18 Maio | 18h00
Programa Mezza-Voce
Apresentação e Realização: André Cunha Leal
Produção: Susana Valente
Gravação da Radiodifusão da Baviera
no Teatro do Príncipe Regente, em Munique,
a 23 de Julho de 2018
Joseph Haydn | Orlando Paladino
Angelica: Adela Zaharia (S)
Rodomonte: Edwin Crossley-Mercer (BT)
Orlando: Mathias Vidal (T)
Medoro: Dovet Nurgeldiyev (T)
Licone: Guy de Mey (T)
Eurilla: Elena Sancho Pereg (S)
Pasquale: David Portillo (T)
Alcina: Tara Erraught (MS)
Direção de Ivor Bolton
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Ópera em 3 atos
Música de Joseph Haydn (1732-1809)
Libreto de Nunziano Porta, baseado em Le pazzie d’Orlando, de Carlo Francesco Badini, escrito para uma ópera levada à cena em 1771 e inspirado no poema épico de Ludovico Ariosto, Orlando furioso.
Orlando Paladino é um drama herói-cómico, misturando elementos heróicos e cómicos, tendo sido o maior sucesso operático de Haydn, durante a sua vida. A sua estreia ocorreu em Eszterháza, na Áustria, a 6 de dezembro de 1782.
Muito mais conhecido pelas suas sinfonias, quartetos de cordas e sonatas, ao nome de Haydn nem sempre se associa a composição de óperas, mas o que é certo é que este género ocupou parte da sua vida, com uma produção operática sobretudo entre 1776 e 1790.
Haydn também dirigiu uma companhia de ópera em nome do príncipe Nikolaus Eszterháza, seu empregador, realizando até cerca de 150 apresentações por ano, algumas das quais das suas próprias óperas. Hoje em dia, as suas óperas são apresentadas esporadicamente.
Haydn foi, a partir de 1761, mestre de capela da família dos príncipes de Eszterháza, uma importante família da nobreza húngara e uma das famílias mais ricas e importantes do Império Austríaco.
Haydn acompanhava a família nas suas deslocações: viveram no Palácio Eszterháza em Eisenstadt, o seu palácio de inverno a cerca de 50 km de Viena, e no Palácio Eszterháza em Fertöd, o grande palácio da família, na Hungria.
A Haydn eram confiadas várias funções e responsabilidades, incluindo a composição, a regência da orquestra, a execução de música de câmara, e desenvolvendo mesmo algumas produções de ópera italiana, dramas heróicos como Armida, ou dramas cómicos como La Vera Constanza para o pequeno teatro do palácio. Com livre acesso à orquestra privada do príncipe e regendo-a, Haydn escreveu e interpretou mais de 100 sinfonias, experimentando como ninguém o fizera neste domínio. Apesar do seu isolamento mundano, a partir de Ezsterhàza, a fama das suas novas formas musicais ultrapassava as fronteiras do império austríaco, tornando-se um dos compositores mais festejados da Europa.
Haydn, com autorização do príncipe começa a compor também para publicação e a viajar. Em 1770 dirige as suas próprias obras em Viena, e depois vai a Paris a convite da austríaca Maria Antonieta.
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Fotos de Wilfried Hösl