Letra Original:
Canção do Camponês | Arquimedes da Silva Santos
Adeus trigo, ai, adeus trigo,
Depois de ceifado, adeus:
Amanho-te e não mastigo,
Ai, nem eu, nem eu nem os meus.
O escravo da campina
Ouve o motor do tractor
Com ele mudas a sina –
Da terra és conquistador!.
Searas cor de sol posto,
Meu mar alto de aflição
Enche-o com suor do rosto,
Ai, em troca falta-me o pão.
O escravo da campina
Ouve o motor do tractor
Com ele mudas a sina –
Da terra és conquistador!.
Ai campos, como os meus olhos.
Ai campos, como os meus olhos,
Rasos de água tanta vez:
Foram-se espigas nos molhos,
Ai, vem fome para o camponês.
O escravo da campina,
Ouve o motor do tractor
Com ele mudas a sina –
Da terra és conquistador!.
Coro Ricercare; Nuno Margarido Lopes, piano; direção de Pedro Teixeira
Gravação Antena 2, 2024
Canções Heróicas | Coro Ricercare | 25 abril | 19h00
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