Karel van Steenhoven (1958) – 7 minimal pieces: Glass (2010)
Daniel Schvetz (1955) – 3 motivos (2017) [Estreia]
Thérèse Brenet (1935) – Prélude et Chaconne, pour saxophone alto (2013)[Estreia absoluta em flauta de bisel, 2018]
Katharine Rawdon (1960) – Broadway Boogie Woogie: – Broadway Boogie Woogie – Midtown Dive at Dusk – Times Square by Night (2018) [Estreia]
Markus Zahnhausen (1965) – Flauto Dolce solo: Minimal music (1990)
Miguel Azguime (1960) – Feedback Orders (flauta de bisel e electrónica) (2018) [Estreia absoluta]
Transmissão em direto
Apresentação e Realização: João Almeida
Produção: Cristina do Carmo
Notas ao programa
Hamelin, de César Viana, é uma peça para flauta de bisel solista e, como o nome indica, baseia-se na famosa lenda, segundo a qual um flautista vindo do oriente livrou a cidade de uma infestação de ratos; quando os cidadãos de Hamelin se recusaram a pagar-lhe, o flautista voltou à cidade, mas desta vez atraiu todas as crianças!
O título Três motivos refere-se, em simultâneo, às características de cada uma das três mini-seções da obra, com cunho e identidade reconhecivéis, assim como as três causas (motivos), que levaram Daniel Schvetz a compor a obra: a) o artista a quem está dedicada, b) as maravilhosas capacidades técnicas, expressivas, timbricas das flautas de bisel e c) deixar-se levar pela leveza dum andar quase a improvisar, sem muito plano nem ideia preconcebida, um motivo carente de motivo, um porque sim, tão simples como isto".
Esta obra de Brenet foi comissionada como parte de uma série de peças para saxofone de vários compositores em forma de Prelúdio e Chaconne. Entretanto, sentindo-se constrangida pela forma musical, a obra que Thérèse Brenet compôs acabou por ser uma expressão da sua vontade de romper com estas restrições, para entrar no seu próprio mundo musical. A primeira audição em flauta de bisel é autorizada pela compositora.
Katharine Rawdon escreveu este conjunto de três peças curtas para o seu amigo, o grande flautista (de bisel) António Carrilho, com uma dupla inspiração: primeiro, inspirou-se no quadro de Mondrian com o mesmo título, que para a compositora captura na perfeição a energia nonstop da Manhattan. Em segundo, inspirou-se na energia paralela do flautista.
Tem tido um enorme desempenho no que diz respeito a estreias contemporâneas para flauta de bisel a solo, em contexto camaristico ou em estreias como solista e orquestra nas últimas duas décadas, tendo estreado obras de compositores dos quatro cantos do mundo.
Dirigiu “Dido and Aeneas” de Purcell, ”La descente d’Órphée aux enfers" de Charpentier, “La Serva Padrona” de Pergolesi, ”La Dirindina” de Scarlatti, ”Don Quijotte chez la Duchese” de Boismortier, “Orfeu” de Monteverdi, “Venus and Adonis” de John Blow, “Arlechinatta” de Salieri, “Orfeo & Eurydice” de Gluck, cantatas de Bach e Telemann, assim como obras de Tchaikovsky, Mozart, Sibelius, Nielsen, Piazzolla, Stockhausen…
Ministra cursos nas Masterclass Internacionais de Música Antiga de Urbino em Itália; nas Lisbon’s Masterclass e nos Cursos Internacionais de Música da Casa de Mateus (direção pedagógica) em Portugal, tendo orientado cursos e estágios em países como Portugal, Holanda, Espanha, Alemanha, Itália, Índia, Japão e Brasil. É Professor Adjunto na ESART – Escola Superior de Artes Aplicadas -, lecionando Flauta de bisel e Música de Câmara (coordenador da disciplina). É igualmente professor na Escuela Superior de Música de Extremadura, em Espanha.
Licenciado e Mestre pelo Conservatório Real de Haia (Países Baixos), António Carrilho detém uma Especialização em flauta de bisel e em música de câmara pelos Institutos Politécnicos de Lisboa, do Porto e de Castelo Branco, tal como é formador na área artística.
Na presente temporada apresenta-se em concerto em Roma no Festival Frescobaldi; em concertos pelo Brasil; em digressão pela Índia, Japão e Austrália; em concertos em Nova Iorque, entre outros projectos em Portugal e em Espanha. Vai gravar com: Syrinx: XXII em Nova Iorque; La Paix du Parnasse em Madrid; com Divino Sospiro a estreia do concerto para flauta e orquestra de Nuno da Rocha (estreado no Festival Jovens Músicos).