Javier Cercas esteve à conversa com Luís Caetano na noite em que apresentou em Lisboa O Louco de Deus no Fim do Mundo, o seu novo romance agora publicado pela Porto Editora.
Esta obra partiu de um convite do Vaticano, sendo o seu personagem central o papa Francisco. O escritor espanhol acompanhou Jorge Bergoglio pela cidade da Santa Sé e numa viagem à Mongólia, tendo tido ocasião de ter uma conversar privada, onde falaram da ressurreição da carne e da vida eterna.
O Louco de Deus no Fim do Mundo é extraordinária viagem pelas interrogações da fé, pela história da humanidade, mas também pelo conhecimento do ser humano que estava à frente da Igreja Católica.
Sou ateu. Sou anticlerical. Sou um laicista militante, um racionalista obstinado, um ímpio inveterado. Mas aqui estou, viajando em direção à Mongólia com o velho vigário de Cristo na Terra, disposto a interrogá-lo acerca da ressurreição da carne e da vida eterna. Foi para isso que embarquei neste avião: para perguntar ao Papa Francisco se a minha mãe verá o meu pai depois da morte e para lhe levar a sua resposta. Eis um louco sem Deus perseguindo o louco de Deus até ao fim do mundo.
“Este é o brilhante início de um livro único que nunca pôde ser escrito, pois o Vaticano jamais abriu as suas portas de par em par a um escritor. Mas, além de singular, este é um livro de plenitude, em que o autor consegue transformar uma proposta invulgar numa história magistral: um thriller sobre o maior mistério da história da humanidade.
Com O Louco de Deus no Fim do Mundo, Javier Cercas regressa à sua linha mais pessoal, conseguindo relacionar as suas obsessões íntimas com uma das preocupações fundamentais da sociedade de hoje: o papel do espiritual e do transcendente na vida humana, o lugar nela ocupado pela religião e a ânsia de imortalidade.”