1, 2, 5 Junho | 19h00
Realização e Apresentação: Andrea Lupi
Gravação da Antena 2 / RTP
na Academia das Ciências de Lisboa
a 23 de Julho de 2022
No âmbito da
48ª edição do Festival Estoril Lisboa
48ª edição do Festival Estoril Lisboa
João Xavier, OML e Pedro Neves
João Xavier, piano (1º Prémio CIE 2021)
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Direção de Pedro Neves
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Direção de Pedro Neves
Programa
António Victorino d’Almeida (1940) – Abertura Clássica
Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto para Piano nº 3
Serguei Prokofiev (1891-1953) – Sinfonia Clássica
A música de Beethoven distingue-se pela expressão de ideais, como se mantivesse uma relação privilegiada com o mundo e a posteridade. Os seus cinco concertos para piano ajudam a perceber como aí chegou. O terceiro, em particular, é uma obra de transição, quando ainda se vislumbra a presença da figura de Mozart, mas já são evidentes os rasgos expressivos que o tornaram singular.
Neste programa temos ainda a oportunidade de ouvir mais dois compositores. De Prokofiev, a Sinfonia nº 1, que hoje conhecemos pelo nome «Clássica». Em plena Primeira Grande Guerra, com clareza e sobriedade, propunha-se como alternativa ao alegado decadentismo psicológico conotado com a produção musical germânica das décadas anteriores.
Antes de tudo, António Victorino d’Almeida, um divulgador incansável da música. O seu vasto catálogo enquanto compositor ainda aguarda, todavia, maior divulgação. Comecemos pela Abertura Clássica (sobre um tema popular português), um obra de 1991.
OML
OML
João Xavier | Nasceu em 1993, em Lousada, e começou a estudar música no Conservatório do Vale do Sousa em 2003, onde terminou, em 2011, o 8º grau, na classe de Luísa Ferreira. Prosseguiu os seus estudos na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, no Porto, com Pedro Burmester. Trabalhou também com a pianista Tania Achot e, na Scuola di Musica di Fiesole, em Itália, com Eliso Virsaladze, com quem mais tarde prosseguiu os estudos no Conservatório ‘Tchaikovsky’ de Moscovo, tendo-se graduado em 2020 com distinção.
Foi laureado em vários concursos, nomeadamente no V Concurso de Piano da Póvoa de Varzim – 1º prémio; no X Concurso Florinda Santos – 1º prémio, e no 12º Concurso de piano Sta. Cecília – 1º prémio. Em 2011, obteve o 1º lugar no Prémio Jovens Músicos, na categoria de Piano – nível superior; e em 2014 o 3º prémio no Concurso Internacional de piano ‘Jaén’, em Espanha. Venceu em 2021, o 22º Concurso de Interpretação do Estoril.
Apresentou-se em concerto, a solo e com orquestra, em Portugal, Espanha, Itália e Rússia, em salas como o Salão Nobre do Palácio da Bolsa do Porto; o Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian; a Sala Suggia, na Casa da Música; Teatros del Canal, em Madrid; na Sala Rachmaninov e no Pequeno e Grande Auditórios do Conservatório ‘Tchaikovsky’ de Moscovo, entre outras.
Trabalhou com várias orquestras em Portugal, Espanha e na Rússia, nomeadamente com a Orquestra da Fundação Calouste Gulbenkian; a Orquestra Sinfónica do Porto – Casa da Música, a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras; a Orquestra Cidade de Granada, a Orquestra Sinfónica de Estudantes do Conservatório de Moscovo, e com maestros como Pedro Neves, Nikolay Lalov, Günter Neuhold, Anatoly Levin e Vasily Sinaisky.
Atualmente, prossegue os seus estudos no Conservatório Real de Música de Bruxelas, sob orientação de Aleksandar Madžar.
Orquestra Metropolitana de Lisboa | É pedra angular de um projeto que se estende além do formato habitual de uma orquestra clássica.
Quando se apresentou pela primeira vez em público, no Mosteiro dos Jerónimos a 10 de junho de 1992, anunciou o propósito de fazer confluir as missões artística, pedagógica e cívica por intermédio de uma gestão otimizada de recursos e uma visão ampla e integrada de todas as vertentes do fenómeno musical. Sempre apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa, por instituições governamentais do Estado e por vários municípios do entorno geográfico, e uma vez completadas três décadas de atividade, o valor da aposta é hoje consensualmente reconhecido, não somente pelos resultados alcançados, mas sobretudo pela relevância que tem no atual panorama musical do país.
Constituída por 35 músicos de 10 nacionalidades diferentes, um terço dos quais formados na Academia Superior da Metropolitana (ANSO), a OML é bastante versátil.
Multiplica-se com frequência em agrupamentos de música de câmara e junta-se regularmente aos alunos para formar uma orquestra de dimensão sinfónica. Esta plasticidade tem-lhe permitido interpretar um leque de repertório que se estende do barroco à contemporaneidade, passando pela ópera e pelas grandes sinfonias românticas.
Já estreou obras de grande parte dos compositores portugueses no ativo e, para lá da música que se reconhece na tradição clássica europeia, toca ainda outros estilos e tradições, tendo já partilhado palco com os Xutos & Pontapés, Carlos do Carmo, Rui Veloso, Mário Laginha, Tito Paris, Sérgio Godinho e muitos outros.
Tem conseguido, deste modo, dirigir-se ao público melómano, mas também às famílias e a toda a comunidade escolar, chegar junto das pessoas através do entusiasmo que todos sentimos pela música.
Constituída por 35 músicos de 10 nacionalidades diferentes, um terço dos quais formados na Academia Superior da Metropolitana (ANSO), a OML é bastante versátil.
Multiplica-se com frequência em agrupamentos de música de câmara e junta-se regularmente aos alunos para formar uma orquestra de dimensão sinfónica. Esta plasticidade tem-lhe permitido interpretar um leque de repertório que se estende do barroco à contemporaneidade, passando pela ópera e pelas grandes sinfonias românticas.
Já estreou obras de grande parte dos compositores portugueses no ativo e, para lá da música que se reconhece na tradição clássica europeia, toca ainda outros estilos e tradições, tendo já partilhado palco com os Xutos & Pontapés, Carlos do Carmo, Rui Veloso, Mário Laginha, Tito Paris, Sérgio Godinho e muitos outros.
Tem conseguido, deste modo, dirigir-se ao público melómano, mas também às famílias e a toda a comunidade escolar, chegar junto das pessoas através do entusiasmo que todos sentimos pela música.
Em vez de concentrar as suas atuações numa única sala de concertos, a OML tem vindo a consolidar uma implantação territorial que irradia a partir da cidade de Lisboa para os concelhos mais próximos, e mais espaçadamente para todo o continente e arquipélagos.
Ao longo do seu historial também já tocou em França, Bélgica, Espanha, Áustria, Polónia, Cabo Verde, Índia, Tailândia, Coreia do Sul, Japão e China. Conta mais de dois milhares de concertos efetuados em formação orquestral, 23 CD e 1 DVD gravados, para lá de muitas transmissões radiofónicas e televisivas.
Tocou com alguns dos mais notáveis solistas nacionais, entre eles Maria João Pires, Sequeira Costa, António Rosado, Artur Pizarro, Pedro Burmester, Elisabete Matos, Gerardo Ribeiro, Vasco Barbosa, Paulo Gaio Lima e Ana Bela Chaves, e também com prestigiados solistas internacionais, como Montserrat Caballé, Jose Carreras, Leon Fleisher e Natalia Gutman. Entre muitos, foi dirigida pelos maestros Enrique Dimecke, Arild Remmereit, Christopher Hogwood, Theodor Guschlbauer, Emilio Pomàrico e, mais regularmente, Nicholas Kraemer, Brian Schembri (Maestro Titular em 2003/2004), Olivier Cuendet, Enrico Onofri e Michael Zilm.
As direções artísticas da OML foram sucessivamente confiadas a Miguel Graça Moura – fundador do projeto –, Jean-Marc Burfin, Álvaro Cassuto, Augustin Dumay, Cesário Costa e Pedro Amaral.
Pedro Neves é, desde janeiro de 2021, Diretor Artístico e Maestro Titular.
Pedro Neves | Atualmente Diretor Artístico e Maestro Titular da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Paralelamente, desempenha as funções de Maestro Titular da Orquestra Clássica de Espinho. Foi Maestro Titular da Orquestra do Algarve entre 2011 e 2013, e posteriormente, Maestro Associado da Orquestra Gulbenkian, entre 2013 e 2018.
É convidado regularmente para dirigir a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Filarmonia das Beiras, a Orquestra Clássica do Sul, a Orquestra Clássica da Madeira, a Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo, a Orquestra Sinfónica de Porto Alegre, a Orquestra Filarmónica do Luxemburgo e a Real Filarmonia da Galiza.
No âmbito da música contemporânea, tem colaborado com o Sond’arte Electric Ensemble, com o qual realizou estreias de vários compositores portugueses e estrangeiros, realizando digressões pela Coreia do Sul e Japão. Também com o Remix Ensemble Casa da Música, o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e o Síntese Grupo de Música Contemporânea.
É fundador da Camerata Alma Mater, agrupamento dedicado à interpretação de repertório para orquestra de cordas e com a qual tem recebido uma elogiosa aceitação por parte do público e da crítica especializada.
Pedro Neves iniciou os seus estudos musicais em Águeda, sua terra natal. Estudou violoncelo com Isabel Boiça, Paulo Gaio Lima e Marçal Cervera; respetivamente, no Conservatório de Música de Aveiro, na Academia Nacional Superior de Orquestra (Lisboa) e na Escuela de Música Juan Pedro Carrero (Barcelona), com o apoio da Fundação Gulbenkian.
No que respeita à Direção de Orquestra, estudou com Jean-Marc Burfin, obtendo o grau de Licenciatura na Academia Nacional Superior de Orquestra, com Emilio Pomàrico, em Milão, e com Michael Zilm, de quem foi assistente.
O resultado deste seu percurso faz com que a sua personalidade artística seja marcada pela profundidade, coerência e seriedade da interpretação musical.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2