo.
O seu trabalho é apoiado por instituições como a Fundação C. Gulbenkian, Instituto Camões, Fundação GDA e a RTP-Antena 2.
Trio Pangea | 1 Março 19h00
SABER MAISBruno & Léo Belthoise | 3 Novembro | 19h00
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