Temporada de Concertos Antena 2
12 março | 19h00
Auditório do Liceu Camões
Entrada gratuita
André Pizarro Pepe
André Pepe, contrabaixo
Ivo Rodrigues, trompete
Masha Soeiro, piano
Raúl Areias, bateria
Programa
1. Inversões
2. Cem Nomes
3. Sílvia Blue
4. Canção
5. Jap Oni
6. FR
7. Latinada
O projeto de André Pizarro Pepe tem trabalhos anteriores a 2022, no entanto, o conceito atual foi formado nesse ano e consiste num quarteto típico de jazz com contrabaixo, trompete, piano e bateria, no qual são tocadas músicas originais da autoria de Pepe. Após algumas alterações ao longo dos anos, a formação actual consiste em Ivo Rodrigues no trompete, Masha Soeiro no piano e Raúl Areias na bateria.
Entre outros concertos, destaca-se a edição de 2023 do festival Cool Jazz, onde o grupo apresentou o seu trabalho após ter sido um dos vencedores do concurso de talentos Cool Jazz by Smooth FM. Em 2024, para além de editar o álbum de estreia Ecos, Vol. 1, o grupo integrou a programação do “Julho é de jazz” do gnration, em Braga.
No seu álbum de estreia, Pepe apresenta composições da sua autoria, temas resgatados do seu baú criativo e que se revelam agora ao mundo. Esculpido na atmosfera do jazz, o resultado final demonstra apontamentos de vários estilos e culturas que captam a riqueza musical de ritmos afro-latinos, melodias e cadências orientais.
Neste concerto serão apresentados o primeiro e segundo volumes deste trabalho, sendo que o segundo contém três músicas adicionais que o grupo tem tocado ao vivo e é lançado a partir de Março de 2025.
Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
André Pepe | Natural de Braga, é baixista e compositor e iniciou o seu percurso musical no baixo elétrico, aos 14 anos. Nos primeiros anos explorou vários estilos musicais de forma descomprometida e semi-autodidacta. A partir de 2012, o seu envolvimento com a Tuna Universitária do Minho e o Grupo de Poesia da Universidade do Minho expôs Pepe a diferentes estilos e instrumentos musicais típicos desses grupos.
O canto coral e a música tradicional portuguesa, espanhola e latino-americana, influenciaram o seu gosto musical e estilo de composição. Simultaneamente, foi baixista e co-compositor da banda bracarense Bruma, notável pelo álbum Histórias que nos contam (2019), que foi gravado e apresentado ao abrigo do programa Trabalho da Casa, do gnration. Também em 2019, foi baixista no álbum Apùtece-me! de Ângela Polícia, ao abrigo do mesmo programa do gnration.
Após passar por diversas experiências musicais, o seu gosto e interesse pela área do Jazz incentivou-o a aprender contrabaixo e mudar-se para Lisboa em 2021, onde estudou na Escola de Jazz Luiz Villas Boas do Hot Clube de Portugal e na Escola Superior de Música de Lisboa.
Ivo Rodrigues | Trompetista desde os 10 anos de idade, começou por estudar música na banda filarmónica SMFOG (Sociedade Musical Operária Grândolense) e mais tarde no Conservatório de Setúbal, e Hotclube de Portugal. É licenciado em Ciências Musicais desde 2011, pela Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, e frequentou a Escola Superior de Música de Lisboa, variante trompete Jazz.
Foi professor de trompete em várias escolas como a Escola de música da SMFOG, Academia de Jazz Os Franceses, Hot Clube Portugal e curso de Jazz da Escola de Jazz da Capricho Setubalense.
Atualmente toca com a Orquestra de Jazz de Setúbal, The Diga Diga Doo’s, Academia de Jazz Os Franceses, e André Pepe Pizarro. Participou em várias gravações de discos como: O Cancioneiro da Torre com arranjos e direção artística de Pedro Limpo, Mother Nature de They Must Be Crazy, Letters de Johnny Boy Eletric Band, Saloon de Loosense, single fado menor de João Loy, Em cada Esquina um Amigo da Orquestra de Jazz de Setúbal, e Ecos, Vol. 2 de André Pepe Pizarro.
Masha Soeiro | Começou a tocar piano aos 6 anos e formou-se na Academia Gnessin, em Moscovo, uma das mais prestigiadas escolas de música clássica do mundo. Durante a sua carreira, participou em muitos concursos e festivais, tendo ganho vários prémios, incluindo o prémio Labberté-Hoedemaker no festival Peter de Grote, na Holanda, e tocou em muitos países diferentes, como a Alemanha, a Itália, a Eslovénia, a Bulgária, a China, a Índia e, claro está, por toda a Rússia. Em 2021, o seu antigo, mas reprimido fascínio pelos estilos improvisados e contemporâneos materializou-se, ao ser aceite no Hot Clube de Portugal.
Desde aí que a dedicação ao jazz tem sido o centro da sua jornada artística, apesar de continuar a exercer atividade enquanto pianista clássica, da qual se destacou a sua função como pianista acompanhadora na Academia Nacional Superior de Orquestra e na ESART.
Como pianista de jazz, a sua atividade vai florescendo rapidamente, tendo começado com concertos na China e continuando agora em Portugal, onde toca regularmente em palcos nacionais (Museu do Oriente, Universidade de Aveiro, Hot Clube, Jardim Botânico de Lisboa, Cineteatro Grandolense, Casa de Fernando Pessoa e muitos outros). Participou em gravações de discos, como Ecos, vol. 1 e 2 de André Pizarro Pepe e Emeradia de Sabrielle Auiustn e colaborou com artistas como Gonçalo Marques, Anna Lundquist, Cha Wa, Braz Gonsalves e Ramesh Shotham. Desde 2024 é professora na Escola do Hot Clube de Portuial.
Raúl Areias | Natural de Grândola, tem 25 anos, é baterista e percussionista, e iniciou o seu percurso musical aos 10 anos na escola de música da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense (SMFOG – Música Velha). A sua paixão pela música levou-o a aperfeiçoar as suas competências na Escola de Jazz Luiz Villas-Boas, entre 2020 e 2023, onde teve a oportunidade de atuar sob a alçada do Hot Clube de Portugal. Destacam-se, entre estas performances, as Festas de Lisboa EGEAC 2022, o Grândola Vila Jazz, a Festa do Jazz 2022, além de várias apresentações no próprio Hot Clube.
A Música Velha tem sido a sua segunda casa desde 2012, proporcionando-lhe a oportunidade de partilhar grandes palcos nacionais ao lado de artistas renomeados como Sérgio Godinho, Miguel Ângelo (Delfins), Tim (Xutos e Pontapés), Francisco Fanhais e João Afonso. Em colaboração regular com Francisco Fanhais e João Afonso, destacam-se as memoráveis atuações nos icónicos palcos do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e do Coliseu do Porto, no ano de 2024, momentos que consolidaram a força desta ligação com a Filarmónica e a música portuguesa.
Além da sua colaboração com a Música Velha, Raúl é um músico versátil e ativo em diversos projetos. Ele é membro fundador da banda Mori Rosso, que explora a fusão de Rock e Funk com música original. No seu projeto Trio Los 4, apresenta os clássicos do jazz num formato quarteto. Recentemente, tem contribuído para o projeto do músico André Pepe, que mistura jazz com composições originais, tendo já conquistado o público em vários palcos nacionais. Um dos pontos altos desse projeto foi a performance nos estúdios da Smooth FM, que levou o grupo a atuar no Festival Cool Jazz 2023.
A sua versatilidade como baterista e percussionista de diferentes estilos musicais adiciona uma camada distinta às suas performances, refletindo a diversidade de influências e estilos que veio adquirindo ao longo da sua carreira e que incorpora na sua expressão musical.
Fotos @ Lara Pereira