Sala Eça de Queiroz,
Teatro da Trindade, Inatel
16 Fevereiro | 21h30
Performance | Itinerário do Sal
Miguel Azguime
Poesia sonora?
Espetáculo visual deslumbrante?
Teatro musical, arte performativa, ópera multimédia?
Ou todas estas hipóteses juntas?
Durante uma hora Miguel Azguime apresenta-nos uma mistura de vídeo e sons vocais processados, acrescentando uma camada de imprevisibilidade a uma série de eventos sensoriais variados. A eletrónica ao vivo é conduzida quase como uma dança. No centro de tudo está o próprio Azguime, de olhar arregalado, rabiscando sobre uma mesa, transfigurado num desenho animado, trajado de branco diante de uma câmara, projetado na tela. Nesta ópera multimédia, a tecnologia e a linguagem são brinquedos de igual e infinito fascínio e surpresa.
Miguel Azguime: compositor, performer
Paula Azguime: encenadora, vídeo, eletrónica ao vivo
Andre Bartetzki: programador vídeo
Perseu Mandillo: diretor de vídeo
Paula Azguime: encenadora, vídeo, eletrónica ao vivo
Andre Bartetzki: programador vídeo
Perseu Mandillo: diretor de vídeo
Para ver excerto, clicar aqui.
“Itinerário do Sal, de Miguel Azguime, é um exemplo da hibridez intermédia tornada possível pela actual tecnologia digital. Os sons ligeiramente diferidos que saem da boca do actor/autor tentam ser simultaneamente o resultado dos movimentos corporais, isto é, aquilo que poderíamos referir como a música da voz ou a poesia da voz, e a notação desses movimentos. É como se o som escrevesse o próprio som. O mesmo se poderia dizer da escrita: os traços traçam a sua própria possibilidade enquanto forma escrita.!
Manuel Portela – blog TAGV Coimbra, 16/02/2007
Manuel Portela – blog TAGV Coimbra, 16/02/2007
“Na sua essência, a linguagem não faz sentido. Ela não é mais do que uma sucessão de sons, tão natural como o barulho do vento no trigo ou o crepitar dos grãos numa montanha de sal. É com uma coerência fora do comum que o Miso Ensemble segue este princípio na sua ópera multimédia Itinerário do Sal. É inimaginável um prelúdio mais prometedor do que este para o festival Europa em Cena, o encontro de teatro luso-alemão da Studiobühne. (…)
Através de uma performance genial, Azguime eleva sua poesia, para um outro patamar totalmente diferente. Aqui tudo se torna arte apalhaçada/ do palhaço. Movimentando os lábios de forma artística, o actor solta frases sobre o “autor ausente” (que comicamente se encontra no palco) em cascatas de som. Não se pode dizer que este autor esteja “no meio do silêncio”, no “contexto de estar calado”; ele cacareja e ronrona, ele parte com os dentes e ladra até romper a própria palavra até que ela se dissolve em prazer, mas também em terror. O abismo da loucura torna-se visível por detrás do vazio transparente das palavras. (…)
Só o brilhantismo da técnica, a perfeição e a originalidade dos desabamentos ópticos e acústicos já fazem desta representação de uma hora um espectáculo a ver.”
Von Oliver Cech – Kolner Stadt-Anzeiger, 12/03/2007
Através de uma performance genial, Azguime eleva sua poesia, para um outro patamar totalmente diferente. Aqui tudo se torna arte apalhaçada/ do palhaço. Movimentando os lábios de forma artística, o actor solta frases sobre o “autor ausente” (que comicamente se encontra no palco) em cascatas de som. Não se pode dizer que este autor esteja “no meio do silêncio”, no “contexto de estar calado”; ele cacareja e ronrona, ele parte com os dentes e ladra até romper a própria palavra até que ela se dissolve em prazer, mas também em terror. O abismo da loucura torna-se visível por detrás do vazio transparente das palavras. (…)
Só o brilhantismo da técnica, a perfeição e a originalidade dos desabamentos ópticos e acústicos já fazem desta representação de uma hora um espectáculo a ver.”
Von Oliver Cech – Kolner Stadt-Anzeiger, 12/03/2007
(Tradução do alemão Beatriz Medeiros da Silva )
Fotos @ Paula Azguime
Transmissão direta (antena e online)
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Para maiores de 16 anos