Temporada Concertos Antena 2
12 Julho | 19h00
Auditório do
Liceu Camões
Entrada gratuita
Gabriel Selvage solo
Gabriel Selvage, guitarra
Programa
1 – Lagoa
2 – Bonillando
3 – Destino de Luz
4 – Um Chamamé no Rio
5 – Pro Lúcio
6 – Seu Cristal
7 – Piracicabano
8 – Amália
9 – Pipoquinha de Alpargatas
10 – O Precursor das Águas
Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Gabriel Selvage | Completou em 2022 vinte anos de carreira como músico profissional e o seu espetáculo, em jeito comemorativo, narra um pouco dessa caminhada, do início à atualidade.
O músico nasceu no interior do Rio Grande do Sul, último estado ao sul do Brasil e que faz fronteira com a Argentina e com o Uruguai. Em contato desde a infância com o meio rural, Gabriel traz na essência da sua música o amor pela terra e a mistura folclórica que esses três lugares formaram sobre seu povo e que ele chama de “Continente Platino”.
Radicado em Lisboa, o músico gaúcho já lançou 9 CD’s, 2 DVD’s e um caderno de canções. Foi também laureado com o Prémio Açoriano de Música como Melhor Intérprete Instrumental e colaborou na pré-produção, como instrumentista e na concepção de arranjos do disco Onze, com músicas inéditas de Adoniran Barbosa interpretadas por grandes vozes como Elza Soares e Zeca Baleiro, um disco nomeado para o Grammy Latino de melhor disco de samba 2021.
Já fez digressões na América do Sul, Europa e Ásia e atuou ao lado de artistas como Yamandu Costa, Thomas Gansch, Arismar do Espírito Santo, Alessandro Penezzi, João Barradas, Gabriel Grossi, Mestrinho, Michael Pipoquinha, Martin Sued, José Manuel Leon, Nicolas Krassik, Rogério Caetano, Guto Wirtti, Bebe Kramer, Lucio Yanel, Luciano Maia, Rudi Flores, Lulinha Alencar, Cainã Cavalcante, João Ventura e Gileno Santana entre outros.
O violão de 7 cordas é, originalmente, com cordas de aço atua como instrumento de acompanhamento dentro da música tradicional brasileira, a exemplo do choro.
Esse instrumento ganhou espaço como solista de concerto através do grande Raphael Rabello, que foi o principal nome para a difusão do 7 cordas com cordas de nylon.
Através de nomes como Yamandú Costa e Arthur Bonilla, criou-se uma nova “escola” de violões de 7 cordas inseridos dentro da música regional gaúcha e latino-americana onde, também, viu-se a possibilidade de ter a sonoridade do
violão de 6 cordas e do guitarrón, instrumento com a afinação uma quarta abaixo e muito utilizado na música folclórica da Bacia do Prata, dentro do mesmo instrumento.
Gabriel faz parte dessa nova geração que já utiliza o 7 cordas com propriedade dentro dessa linguagem e assinala uma nova sonoridade tanto para o instrumento quanto para a música.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2