Temporada de Concertos Antena 2
12 dezembro | 19h00
Palácio Marquês da Fronteira
Entrada gratuita
mediante reserva em loja.fronteira-alorna.pt
O Romance da Raposa
Alexandre Delgado & Christina Margotto
Alexandre Delgado, compositor e narrador
Christina Margotto, piano
Programa
O Romance da Raposa para piano e narrador
a partir do romance de Aquilino Ribeiro
1. A Raposa Salta-Pocinhas
2. O Luar
3. O Urso Mariana
4. O Texugo Salamurdo
5. O Lobo Brutamontes
6. A Caça à Raposa
7. O Bicho-Palheiro
8. A Lagarta das Couves
9. A República dos Bichos
10. Marcha Final
O Romance da Raposa de Alexandre Delgado a partir do romance de Aquilino Ribeiro teve origem numa encomenda do Teatro de Almada para uma produção teatral concebida e encenada por Teresa Gafeira, e estreada no Teatro Municipal Joaquim Benite em dezembro de 2018.
A atual versão de O Romance da Raposa para piano e narração foi estreada no Teatro Diogo Bernardes em Ponte de Lima em outubro de 2022 por Christina Margotto, no piano, e Alexandre Delgado na narração, e faz parte do projeto “A Raposa faz 100 anos” que recebeu apoio da DGArtes-República Portuguesa – Artave – Antena 2 – AVA Editions – Câmara Municipal de Ponte de Lima – Teatro Diogo Bernardes – Mestres Viajantes para a edição de Livro-CD simultaneamente em braille com ilustração de Dina Sashse para celebrar o centenário da primeira publicação deste clássico da literatura infanto-juvenil portuguesa (1924).
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Christina Margotto | Pianista residente em Portugal desde 1988. É Bacharel pela Faculdade de Artes Santa Marcelina em São Paulo, licenciada em Piano de Acompanhamento pela ESMAE do Porto e Mestre em Musicoterapia pela Universidade de Estremadura, Espanha. Teve como formadores os pianistas Alfredo Cerquinho, Daisy de Lucca, Homero de Magalhães, Magda Tagliaferro, Vitalli Dotsenko, Constantin Sandu entre outros.
Atuou com Orquestras como Sinfónica de São Paulo, Filarmónica do Espirito Santo, Orquestra Jovem de São Paulo, Filarmônica de Taubaté, Orquestra ARTAVE entre outras. Apresenta-se como solista, camerista pelo Brasil, Europa , USA e África. Em duo com o violoncelista Jed Barahal realizou várias estreias e integrais para a formação.
Como divulgadora da música e intérpretes portugueses recebeu vários apoios do MC português, Instituto Camões, Fundação Gulbenkian, Antena2, Delegação de Cultura do Norte e foi congratulada com a Medalha de Honra da Fundação Carlos Gomes de Belém do Pará, por decisão unânime do Conselho Geral da Fundação pelo seu trabalho de intercâmbio cultural entre os dois países.
Gravou o Concerto de Carlos Seixas, com Bruno Belthoise, a primeira edição das Melodias Rústicas Portuguesas de Lopes Graça, com Jed Barahal a obra completa para violoncelo e piano de Fernando Lopes Graça, e a Sonata de Luís de Freitas Branco.
Com o Toy Ensemble da qual é fundadora realizou inúmeras digressões pelo Brasil, atuando em importantes salas e festivais onde fez a estreia das óperas A Rainha Louca e O Doido e a Morte de Alexandre Delgado além de Como Nasceram as Estrelas baseados nas 12 Lendas Brasileiras de Clarice Lispector, A Trilogia das Barcas de Fernando Lapa, Homero dos Contos Exemplares de Sophia de Mello Breyner, e em Portugal Rei Lear de Alexandre Delgado, Domitila de João Guilherme Ripper, Dois Personagens Portugueses de Rui Antunes e És Lisboa una Octava Maravilla de Alexandre Delgado, entre outras.
Com apoio da Antena 2, realizou primeira gravação de Domitila de João Guilherme Ripper e com apoio da DGartes a gravação e edição de partituras da Trilogia das Barcas de Gil Vicente / Fernando lapa.
Integra o quadro de professores do Conservatório de Música do Porto desde 1992 e é pianista acompanhadora na ARTAVE.
Alexandre Delgado | Nasceu em Lisboa, em 1965. Diplomou-se em violino e composição como aluno externo do Conservatório Nacional de Lisboa em 1983. Aluno particular do compositor Joly Braga Santos entre 1981 e 1985, aos 17 anos estreou o seu Prelúdio para cordas pela Orquestra Sinfónica da RDP, no Teatro de São Luiz, em Lisboa. Entre 1986 e 1989 estudou com Jacques Charpentier em Nice (França), como bolseiro da Secretaria de Estado da Cultura. Diplomou-se em 1990 com o 1º Prémio de Composição do Conservatório de Nice, cidade cuja Orquestra Filarmónica estreou o seu Concerto para Flauta.
De regresso a Portugal, Antagonia para violoncelo (1990) foi selecionada para os Dias Mundiais da Música na Cidade do México, o seu Quarteto de Cordas (1991) foi gravado em CD pelo Quarteto Arditti, Langará para clarinete e The Panic Flirt para flauta (1992) tornaram-se peças de reportório a nível internacional.
Com encomendas regulares de festivais e instituições do país e do estrangeiro, a sua produção abarca a música orquestral e concertante, a música de câmara, a música vocal e a ópera. O momento mais decisivo da sua carreira foi a estreia da ópera de câmara O Doido e a Morte no Teatro Nacional de São Carlos em Lisboa, em 1994, aclamada pela crítica, obra que foi convidado a dirigir na Alemanha (Theater Am Halleschen Ufer, Berlim) e no Brasil (Theatro da Paz, Belém do Pará). Somando um total de 10 produções, a obra foi editada em CD e publicada, como a maior parte da sua produção, pela AvA Editions.
Projetando formar uma “Trilogia da Loucura”, a sua ópera em dois atos A Rainha Louca (2009, inspirada na figura histórica de D. Maria I) foi estreada sob sua direção no Centro Cultural de Belém, em 2011, e no Festival Internacional de Belém do Pará, em 2016. As suas cantatas O Pequeno Abeto e O Soldadinho de Chumbo, baseadas em Andersen, foram estreadas em Lisboa e no Porto com mais de 200 crianças em palco. Em 2019, estreou no CCB a sua versão musico-teatral de Rei Lear. Entre as suas estreias mais recentes contam-se Samambaia para quinteto com acordeão (2020), Melopeia para orquestra de sopros (2021) e Os Ingleses Fumam Cachimbo para mezzo e grupo instrumental (2021).
Como violetista, Alexandre Delgado estudou com Barbara Friedhoff, diplomou-se em França e foi membro da Orquestra Juvenil da Comunidade Europeia, onde tocou sob a direção de Claudio Abbado e Zubin Mehta.
Vencedor do Prémio Jovens Músicos em 1987, estreou como solista o seu Concerto para Viola e Orquestra (1999) em Portugal, em Espanha e na Holanda. Foi membro da Orquestra Gulbenkian (1991-1995), do Quarteto Lacerda (1990-2004) e do Quarteto com Piano de Moscovo (2005-2021).
Foi também crítico musical do Público (1992-2001) e diretor artístico do Cistermúsica / Festival de Música de Alcobaça (2002-2018), no âmbito qual promoveu importantes estreias modernas e estreias absolutas.
Convidado habitualmente como palestrante, assina o programa semanal A Propósito da Música, emitido pela Antena 2 da RTP desde 1996. É autor dos livros A Sinfonia em Portugal, A Culpa é do Maestro e Luís de Freitas Branco, publicados pela Caminho/Leya. Fez versões portuguesas das óperas Die Zauberflöte de Mozart, Hänsel und Gretel de Humperdinck e The Little Sweep de Britten que são levadas à cena com regularidade.