A Sessão Oficial de Abertura do Correntes realiza-se no Casino da Póvoa, a 22 de fevereiro, onde são anunciados os vencedores dos Prémios Literários 2017 e é lançada a Revista Correntes d’Escritas 16, dedicada a Eugénio Lisboa.
Francisco Pinto Balsemão, um dos maiores empresários da comunicação em Portugal, é o convidado para a Conferência de Abertura que acontece no dia 22 de fevereiro, quarta-feira, no Cine-Teatro Garrett.
Além das Mesas, lançamentos de livros, sessões de poesia e conversas a 2, o Correntes conta com uma instalação, duas exposições, cinema e um Estúdio de Luz Natural. A novidade deste ano intitula-se D’ Escritas 1 Dia que reune quatro autores para trabalharem em conjunto, durante um dia, em espaços diferentes da cidade, com o objetivo de criarem textos de temática poveira que serão posteriormente publicados.
Tal como tem acontecido nas últimas edições, o passeio literário das três vozes transeuntes nas ruas da poesia – Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger –, a 21 de fevereiro, anuncia que Correntes está a começar.
Outro dos momentos marcantes é o encontro dos escritores com alunos dos diferentes níveis de ensino. Desde o Ensino Básico ao Superior, o Correntes d’Escritas promove diversas sessões de autores com alunos.
O espaço exterior do Cine-Teatro Garrett está igualmente reservado para acolher a Feira do Livro e ser porto de abrigo de escritores, leitores, editores, livreiros, jornalistas, críticos literários, enfim, da família Correntes d’Escritas que anualmente se reúne na Póvoa de Varzim para celebrar o livro.
Conferência de Abertura
No dia 22 de fevereiro, 4ª feira, às 15h30, por Francisco Pinto Balsemão, no Cine-Teatro Garrett.
A 18ª edição do Correntes d’Escritas conta com 10 Mesas ao longo de quatro dias.
Mesa 1 | 4ª feira, dia 22 – 17h00
Eugénio Lisboa
Hélia Correia
Ignácio de Loyola Brandão
Mário Cláudio
Valter Hugo Mãe
José Carlos de Vasconcelos (M)
Mesa 2 | 5ª feira, dia 23 – 10h00
Ignacio del Valle
Karla Suarez
Teolinda Gersão
Tony Tcheka
Carlos Quiroga (M)
Mesa 3 | 5ª feira, dia 23 – 15h00
Tema: “devo ter cuidado com as palavras”
Alberto Barrera Tyszka
Alexandre Marques Rodrigues
Júlia Nery
Manuel Rui
Raquel Ribeiro
Manuel Alberto Valente (M)
Mesa 4 | 5ª feira, dia 23 – 17h30
Tema: “se as torturarmos as palavras acabarão por confessar”
Cláudia Piñeiro
Fernando Perdigão
Germano Almeida
Luís Carmelo
Rui Zink
Pedro Teixeira Neves (M)
Mesa 5 | 6ª feira, dia 24 – 10h00
Tema: “sempre tudo esteve escrito desde sempre”
António Brito
António Mota
David Machado
Goretti Pina
Marina Perezagua
Onésimo Teotónio Almeida (M)
Mesa 6 | 6ª feira, dia 24 – 15h00
Tema: "toda a palavra será sempre um jogo por inventar"
Gaspar Hernández
Paula de Sousa Lima
Rita Taborda Duarte
Selva Almada
Tatiana Salem Levi
Henrique Cayatte (M)
Mesa 7 | 6ª feira, dia 24 – 17h30
Tema: “apenas a certeza de que nenhum verso salvará ninguém”
João de Melo
Miguel-Manso
Ondjaki
Sérgio Godinho
Anabela Mota Ribeiro (M)
Mesa 8 | 6ª feira, dia 24 – 22h00
Tema: “a única ciência é a realidade que as imagens inventam”
Álvaro Laborinho Lúcio
Clara Ferreira Alves
Gonçalo M. Tavares
Jordi Llobregat
Francisco José Viegas (M)
Mesa 9 | sábado, dia 25 – 10h00
Carlos Morais José
Conduto Pina
Marta Bernardes
Mbate Pedro
João Gobern (M)
Mesa 10 | sábado, dia 25 – 15h30
Tema: “Porque não há nada em vez de tudo?”
Ana Luísa Amaral
António Carlos Cortez
Inês Pedrosa
Juán Gabriel Vásquez
Júlio de Almeida
Onésimo Teotónio Almeida
Maria Flor Pedroso (M)
Correntes à conversa
Dois autores partilham com o público uma conversa sobre literatura, em geral, ou uma obra, em concreto.
Aula/conferência sobre Raúl Brandão
Sessões com escolas
O evento promove ainda o encontro dos escritores com alunos dos diferentes níveis de ensino, desde o Ensino Básico ao Superior.
D’ Escritas 1 Dia
Uma das novidades deste 18º aniversário do Correntes d’ Escritas é esta iniciativa que reune 4 autores para trabalharem em conjunto, durante um dia, em espaços diferentes da cidade, com o objetivo de criarem textos de temática poveira que serão posteriormente publicados.
escondida ora dissimulando a criação literária.
5ª feira | dia 23
Ana Luísa Amaral, Jaime Rocha, Margarida Ferra, Daniel Mordzinski
Afonso Cruz, Marta Bernardes, Ondjaki, Mário Rufino
5ª feira | dia 23
Inês Pedrosa, José Manuel Fajardo, Maria do Rosário Pedreira, Michael Kegler
6ª feira | dia 24
Margarida Vale de Gato, Pedro Teixeira Neves, Uberto Stabile, Alex Gozbalu
Lançamentos de livros
Mais de três dezenas de livros serão lançados no Correntes d’Escritas. Ponto de encontro de escritores, leitores, editores, jornalistas, críticos e agentes literários, o evento desenrola-se em torno do livro.
Exposições
O 18º Correntes d’Escritas conta com duas exposições, uma patente na sala de atos do Garrett e outra que não vai deixar ninguém indiferente, pois está nas montras dos estabelecimentos comerciais da cidade.
"Angola: Muxima, desenho e texto" – de Luís Mascarenhas Gaivão e Luís Ançã
Sala de Atos do Cine-Teatro Garrett
Luís Mascarenhas Gaivão e o seu amigo Luís Ançã juntaram-se num projeto com o objetivo de representar a Angola contemporânea através da articulação de desenhos realizados no sítio e textos que descrevem as vivências do local. Os autores deslocaram-se a Angola e aí trabalharam durante 15 dias a captar momentos e espaços e a registá-los, cada um à sua maneira. O produto final foi publicado num livro. Os desenhos estarão em exposição no Cine-Teatro Garrett.
Correntes d’ Escritas: 18 anos – um trajeto de memórias gráficas
18 anos se passaram desde a primeira edição do Encontro de Escritores de Expressão Ibérica – Correntes d’Escritas. Em 2000, eram 23 os autores convidados das várias geografias, de um e do outro lado do Atlântico numa vontade global de divulgar o livro e a literatura. Desde a primeira edição já passaram pela Póvoa de Varzim mais de meio milhar de escritores, com mais de um milhar de intervenções. Salas cheias, exposições, catálogos, fotografias, testemunhos. A imagem gráfica foi-se alterando, foi-se adaptando à realidade crescente das Correntes. Agora é tempo de olhar para trás e perceber o trajeto. Através dos cartazes, dos programas, das imagens, das memórias gráficas.
Estúdio de Luz Natural – Alfredo Cunha fotografa autores/convidados do Correntes d’ Escritas
No início, quando fotografava, por obrigação, estranhava. E muito. Em vez de namorar, fotografava. Em vez de se divertir, fotografava. E tanto fotografou que já não se pode separar da fotografia. Estranhou, no início. Acabou por entranhar de tal forma que hoje não se imagina sem fotografar. Continua a chatear-se com as fotografias. Mas logo faz as pazes e reincide e se deixa seduzir e envolver.
Todos os autores convidados podem ser fotografados pelo Alfredo Cunha, no estúdio montado no Cine-Teatro Garrett.
Instalação arquitetónica
Foi lançado um desafio à FAHR 021.3 para desenvolver uma peça relacionada com o Correntes d’Escritas tendo como ponto de partida o Cine-Teatro. O desafio foi entendido pela equipa como uma forma “provocadora e atrativa” de anunciar a 18ª edição do Festival Literário.
A partir de conceitos diferenciadores do Correntes d’ Escritas, como Encontro entre as pessoas, entre escritores e público; proximidade e cumplicidade; ler a partir do conceito e suas ramificações, a FAHR 021.3 apresenta um projeto “à escala do evento e da cidade, que suscite curiosidade e acentue este momento de encontro entre as pessoas movidas pela leitura. Uma segunda pele do Cine-Teatro que se descola momentaneamente para criar espaço de encontro, ilusão e reflexão na rua.”
Poesia
À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, são três vozes transeuntes nas ruas da poesia que, no dia 21 de fevereiro, 3ª feira, fazem ecoar o evento na Póvoa de Varzim. Com uma leitura promenade pelas palavras dos nossos poetas, Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger partem da Câmara Municipal e percorrem os locais mais frequentados, como o Mercado Municipal, não deixando ninguém indiferente.
Recital “Cartas a Sandra”
A partir da obra homónima de Vergílio Ferreira, um dos grandes escritores do Século XX. O recital é baseado na leitura das cartas, num diálogo com os músicos e, em especial, com a cantora que fez composições originais.
Neste recital, as cartas, lidas por Alberto Serra, são o fio condutor. "Cartas a Sandra" foram publicadas pela primeira vez em 1982 e são dedicadas à mulher de Vergílio Ferreira, à época já falecida. Uma obra que, através de Paulo (alter-ego do autor) cruza os espaços íntimos, existenciais e fantasmagóricos, numa pulsão de morte permanente.
Leitura das cartas: Alberto Serra; pianista: António Godinho; viola, guitarra portuguesa e contrabaixo: Paulo Cunha; cantora: Anabela Lemos.
Espetáculo com a Lisboa Poetry Orchestra
A Lisbon Poetry Orchestra é um coletivo multidisciplinar formado por um núcleo de quatro músicos que convidam outros músicos, atores, diseurs, performers, vídeo artistas, gráficos, ilustradores e designers de suportes digitais para celebrar e interpretar a poesia numa viagem verdadeiramente única, à descoberta e reinvenção da palavra dita.
O espetáculo que a LPO vai levar ao ‘Correntes d’Escritas’ será integralmente baseado nas obras finalistas do Prémio Literário Casino da Póvoa, de António Carlos Cortez, Armando Silva Carvalho, Daniel Jonas, Filipa Leal, Luís Filipe Castro Mendes, Miguel-Manso, Nuno Júdice e Paulo José Miranda.
Estes poetas que a Lisbon Poetry Orchestra convoca, transmitem-nos olhares tão diversos e tão únicos, tão atuais e tão intemporais, sendo alguns deles também representativos desta nova geração que tem vindo a ser reconhecida não só pelos editores mas também pelo público amante de poesia.
Com curadoria do escritor e poeta Fernando Pinto do Amaral (autores e poemas), considera-se a poesia o eixo central deste espetáculo, declamada, musicada e ilustrada com temas originais compostos pelo grupo.
Cinema
O Correntes já tem habituado o seu público a uma noite de cinema.
Este ano não será exceção e, em colaboração com o Cineclube Octopus, no dia 23 de fevereiro, 5ª feira, às 21h45, é exibido, no Cine-Teatro Garrett, Os dias de Mário Cláudio – Tocata & Fuga, documentário realizado por Jorge Campos.
Enquanto relato monográfico é simples seguir o trajeto de Rui Barbot, a infância, a vida do estudante, os graus académicos, o serviço militar, o despertar para a vida literária, os cargos que ocupou, as viagens que fez, os livros que escreveu. Mas essa não é a parte mais interessante. O que permite encontrar um sentido nesse percurso são os episódios no seio dos quais o conflito de Rui Barbot consigo mesmo e com os outros vai sendo plasmado, reorientado, sublimado, na literatura, por e com Mário Cláudio.” (retirado de Vigília Filmes)
Feira do Livro
De 21 a 25 de fevereiro realiza-se, no espaço em frente ao Cine-Teatro Garrett, a Feira do Livro, no âmbito do Correntes d’Escritas.
A organização pretende, à semelhança do que aconteceu o ano passado, levar o evento para a rua e, neste sentido, a área desde o Cine-Teatro Garrett até ao Largo Dr. David Alves é, por cinco dias, invadida de leitores, de escritores, de editores, enfim, de quem partilha o gosto pelo livro e pela leitura.
No dia 27 de fevereiro, 2ª feira, vai realizar-se a 11ª Mesa do evento, com o tema “e as insistentes palavras parecem desistir enquanto avançam”. Os autores convidados para esta iniciativa são Alberto Barrera Tyszka, Claudia Piñeiro, Jordi Llobregat, Ondjaki e Teolinda Gersão.
Autores participantes: