Temporada Concertos Antena 230 Maio | 19h00
Auditório do
Instituto Superior de Economia e Gestão
Entrada livre
António Carrilho
flautas & arranjos
Programa
Bach, Semper Bach
Johann Sebastian Bach (1685-1750)– Suite imaginária Prèlude BWV 1006
– Prèlude BWV 998 Prèlude BWV 541
– Courante BWV 1009 Toccata BWV 914
– Fantasia BWV 572
– Suite V em Ré menor, BWV 1011
Prèlude
Courante
Sarabande
Gavotte I & II
Gigue
– Suite à la Carrilho em Si bemol M
– Toccata BWV 916
– Allemande BWV 1012
– Courante BWV 1007
– Largo BWV 1005
– Bourrée BWV 1006
– Menuet I & II BWV 1007
– Allegro Assai BWV 1005
A intemporalidade na obra de Johann Sebastian Bach tem levado artistas de todo o mundo a tocar e a re-escrever a obra do compositor. As gravações existentes são o resultado de muitos anos de pesquisa e aprofundamento de conhecimentos dos intérpretes.
No meu caso específico, a obra de Bach tem-me acompanhado ao longo de toda minha carreira, tendo feito muitas transcrições de obras emblemáticas para a flauta de bisel.
O positivismo do século XX levou a abordagem cientifica da obra e composição musical, transformou a criação em obras estanques, tendo o intérprete de seguir minuciosamente as indicações da partitura. Esta abordagem está muito longe da estética do barroco, em que havia muita improvisação ligado à utilização do material musical já existente. A liberdade interpretativa também imperava e qualquer instrumento, não obstante ser escrito para um em particular, podia tocar qualquer obra.
Nesse sentido, pretende-se aqui uma abordagem cabal à estética barroca, fazendo a minha própria adaptação de obras não originais para o meu instrumento. Ambiciono que esta minha incursão sirva como incentivo a que mais músicos abordem a obra de J. S. Bach de forma criativa e que possam dar a ouvir ao mundo a magnificência deste legado da Humanidade.António Carrilho
António Carrilho
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
António Carrilho | Concertista, criador conceptual de conteúdos, professor em Masterclass e director artístico e musical, divide a sua actividade musical entre a flauta de bisel e a direção, abrangendo um repertório que vai desde o Trecento italiano até à música mais recente dos nossos dias sem deixar, no entanto, de interpretar e transcrever a música do século XIX.
Foi solista com as orquestras Gulbenkian, Sinfónica Portuguesa, Metropolitana de Lisboa, Orchestrutopica, Den Norsk Katedralenensemblet (Noruega), Sinfonietta de Lisboa, Divino Sospiro, Os Músicos do Tejo, Orquestra Barroca de Haifa (Israel), La Nave Va, Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim, Orquestra Barroca de Nagoya (Japão), La Pais du Parnasse (Espanha), Orquestra de Cascais e Oeiras, Concerto Balabile (Holanda), Orquestra de Câmara da Madeira, Orquestra Barroca do Amazonas (Brasil) e premiado nos Concursos Internacionais Recorder Moeck Solo Competition (Inglaterra), assim como Recorder Solo Competiton of Haifa (Israel).
É diretor artístico e musical de La Nave Va, assim como é diretor musical de La Paix du Parnasse (Espanha) – membro da associação Grupos Españoles de Música Antiga, e faz parte dos agrupamentos Syrinx : XXII – membro da associação “Chamber Music America”, Syrinxello, Borealis Ensemble, Orlando Furioso, diretor musical de Melleo Harmonia Antigua, apresentando-se em importantes festivais na Europa, América, Oceânia e Ásia.
Gravou para as etiquetas: Encherialis, Numérica, Naxos, Secretaria de Estado de Cultura do Estado do Amazonas, DGartes/ MPMP, portugaler, dialogos, Arte France/ RTP. Destacam-se as gravações do concerto para flauta e orquestra de Nuno da Rocha, a gravação da Suite concertante para flauta e cordas de Sérgio Azevedo, assim como a gravação da obra integral de Bartolomeu de Selma y Salaverde com o agrupamento japonês Antonello. Gravou para a mpmp com a orquestra Divino Sospiro a gravação do concerto para flauta e orquestra de Nuno da Rocha. Vai lançar com Syrinx: XXII um cd na etiqueta francesa Musik Fabrik e, a solo, Bach semper Bach na etiqueta Codax, um projecto apoiado pela GDA (apoio à Edição Fonográfica de intérprete).
Dirigiu a estreia de Cortes de Júpiter com texto de Gil Vicente e música de Filipe Raposo, em pareceria com o Laboratório de Ópera Portuguesa e criado pelo Centro Cultural de Belém em parceria com o CESEM e a APARM.
Dirigiu, do repertório de ópera barroca, Dido and Aeneas e The Fairy Queen de Purcell, La descente d’Órphée aux enfers de Charpentier, La Serva Padrona de Pergolesi, La Dirindina de Scarlatti, Don Quichotte chez la Duchesse de Boismortier, Orfeo de Monteverdi, Venus and Adonis de Blow, Arlechinatta de Salieri, Orfeo ed Euridice de Gluck, cantatas de Bach e Telemann, assim como os Stabat Mater e Salve Regina de Pergolesi e Stabat Mater de Boccherini.
Ministra Masterclass nos Cursos Internacionais de Música Antiga de Urbino em Itália, Lisbon’s Masterclass e nos Cursos Internacionais de Música da Casa de Mateus (também com o cargo de director pedagógico) em Portugal, tendo orientado cursos e estágios em países como Portugal, Austrália, Holanda, Espanha, Alemanha, Itália, Índia, Japão e Brasil.
É Professor Adjunto na ESART – Escola Superior de Artes Aplicadas, fazendo parte da coordenação da licenciatura em música da escola de artes. Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa.
É licenciado e Mestre pelo Conservatório Real de Haia (Países Baixos). António Carrilho detém uma Especialização em flauta de bisel e em música de câmara pelos Institutos Politécnicos de Lisboa, do Porto e de Castelo Branco, tal como é formador na área artística.
Tem arranjos editados na AvA Musical Editions.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2