Assinala-se todos os anos, a 1 de dezembro, o Dia Mundial de Luta contra a SIDA, que tem como objetivo apoiar os que padecem desta doença, homenagear os que faleceram infetados e sensibilizar a comunidade para o combate ao vírus VIH.
O mundo da música, que assistiu ao desaparecimento de inúmeros vultos (nas mais variadas áreas) vítimas da doença, tem sido incansável na criação de obras, discos ou eventos, ora de alerta, ora de luta, alguns capazes de construir memória futura.
A Sinfonia nº 1 do norte-americano John Corigliano, estreada em 1990 pela Chicago Symphony, dirigida por Daniel Baremboim, é disso um exemplo. Tem como título Of Rage and Rememberance (que podemos traduzir como “da raiva e lembrança”) e recorda figuras desaparecidas.
A sinfonia representou uma das primeiras obras de grande fôlego da música erudita a fixar a memória de uma série de nomes evocados pelas vozes que acompanham a orquestra. As figuras evocadas correspondem a amigos e colegas do compositor cujas vidas foram ceifadas pela doença.
Desde a sua estreia a sinfonia conheceu já gravações por vários maestros, entre os quais Daniel Baremboim (com a orquestra que assegurou a estreia), Leonard Slatkin (com a também norte-americana National Symphony Orchestra) ou Tatsuya Shimono (com a japonesa Yomiuri Nippon Symphony Orchestra).
Esta obra é recordada hoje na Antena 2, tanto no Império dos Sentidos como no Vibrato.