Libreto: Richard Wagner
Estreia: (Bayreuth) 13 de Agosto de 1876
PersonagensAlberich, o Anão
As Ninfas do Reno
Wotan
Fricka
Os Gigantes Fasolt e Fafner
Freia
Donner
Froh
Loge
Mime, irmão de Alberich
Erda, Deusa da Terra
Resumo da AcçãoO primeiro quadro de “O Ouro do Reno” passa-se no interior das águas do rio onde três Ninfas, guardiãs do ouro, brincam com o astucioso anão Alberich que tenta seduzi-las. Durante a brincadeira, as Ninfas revelam um segredo: aquele que se apoderar do ouro do rio, e com ele forjar um anel, dominará o Mundo. Para que tal aconteça deve, porém, renunciar ao amor. Para surpresa e desespero das Ninfas, Alberich rouba o ouro e foge com ele para o seu esconderijo subterrâneo.
O segundo quadro passa-se no cimo de uns rochedos junto à entrada de Valhalla onde Wotan e Fricka contemplam o magnífico palácio dos deuses, recentemente construído pelos gigantes Fasolt e Fafner, que agora reclamam a paga prometida: Freia, filha de Wotan e de Fricka, deusa da Beleza, do Amor e da Juventude. No entanto, Wotan e os irmãos de Freia, os deuses Donner e Froh, não querem cumprir o prometido, e procuram uma astúcia que faça os gigantes desistir da sua pretensão. É então que se lembram do ouro roubado ao rio e do anel com ele forjado pelo anão Alberich – anel que dará, a quem o possuir, total Poder sobre o Mundo. E é esse anel que eles sugerem aos gigantes como paga em troca de Freia. Os gigantes aceitam a troca, mas guardam Freia como penhor, enquanto Wotan parte com Loge para as profundezas da terra em busca do anel – anel que Wotan pretende, de facto, guardar para si próprio.
O terceiro quadro passa-se no esconderijo dos anões onde Alberich se encontra protegido por um elmo que o torna invisível, criado para ele pelo seu irmão Mime. É sob a protecção desse elmo que o anão avista Wotan e Loge sem ser visto, profetizando o seu futuro domínio sobre a própria raça dos Deuses. Wotan tenta feri-lo em vão, mas Loge usa a astúcia, e tece rasgados elogios a Alberich, ao mesmo tempo que o desafia a manifestar o seu Poder.
Alberich cai na armadilha, e, com a ajuda do elmo mágico, transforma-se sucessivamente em Dragão e em Sapo. E é sob a forma de sapo que Alberich se vê roubado do seu elmo, acabando por ser feito prisioneiro quando regressa à forma de anão.
O último quadro passa-se em Valhalla onde Wotan promete libertar Alberich em troca do ouro roubado ao rio. Pensando que, desde que conserve o anel, nenhum mal lhe poderá acontecer, Alberich ordena ao Povo dos Anões que traga todo o ouro roubado. Só que Wotan rouba-lhe também o anel, sobre o qual o anão, desesperado, lança uma maldição dizendo que ele trará a ruína a todos quantos o possuírem. Depois regressa às entranhas da terra. A Valhalla chegam então os Gigantes com Freia para reclamar o tesouro prometido. A eles Wotan entrega o ouro mas dispõe-se a ficar com o anel quando Erda, a antiga Deusa da Terra, o aconselha a livrar-se também dele para fugir à maldição. Wotan lança o anel sobre o ouro que entregara aos gigantes e, cumprindo-se a maldição, Fafner mata Fasolt, partindo em seguida com o ouro e o anel.
Os Deuses ficam apavorados pressentindo catástrofes futuras, e Donner, Deus das Tempestades, sobe a um rochedo no qual desfere um golpe que afasta as nuvens e faz aparecer o arco-íris.
E é caminhando sobre o arco-íris que os Deuses entram na sua nova morada, não antes de Wotan guardar para si a espada abandonada por Fafner.
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Enredo resumido da autoria de Margarida Lisboa.