Temporada Gulbenkian Música
15 novembro | 19h00
Grande Auditório
da Fundação Calouste Gulbenkian
O Lago dos Cisnes
Alexander Malofeev, piano
Orquestra Gulbenkian
Direção de Hannu Lintu
Programa
Alfred Schnittke – Pianissimo
Piotr Ilitch Tchaikovski – Concerto para Piano e Orquestra nº 2, em Sol maior, op. 44
Sofia Gubaidulina – Fairytale Poem (“Poema de Conto de Fadas”)
Piotr Ilitch Tchaikovski – Suite de O Lago dos Cisnes, op. 20a
Quando Alexander Malofeev venceu o muito disputado Prémio Tchaikovski para Jovens Músicos, aos 13 anos, logo se anunciou a chegada de um novo “génio russo”. Desde esse momento, em 2014, até hoje, tal vaticínio tem sido confirmado em todas as grandes salas onde Malofeev atua. Um dos seus primeiros grandes entusiastas foi o maestro Riccardo Chailly, ao elogiar “a profundidade e a qualidade técnica” do seu discurso pianístico.
Sob a direção de Hannu Lintu, Malofeev junta-se à Orquestra Gulbenkian na interpretação do Concerto para Piano nº 2 de Tchaikovski.
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida, Reinaldo Francisco
Alexander Malofeev | É uma das grandes promessas do piano. Nascido em Moscovo em 2001, saltou para a ribalta com apenas 13 anos, arrecadando o Primeiro Prémio e a Medalha de Ouro na edição do Concurso Internacional Tchaikovski para Jovens Músicos. Entretanto, foi galardoado com vários prémios. Malofeev tem realizado digressões na Europa e nas Américas, apresentando-se em prestigiadas salas de concerto. As suas arrojadas interpretações de compositores românticos originaram calorosas críticas na imprensa especializada.
O pianista formou-se na Escola Especial de Música Gnessin de Moscou na classe de Elena Berezkina. Em 2019, Alexander entrou no Conservatório Estadual Tchaikovsky de Moscou. Estudou com Sergei Dorensky em 2019-2020, e desde 2020, Alexander estuda com Pavel Nersessian.
Alexander Malofeev apresenta-se com as orquestras mais conhecidas do mundo, como a Orquestra de Filadélfia, a Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecília, a Orquestra do Festival de Lucerna, a Orquestra Filarmonica della Scala, a Orquestra Sinfónica Nacional da RAI, a Orquestra do Teatro Mariinsky, a Orquestra Sinfónica Tchaikovski, a Orquestra Nacional Russa, a Orquestra de Câmara Estatal “Moscow Virtuosi”, a Orquestra Sinfónica Nacional do Tartaristão, a Orquestra Filarmónica do Mar Báltico, a Orquestra Filarmónica Nacional da Rússia, a Orchestre National de Lille e a Orquestra de Câmara do Festival de Verbier.
Alexander deu concertos em Amsterdão, no Concertgebouw, onde abriu o concerto do 30º aniversário da série Meester Pianists, Teatro alla Scala (Milão), Kurhaus Wiesbaden (Alemanha), Munich Herkulessaal (Alemanha), Philharmonie de Paris, Teatro dos Champs-Elysees (França), Kurhaus Wiesbaden (Alemanha), Auditorium Parco della Musica em Roma, Queensland Performing Arts Centre (Austrália), Tokyo Bunka Kaikan, Shanghai Oriental Art Center, National Centre for the Performing Arts (China), Kaufman Music Center, Teatro Mariinsky e Moscovo (Grande Salão do Conservatório de Moscovo).
Alexander Malofeev apresenta-se regularmente em palco com os mais ilustres maestros da atualidade, incluindo Valery Gergiev, Riccardo Chailly, Mikhail Pletnev, Myung-Whun Chung, Yannick Nézet-Séguin, Susanna Mälkki, Lionel Bringuier, Alondra de la Parra, Marcelo Lehninger, Juraj Valcuha, Kazuki Yamada, Gábor Takács-Nagy, Kristjan Jarvi, Vladimir Spivakov, Alexander Sladkovsky, Vladimir Fedoseyev, Vasily Petrenko e outros.
Malofeev é convidado de festivais de música mundialmente famosos, como o Festival Internacional de Piano de La Roque d’Anthéron, La Folle Journée de Nantes e o Festival Chopin na França, o Festival de Música de Rheingau (Alemanha), o Festival de Música de Merano (Itália), o Festival «Crescendo» de Denis Matsuev, o «Festival de Música Mikkeli» de Valery Gergiev (Finlândia), o Festival Internacional de Piano Mariinsky (São Petersburgo), a Master Pianist Series (Amsterdão), o Festival Internacional de Música «Estrelas no Baikal», o Festival Internacional de Inverno «Praça das Artes» dirigido por Yuri Temirkanov (São Petersburgo), o Festival de Larisa Gergieva, o Festival de Música de Câmara de Eilat em Israel, o Festival Internacional de Piano de Brescia e Bergamo na Itália e o Festival Estrelas das Noites Brancas na Rússia.
Além do seu 1º prémio no Concurso Tchaikovski para Jovens Músicos, ganhou vários prémios e distinções em competições e festivais internacionais, incluindo o Grand Prix do I Concurso Internacional para Jovens Pianistas Grand Piano Competition, o Premio Giovane Talento Musicale dell’anno 2017 e o Melhor Jovem Músico de 2017. Também em 2017, Alexander tornou-se o primeiro Jovem Artista Yamaha. Em 2019, recebeu um segundo prémio no I Concurso Internacional de Música da China.
Na primavera de 2020, a Sony Classical Label lançou a caixa Tchaikovsky 2020 no 180º aniversário de P. Tchaikovsky com a gravação do 1º Concerto de Tchaikovski interpretado por Alexander Malofeev com a Orquestra Sinfónica Nacional do Tartaristão e Alexander Sladkovsky.
Hannu Lintu | O maestro finlandês é o atual Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian. Em paralelo, prossegue o seu trajeto como Maestro Principal da Ópera e Ballet Nacionais da Finlândia. Estas responsabilidades surgiram na sequência dos grandes sucessos obtidos na direção da Orquestra Gulbenkian, bem como na liderança de produções com a Ópera e Ballet Nacionais da Finlândia. Na temporada 2023/24, foi anunciada uma futura parceria artística com a Orquestra Sinfónica de Lahti, com início no outono de 2025.
Os compromissos do maestro em 2024/25 incluem a sua estreia no Festival de Bergenz (Oedipe de Enesco), bem como regressos à Sinfónica de Chicago, à Sinfónica da BBC, à Sinfónica da Rádio Finlandesa, à Filarmónica de Londres, à Sinfónica de St. Louis e à Sinfónica de Oregon.
Nos últimos anos dirigiu, entre outras orquestras, a Filarmónica de Nova Iorque, a Filarmónica de Berlim, a Orquestra de Cleveland, a Sinfónica da Rádio da Baviera, a Orquestra Nacional da Radio France, a Sinfónica de Boston, a Sinfónica da Rádio Sueca, a Deutsches Symphonie-Orchester Berlin, a Radio Filharmonisch Orkest, a Sinfónica de Atlanta, a Orquestra do Konzerthaus de Berlim, a Orquestra de Câmara de Lausanne e a Sinfónica de Montreal, bem como solistas como Gil Shaham, Kirill Gerstein, Daniil Trifonov ou Sergei Babayan.
Para além das grandes obras sinfónicas, dirige regularmente repertório de ópera. Neste domínio, os destaques recentes incluem O Navio Fantasma de Wagner, na Ópera de Paris, e Pelléas et Mélisande de Debussy, na Ópera Estadual da Baviera, bem como várias produções para a Ópera e Ballet Nacionais da Finlândia, incluindo o ciclo O Anel do Nibelungo de Wagner, Dialogues des Carmélites de Poulenc, Don Giovanni de Mozart, Turandot de Puccini, Salome de R. Strauss, Billy Budd de Britten, e uma versão coreografada da Messa da Requiem de Verdi.
Hannu Lintu gravou para as editoras Ondine, Bis, Naxos, Avie e Hyperion. Recebeu vários prémios, incluindo dois ICMA para os Concertos para Violino de Béla Bartók, com Christian Tetzlaff, e para a gravação de obras de Sibelius, com Anne Sofie von Otter. Estas duas gravações, bem como Kaivos, de E. Rautavaara e os Concertos para Violino de Sibelius e de T. Adès, com Augustin Hadelich e a Royal Liverpool Orchestra, foram nomeados para os prémios Gramophone e Grammy.
Hannu Lintu estudou violoncelo e piano na Academia Sibelius, em Helsínquia, instituição onde mais tarde se formou em direção de orquestra com Jorma Panula. Estudou também com Myung-Whun Chung na Accademia Musicale Chigiana, em Siena. Em 1994 venceu o Concurso Nórdico de Direção de Orquestra, em Bergen.
Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2