Letra Original:
Canção do Camponês
Adeus trigo, ai, adeus trigo,
Depois de ceifado, adeus:
Amanho-te e não mastigo,
Ai, nem eu, nem eu nem os meus.
O escravo da campina
Ouve o motor do tractor
Com ele mudas a sina –
Da terra és conquistador!.
Searas cor de sol posto,
Meu mar alto de aflição
Enche-o com suor do rosto,
Ai, em troca falta-me o pão.
O escravo da campina
Etc.
Ai campos, como os meus olhos.
Ai campos, como os meus olhos,
Rasos de água tanta vez:
Foram-se espigas nos molhos,
Ai, vem fome para o camponês.
O escravo da campina,
Etc.