10 Abril | 21h00
Aula Magna do Politécnico de Viseu
Grupo de Música Contemporânea de Lisboa
Cláudio Ferreira, direção musical
José Sá Machado, direção artística
Susana Teixeira, mezzo-soprano
João Pereira Coutinho, flauta
Luís Gomes, clarinete
Hugo Santos, trompete
José Sá Machado, violino
Ricardo Mateus, viola
Jorge Sá Machado, violoncelo
Inês Cavalheiro, harpa
Pedo Almeida, piano
Fátima Juvandes, percussão
David Pereira, percussão
Programa
Concerto a P/B
Jorge Peixinho (1940-1995) – Llanto por Mariana (1986)
Ângela da Ponte (1984) – Punto di Fuga (2024) §
José Carlos Sousa (1982) – Silêncio! Nossa Senhora da Trovoada (2024) §
Jorge Peixinho (1940-1995) – Remake (1985)
Luciano Berio (1925-2003) – Folk Songs (1964)
§ Encomenda GMCL
Não se trata de um concerto a Preto e Branco, mas antes um concerto cujo programa pretende homenagear a música de Peixinho e Berio.
Em 2025 o GMCL assinalará os 85 anos do nascimento do seu fundador, o compositor Jorge Peixinho, assim como o centenário do nascimento de Luciano Berio, com um programa onde obras destes compositores serão ladeadas por obras “novas” de compositores portugueses.
Além das encomendas recentes realizadas a Ângela da Ponte e José Carlos Sousa, destacam-se duas obras de Jorge Peixinho escritas há 40 anos e Folk Songs de Luciano Berio.
Transmissão direta a partir das 19h00
com João Almeida
em entrevistas a diversas personalidades ligadas a este Festival
Às 21h00, apresentação do concerto.
Produção: Anabela Luís
Grupo de Música Contemporânea de Lisboa | Em 2020, o GMCL assinalou o seu cinquentenário, nacional e internacionalmente, com diversas celebrações e eventos – concertos, conferências, publicação de livros evocativos e lançamento de um DVD.
Depois de um ano dedicado aos seus 50 anos de história e às efemérides evocativas de Jorge Peixinho e Clotilde Rosa, apresentamos uma temporada de renovação da tradição musical contemporânea, qual fluidez do tempo, trazendo a herança até ao presente, revisitando as origens, sem, no entanto, deixar de construir pontes para a vanguarda da contemporaneidade.
Os trabalhos discográficos do GMCL com música de Jorge Peixinho, editados por La Mà de Guido (LMG 4004, 4008 e 2147) mereceram o aplauso entusiástico e unânime da crítica especializada, bem como o duplo CD Caminhos de Orfeu (LMG 2115), dedicado a diversas obras encomendadas pelo Grupo.
Em 2019, o GMCL editou um disco monográfico dedicado à música de câmara de Filipe Pires (LMG 2159) e em 2020 apresentou um DVD com obras de Constança Capdeville, gravado ao vivo no Teatro Municipal de São Luiz.
Para celebrar a temporada 2020 – Três nascimentos: Clotilde Rosa 90 anos (n.1930); Jorge Peixinho 80 anos (n.1940); GMCL 50 anos (n. 1970) – O GMCL editou em parceria com a AVA – Musical Editions dois livros, GMCL 50 Anos e Clotilde Rosa – in Memoriam, que se encontram disponíveis no catálogo desta editora.
Fundado em 1970 por Jorge Peixinho, com a colaboração de Clotilde Rosa, António Oliveira e Silva, Carlos Franco e António Reis Gomes – aos quais se juntaram José Lopes e Silva e outros instrumentistas e cantores – o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (GMCL) é o primeiro grupo português de música contemporânea, desempenhando um papel histórico de vanguarda na abertura da sociedade portuguesa à estética musical do seu tempo. A sua primeira apresentação pública aconteceu no Festival de Sintra de 1970, mantendo, desde então, uma constante regularidade nas suas apresentações no país, incluindo gravações para a rádio e televisão. Logo em 1972, teve a sua primeira deslocação ao estrangeiro, participando no Festival de Arte Contemporânea de Royan.
Ao longo dos seus 50 anos de existência – meio século de atividade ininterrupta – o GMCL apresentou-se regularmente fora de Portugal, nomeadamente em concertos e festivais de música contemporânea em Amsterdão, Acqui Terme, Ávila, Badajoz, Bamberg, Barcelona, Bayreuth, Belo Horizonte, Bruxelas, Cagliari, Cardiff, Dunkerque, Lille, Ljubljana, Londres, Madrid, Milão, Naestved, Nice, Roterdão, Santos, São Paulo, Sevilha, Siena, Trieste, Turim, Valência, Varsóvia e Zagreb. Em Portugal, destacou-se a sua participação regular nos Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea, em Lisboa, e ainda nos Festivais do Estoril e de Coimbra, Europália 91, Teatro Nacional de S. Carlos, entre outros. Mais recentemente, passou a ser presença regular nos principais Festivais de música do país.
A discografia do GMCL compreende obras de Jorge Peixinho, algumas dirigidas pelo próprio compositor, para além de numerosas criações de outros compositores. O Grupo gravou também obras de compositores portugueses para a Tribuna Internacional de Compositores e participou em várias obras originais para teatro, cinema e multimédia, tendo sido distinguido com a medalha de Mérito Cultural, atribuída pela Secretaria de Estado da Cultura, como reconhecimento da sua atividade de divulgação da cultura musical contemporânea nacional e estrangeira.
Divulgar obras de autores portugueses contemporâneos, com incidência na obra de Jorge Peixinho, é o cerne da missão do GMCL. Apoiado pela DGArtes, desenvolve desde 2000 um projeto de encomendas de obras a compositores com a respetiva apresentação pública, divulgação, edição de partituras e registo fonográfico.
Paralelamente, o GMCL realiza uma regular e fecunda ação pedagógica junto de escolas do Ensino Artístico, na criação de públicos e na formação de novos maestros e intérpretes.
Cláudio Ferreira | Maestro português que se destacou ao vencer o 2º prémio em Direção de Orquestra no Prémio Jovens Músicos (2022). Na temporada 2025, tem concertos agendados com a Orquestra Filarmonia das Beiras, a Orquestra Clássica do Centro, a Orquestra Sinfónica do Porto (CdM), a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Orquestra Sinfónica Portuguesa (TNSC).
É convidado regular das principais orquestras portuguesas, tendo ainda colaborado com a Orquestra e Coro do Projeto Xiquitsi, em Maputo-Moçambique. Apresentou-se em concerto com a distinta soprano Elisabete Matos, dirigindo árias de ópera de Verdi, Boito e Puccini, e foi assistente do maestro Baldur Brönnimann na apresentação em concerto da Sinfonia nº 4 de Charles Ives, com a OSP/CdM.
No âmbito da música contemporânea, tem interpretado e estreado obras de compositores nacionais e estrangeiros para formações diversas. Em 2024, apresentou-se numa digressão nacional com o Perdigão Ensemble, do qual é Diretor Musical e, em 2025, apresenta-se em concerto com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa.
No campo da investigação, realizou uma edição crítica à obra Suite Africana do compositor português do séc. XX Frederico de Freitas, posteriormente publicada pela AvA Musical Editions.
Possui quatro mestrados na área da música – Ensino de Música, Pedagogia do Instrumento, Teoria e Formação Musical, e Direção, este último pela Universidade de Aveiro, onde foi aluno do maestro Ernst Schelle. Trabalhou ainda a sua técnica de direção de orquestra com o maestro Pedro Neves.
É Diretor Artístico e Maestro Titular da Orquestra Juvenil de Viseu, uma parceria entre o Município de Viseu e o Conservatório Regional de Música Dr. José de Azeredo Perdigão.
Mais informações em Música da Primavera