A Ópera renasce no corpo de marionetas com o espetáculo pela Companhia italiana Carlo Colla e Figli.
O Trovador, de Giuseppe Verdi
20 e 21 Outubro | 20h00
22 Outubro | 16h00
Teatro da Trindade, em Lisboa
Teatro da Trindade, em Lisboa
A tragédia em dois atos de Salvatore Camarano (1801-1852), dramaturgo e libretista que desenvolveu uma colaboração muito próxima com o compositor Giuseppe Verdi (1813-1901), e que Eugenio Monti Colla adaptou livremente para marionetas, tem como pano de fundo uma Espanha dividida por conflitos, lutas e guerras internas. E um tempo onde as vozes das superstições e os receios ancestrais com feitiços, presságios e encantamentos facilmente ateiam fogueiras onde se queimam os suspeitos de bruxaria. Tudo isso cria o enquadramento para a trágica história de amor, perturbada pelos furiosos ciúmes do Conde di Luna, entre Leonora e Manrico, o Trovador, cavaleiro misterioso criado por uma mulher cigana, Azucena que vem à narrativa cumprir uma vingança.
Tudo terá começado quando a mãe de Azucena é condenada à morte na fogueira, acusada de ter enfeitiçado o filho mais novo do Conde di Luna. Para vingar a morte da mãe, Azucena sequestra e lança a uma fogueira o filho mais novo do Conde. Por um trágico engano, lança ao fogo Manrico, o seu próprio filho, poupando o filho do Conde, que adopta e cuida como se ele é que fosse Manrico.
Os anos passam e Manrico, agora trovador, cativa Leonora. O novo Conde di Luna, instigado pelo pai a procurar o irmão, conhece Leonora, por quem se apaixona. Ao saberem-se rivais no amor, Manrico e o Conde di Luna combatem num duelo. Quando Manrico vai para desferir o golpe fatal uma estranha voz obriga-o a suster a espada e a poupar a vida do seu adversário, que, mais tarde, numa batalha, o irá deixar gravemente ferido. Leonora, pensando que Manrico morrera no campo de batalha, pretende ir para um convento. Manrico, ao saber, vai procurá-la e fogem os dois para Castellor, onde pretendem casar. A tragédia continua desenfreada: Azucena é presa pelo Conde e Manrico, ao saber, suspende a boda e, na tentativa de a salvar, é preso pelo Conde. Leonora, ao saber disso, oferece o seu amor ao Conde em troca da libertação de Manrico. Envenena-se e vai morrer nos braços de Manrico. O Conde, ao ver este terrível quadro, ordena a execução de Manrico, que morre antes de Azucena revela que Manrico é afinal o filho mais novo do Conde que ela raptara.
Ficha técnica
Adaptado para marionetas e Encenação: Eugenio Monti Colla
Música: Giuseppe Verdi
Direção técnica: Tiziano Marcolegio
Luz: Franco Citterio
Tradução: Rita Gonçalves Ramos – Instituto Italiano de Cultura
Produção: Associazione Grupporiani, Municipio de Milão – Teatro Convenzionato
Música: Giuseppe Verdi
Direção técnica: Tiziano Marcolegio
Luz: Franco Citterio
Tradução: Rita Gonçalves Ramos – Instituto Italiano de Cultura
Produção: Associazione Grupporiani, Municipio de Milão – Teatro Convenzionato
No ano em que o Teatro da Trindade festeja o seu 150º aniversário, a ópera renasce no seu palco, no corpo de marionetas. Com este espetáculo pela centenária Companhia de Marionetas Carlo Colla & Figli, e destinado ao público de várias gerações, celebra-se a importância histórica do Trindade no campo do Teatro Lírico.
A Companhia de Marionetas Carlo Colla e Figli, sediada em Milão, tem início em 1860, ou seja, quase três séculos de atividade e património nacional em Itália.
Reconhecida como monumento nacional desde a década de 60, concebe e produz artesanalmente os seus espetáculos nos seus ateliers, contando já com mais de 2000 bonecos esculpidos em madeira.
Hoje a família Colla é composta por 15 elementos de 3 gerações e viaja por todo o mundo apresentado as suas criações em festivais internacionais e nas maiores salas de espetáculos.
No seu vasto reportório constam grandes clássicos da ópera lírica: “Aida”, “Nabbucco”, “Macbeth”; do ballet: “Sheherazade”, “Excelsior”, “Petruschka” e também espetáculos inspirados em romances históricos e contos populares.