A Antena 2 estreia a 1 de Abril uma nova série do programa Caleidoscópio, intitulada Ao Correr do Som, da autoria de Marcos Magalhães e Marta Araújo. Até ao final de Junho.
Ao Correr do Som
por Marcos Magalhães e Marta Araújo
Sábados 22h00
Segundas-feiras 13h00
Quartas-feiras 5h00
A fruição de produtos culturais, sobretudo a música, faz-se, hoje em dia, através de vários canais de comunicação. Desde a rádio às redes sociais, passando pela televisão, a música ambiente e o concerto ao vivo, o fluxo musical é infinito. Toda esta quantidade de informação sonora contribui, sem dúvida, para a dispersão e pode até ser agressiva, no entanto, um aspecto positivo emerge: o acesso, quase enciclopédico, a inúmeras formas musicais originárias de variadas geografias e de múltiplas origens temporais.
Esta simultaneidade musical globalizada, que nos permite ouvir uma ópera de Wagner num canal de televisão, um fado de Hermínia Silva no táxi, uma orquestra de gamelão no i-phone e canto multifónico no Facebook, tem já influência na nossa percepção da música e está, certamente, a questionar as várias divisões e categorias que nos permitiram “arrumar” até hoje os vários fenómenos musicais conhecidos.
A emissão radiofónica que pretendemos produzir inspira-se, justamente, neste estado de coisas e procura navegar pelos vários tipos de música sem tomar em conta velhas divisões e hierarquias.
Vamos em busca de ouvir profundamente o mundo tal como ele se nos apresenta.
A nossa abordagem será muito orientada pela vontade de dar uma perspectiva histórica aos fenómenos musicais e, também, muito influenciada pela nossa experiência da música enquanto intérpretes.
Mantendo uma forte referência na música erudita, que é também a base da nossa formação, pretendemos estabelecer ligações com outros tipos de música, como sejam a pop, as várias tradições étnicas, a música contemporânea, a música barroca, medieval, improvisada, jazz, electrónica…
Marcos Magalhães e Marta Araújo
Programas
Prog. 1 | 1 Abril
Fusão de vozes
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Prog. 2 | 8 Abril
Questões de ritmo
Questões de ritmo
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Prog. 3 | 15 Abril
Perto do Mali
Perto do Mali
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Prog. 4 | 22 Abril
Um mundo ornamentado
Um mundo ornamentado
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Prog. 5 | 1 Maio
Música e máquinas
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Prog. 6 | 6 Maio
Duetos
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Prog. 7 | 13 Maio
Em transe
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Prog. 8 | 20 Maio
Sobre alguns instrumentos
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Prog. 9 | 27 Maio
Cinemúsica
Cinemúsica
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Prog. 10 | 3 Junho
Algumas interpretações
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Prog. 11 | 10 Junho
Primitivismo
Prog. 12 | 17 Junho
Música e poesia
Música e poesia
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Prog. 13 | 24 Junho
Compor tocando
Compor tocando
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Marta Morais Araújo
Nasceu em Lisboa. Aprendeu as primeiras peças de piano com a sua mãe. Posteriormente prosseguiu os estudos de Piano com Gabriela Canavilhas na Academia dos Amadores de Música de Lisboa e com Ana Sousa Lima na Escola de Música do Conservatório Nacional, onde terminou o curso de Piano com elevada classificação.Obteve a licenciatura em Cravo – Área de Música Antiga, na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo, na classe da professora Ana Mafalda Castro.
Diplomou-se em Arquitectura, na Faculdade de Arquitectura de Lisboa – Universidade Técnica de Lisboa. Concluiu o mestrado em Programação e Gestão Cultural, na ECATI – ULHT.
Como bolseira do programa Erasmus, estudou com Siebe Henstra na Utrecht School of Arts, na Holanda. Frequentou diversas masterclasses com Jacques Ogg, com Ketil Haugsand, e no âmbito da pedagogia frequentou os cursos de Jos Wuytack e de Edwin Gordon. Tocou com a Orquestra Académica Metropolitana, a Orquestra Metropolitana, a Orquestra Divino Sospiro, a orquestra Concerto Moderno, e com a OSP.
Com o grupo Os Músicos do Tejo, que fundou em 2005, conjuntamente com Marcos Magalhães e do qual é co-directora, produtora e cravista, participou em produções de ópera como “La Spinalba”, “Lo Fratte Nnamorato”, “Le Carnaval et la Folie” e “Il Trionfo d’ Amore” no CCB, “Dido e Eneias” na Fundação Calouste Gulbenkian, “Paride ed Elena” e na Oratória “La Giuditta”, bem acolhidos pela crítica especializada. Com a ópera “La Spinalba”, fez digressão em vários teatros, tais como o Teatro Viriato em Viseu, Teatro Municipal de Almada e no Festival Are More em Vigo.
Em 2007 formou com António Carrilho e Marcos Magalhães um trio com dois cravos e flauta e atuaram no Fórum Eugénio Almeida, em Évora, no Festival Maio Barroco Óbidos, no Mês da Música em Setúbal, no Festival Raízes Ibéricas – Música em Diálogo, com o Maestro José Atalaya, na Biblioteca Nacional de Portugal e no IV Festival de Música Antiga de Castelo Novo. Com este agrupamento, gravou, em 2008, para a RDP – Antena 2.
Produziu e participou, como cravista, em diversos concertos d’Os Músicos do Tejo, tais como "As Árias de Luísa Todi", no Festival de Música da Cartuxa, “Esplendor do Barroco”, em Música nos Mosteiros – Concertos em Rede Igespar, Festival das Artes em Coimbra “Viagem pelo Barroco Europeu”, no Theatro Braga Circo e Teatro Municipal de Almada, Teatro Constantino Nery, Forum Luisa Todi, Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, Dias da Música em Belém – CCB, “Il Mondo della Luna”, no Festival Cistermúsica, Alcobaça, Gulbenkian no Festival PJM, Concertos de Natal EGEAC, Ciclo de concertos “Ciência na Música” no Teatro Thalia, Encontro de Musica Antiga de Loulé, entre outros. Com o espectáculo “Sonho de uma noite de verão”, atuou como cravista no CCB, Festival Facyl em Salamanca e em Guimarães, Capital da Cultura.
Projectos futuros incluem concertos na F.C. Gulbenkian com o concerto “Fado Barroco” .
Participou na edição de três CD’ s como directora artística, produtora e cravista, nomeadamente “As Árias de Luísa Todi”, a ópera “La Spinalba”, editado pela NAXOS (2012) e a serenata, “Il Trionfo d’ Amore”, NAXOS (2015).
Leccionou no Conservatório Regional de Setúbal, Academia de Música Eborense e Escola Profissional de Música de Évora. Desde 2003/2004 que exerce actividade docente na classe de Piano Conservatório de Música da Metropolitana de Lisboa (CMML) e em 2006 criou a classe de Cravo no CMML.
Marcos Magalhães
Cravista e maestro. Nasceu em Lisboa, estudou cravo na Escola Superior de Música de Lisboa e no Conservatoire National Supérieur de Musique de Paris, com Christophe Rousset, Kenneth Gilbert, Ketil Haugsand, Françoise Marmin, Cremilde Rosado Fernandes e Kenneth Weiss. Mais recentemente tem tido aulas de direcção de orquestra com J.M. Burfin.
Fundou, em conjunto com Marta Araújo, Os Músicos do Tejo, grupo dedicado à música antiga.
Dirigiu no CCB as óperas "La Spinalba" de F. A. de Almeida, "Lo Frate Nnamorato" de G.B Pergolesi, "Le Carnaval et la Folie" de A. C. Destouches, a serenata de F. A. de Almeida "Il Trionfo d’Amore" e "Dido e Eneias" de H. Purcell (Fundação Gulbenkian).
Dirigiu e editou os CD’s "Sementes do Fado" (com Ana Quintans e Ricardo Rocha), "As Árias de Luísa Todi" (com Joana Seara) e já foram editados, pela Naxos, dois discos por si dirigidos: "La Spinalba", em 2012, e "Il Trionfo d’Amore", ambas obras de F. A. de Almeida.
Dirigiu e editou os CD’s "Sementes do Fado" (com Ana Quintans e Ricardo Rocha), "As Árias de Luísa Todi" (com Joana Seara) e já foram editados, pela Naxos, dois discos por si dirigidos: "La Spinalba", em 2012, e "Il Trionfo d’Amore", ambas obras de F. A. de Almeida.
Está neste momento a terminar, na Universidade Nova de Lisboa e com bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia, o doutoramento, com orientação científica de David Cranmer, em torno das Modinhas Luso-Brasileiras. É professor de música no Liceu Francês.