Temporada de Concertos Antena 2

18 dezembro | 19h00
Palácio Fronteira
Entrada gratuita
mediante reserva em loja.fronteira-alorna.pt

Cantares Lusitanos, para soprano e harpa

Rita Morais, soprano
Maria Lagrifa, harpa

Programa

Cláudio Carneyro (1895-1963) – Nossa Senhora das Dores (Paúl, Covilhã)

Artur Santos (1914-1987) – Oh que calma (Beira Baixa)

António Fragoso (1897-1918) – Modas da Serra (texto popular)

Artur Santos (1914-1987) – Senhora do Almurtão (Beira Baixa)

Frederico de Freitas (1902-1980) – Cantar d’amigo (poema de D. Dinis, Rei de Portugal)

Fausto Dias (1941) – Música para um íntimo sentimento de ternura

Jorge Cronner de Vasconcellos (1910-1974) – Três Redondilhas de Camões

– Descalça vai para a fonte
– Pus meus olhos numa funda
– Na fonte está Leonor

Luís de Freitas Branco (1890-1955)

– O culto divinal (soneto de Luís de Camões)
– Aquella moça (poema de Augusto de Lima)

Ivo Cruz (1901-1985) – Canto de Luar

Francisco Lacerda (1869-1934)

– É ter arte não falar
– Quando tu abres os olhos
– Os meus olhos não são olhos
– Os meus olhos nos teus olhos
– Amar mas saber amar
– Inda que o lume se apague

José Vianna da Motta (1868-1948) – Cantar dos búzios (poema de Lopes Vieira)

Ernesto Halffter (1905-1989)

– Minha mãe me deu um lenço (texto popular)
– Ai que linda moça (texto popular)

Como homenagem à herança portuguesa, este recital propõe uma viagem desde a música erudita até à canção popular através do olhar de diferentes autores e períodos da história de Portugal.
Aproximando a música erudita do séc. XX e a cultura tradicional, a singularidade deste programa reside também na fusão da música e textos de grandes autores da história nacional, criando uma poderosa união entre a palavra e a música através da pluralidade sonora que caracteriza a música nacional. Esta profunda simbiose artística acompanha-nos a refletir e honrar a beleza e a complexidade da nossa cultura, enquanto a voz e a harpa dão vida a textos que continuam a ressoar na alma do povo português.
Uma redescoberta das raízes da nossa identidade, apresentando uma interpretação sensível e profunda do coração lusitano através das emoções e da história que destacam e diferenciam a natureza de Portugal.

Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís, Alexandra Almeida

Rita Morais | Definida como “uma voz de qualidade, com especial facilidade para o registo agudo e para os pianíssimos requintados” (Ópera Actual) e destacada pela sua “expressão e graça na interpretação” (La Vanguardia), a soprano portuguesa desenvolve uma intensa atividade musical centrada na Música Antiga e no repertório do século XXI.
Estreia-se em 2023 no Gran Teatre del Liceu com L’Incoronazione di Poppea de Monteverdi, sob a direção de Jordi Savall. Em 2025, inaugura o Festival LIFE Victoria, em recital com Irene Mas e Malcolm Martineau. Destacam-se as suas colaborações com entidades como a Fundação Calouste Gulbenkian, Cantoría, a Orquestra Simfònica del Vallès, Orquestra Barroca Catalana, LIFE Victoria Barcelona, e La Capella Reial de Catalunya, atuando em festivais e salas de prestígio como o Festival Bachcelona, Festival Espurnes Barroques, Festival de Musique Baroque d’Ambronay, Salzburger Festspiele, Festival BRQ de Helsínquia, Auditório Príncipe Felipe de Oviedo, Palau de la Música Catalana, L’Auditori de Barcelona, Teatro de la Maestranza, Philharmonie de Paris, Elbphilharmonie de Hamburgo, Festival Castell de Peralada e Teatro Real de Madrid.
Inicia os seus estudos no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, em viola e canto. Prossegue a sua formação na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto e na Escola Superior de Música da Catalunya. Em 2022, recebe o Prémio Solista Salvat Beca Bach da Fundação Salvat e integra o Crescendo – Programa para Jovens Cantores do Teatro Real de Madrid. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian (Portugal), da Sociedad de Artistas, Intérpretes y Ejecutantes (Espanha) e da Fundação Victoria de los Ángeles (Espanha).
Entre os seus futuros projetos destacam-se Cantares Lusitanos — música portuguesa para soprano e harpa, transmitido pela Antena 2-RTP, a estreia mundial de Sinfonia de uma Noite Inquieta de Francisco Fontes e Soprano Solista em Passio de Arvo Pärt, entre outros.

Maria Lagrifa | Iniciou os seus estudos musicais no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, onde desenvolveu a sua formação de base. Posteriormente, ingressou no Conservatorium van Amsterdam (Países Baixos), onde concluiu a licenciatura em harpa sob a orientação de Erika Waardenburg, Gwyneth Wentink, Sandrine Chatron e outros prestigiados professores. Atualmente, frequenta o mestrado em harpa no Koninklijk Conservatorium Antwerp (Bélgica), onde aprofunda os seus estudos com Miriam Overlach e Mathilde Wauters.
Tem enriquecido a sua formação através de masterclasses com harpistas de renome, como Anneleen Schuitemaker, Sivan Magen, Fabrice Pierre e Irina Zingg. Ao longo da sua carreira, tem colaborado com diversas orquestras de renome tanto nacional como internacional, incluindo a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra XXI, Orquestra Filarmónica Portuguesa, Estágio Gulbenkian para Orquestra e a Het Nationaal Jeugdorkest (NJO).
Tem também atuado como harpista convidada em orquestras como a Sinfonietta de Braga, Orquestra Clássica do Centro e Orquestra de Guimarães, demonstrando a sua excelência no repertório sinfónico. Paralelamente à sua atividade orquestral, Maria encontra-se a desenvolver um programa de música Ibérica com a flautista e piccolista María Leíva. É também membro fundador do van A’dam Ensemble, um grupo composto por mezzo-soprano, violino, harpa e contrabaixo. O ensemble tem como objetivo a divulgação da música e cultura portuguesa através de projetos em países como a Dinamarca, Países Baixos, Bélgica e Portugal.
Atualmente o seu talento foi reconhecido em concursos internacionais, destacando-se o 3º lugar no Prémio Jovens Músicos RTP/Antena 2 (2023) e o 2º prémio no V Concurso de Harpa EMNSC (2023). Ainda jovem, conquistou vários prémios no concurso Arpa Plus em Espanha.

@ DR