A 5 de novembro a Antena 2 assinala o Dia Mundial do Cinema com uma jornada especial que vai dar a ouvir música criada para bandas sonoras, assim como obras de música clássica já gravadas que ouvimos depois usadas em filmes, isto sem esquecer uma multidão de compositores que a sétima arte já retratou em ‘biopics’, os primeiros datando curiosamente ainda dos temos do cinema mudo.
Desde as 00h00 de quarta-feira e ao longo de todo o dia até à noite, a música e o cinema estão de mãos dadas numa longa emissão especial que conta com as vozes que habitualmente falam sobre filmes nas diversas antenas da RTP, assim como desafia os profissionais da Antena 2 a destacarem filmes e respetivas bandas sonoras.
Logo à meia-noite, e para começar a festa, Raízes traz a banda sonora de Hans Zimmer para O Último Samurai, filme épico de Edward Zwick. Durante o dia, no programa A Vida Breve escuta-se o poema Cinemas, de Luís Carlos Patraquim na voz do autor; em Semibreve recupera-se quatro episódios com música de cinema, como a de John Williams na saga Star Wars (8h00), de Chostakovich em Eyes Wide Shut (10h50), de Carlos Paredes em Verdes Anos de Paulo Rocha (15h00), de Paul Dukas em Fantasia, da Disney (19h00); e na Última Edição, conversa-se sobre o romance Shy, de Max Porter, vertido agora no filme Steve de Tim Mielants, recentemente estreado pela Netflix.
Pelas 20h00 o programa Jazz a 2, de João Moreira dos Santos e, pelas 23h00, A Ronda da Noite de Luís Caetano, têm também as suas atenções focadas no grande ecrã, com este último dando-nos uma conversa com Paulo Branco e Inês Branco López sobre a 19ª edição do Leffest, um dos mais prestigiados festivais de cinema no nosso país que começa em breve. Às 21h00 horas, o Grande Auditório transmite um concerto com música de John Williams, interpretada pela Orquestra Filarmónica de Berlim, dirigida por Stéphane Denève.
Nino Rota, Bernard Herrmann, Bernardo Sassetti, Ennio Morricone ou Dmitri Chostakovitch são alguns dos compositores com obra para o cinema a escutar ao longo do dia. Mas se pensarmos no Berlioz que se ouve na Árvore da Música de Terrence Mallick ou no Richard Strauss que abre o 2001: Odisseia no Espaço de Stanley Kubrick, alargamos mais o campo de possibilidades, ao qual podem responder ainda obras de Mozart (retratado no Amadeus de Milos Forman) ou Lully, que divide o protagonismo com Luís XIV no filme O Rei Dança de Gérard Corbiau.