Festival de Música Dom Fernando Mascarenhas
Música e património
Folias, fantasias e algo mais
23 maio | 20h00
Palácio Marquês da Fronteira
Sala das Batalhas
Entrada gratuita
mediante reserva em loja.fronteira-alorna.pt
Ensemble Americantiga
Patrick Oliva e Raquel Cravino, violino
José Carlos Araújo, cravo
Direção de Ricardo Bernardes
Programa
Folias instrumentais
Arcangelo Corelli (1653-1713) – Trio sonata op. 2, XII
Ciaccona, Largo – Allegro
Alessandro Scarlatti (1660-1725) – Partite sopra l’aria della Folia, para cravo solo
Giovanni Battista Vitali (1632-1692) – Trio sonata Op. 5, I
Allegro – Grave – Allegro – Grave – Vivace
Pedro Lopes Nogueira (1686-c.1770) – Folias, para violino solo e contínuo
Gabriel Fernandes Trindade (1799-1854) – Dueto concertante nº 2 p/ violinos, em sol maior
Georg P. Telemann (1681-1767) – Fantasia em si bemol maior, TWV 40:14, para violino solo
Antonio Vivaldi (1678-1741) – La Follia, Trio sonata em ré menor, RV 63
Transmissão direta
Apresentação:
Produção: Anabela Luís
O Ensemble Americantiga, fundado em 1995 por Ricardo Bernardes, é um conjunto especializado em música portuguesa, brasileira, hispano-americana e italiana dos séculos XVII a princípios do XIX. Com diferentes formações e enfoques interpretativos, o trabalho procura a execução historicamente informada com o uso de instrumentos de época.
Nos últimos anos o Americantiga tem realizado concertos em Portugal, nos Estados Unidos, Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia. Muitos desses concertos foram organizados por embaixadas e consulados brasileiros, assim como o Consulado Geral de Portugal em São Paulo, com o objetivo de difundir esta importante e pouco conhecida produção musical.
A sua discografia já conta com seis CDs e um DVD, todos dedicados ao repertório português e brasileiro do século XVIII. Em Portugal, em 2011, realizou o concerto na Basílica da Estrela para celebrar os 15 anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O agrupamento conta com várias participações nas Temporadas de Música em São Roque em Lisboa, além de vários concertos importantes no ciclo Memórias e Caminhos de Mateus – Aldeias com Vida, em 2016 e 2017, na Casa de Mateus e em várias Aldeias Vinhateiras do Douro. Em 2018 o Americantiga esteve envolvido no concerto para a celebração dos 250 Anos da Ópera da Corunha, no Colóquio sobre Nicolau Nasoni e o Barroco no Norte de Portugal, assim como nas várias atividades dos XXVIII Encontros Internacionais de Música da Casa de Mateus.
Ricardo Bernardes | Nascido em Curitiba, em 1976, é maestro e musicólogo e desde cedo revelou a sua paixão pela música antiga e, especificamente, a vontade de divulgar o património musical luso-brasileiro, na altura ainda desconhecido do grande público. Com 19 anos, fundou o Americantiga Ensemble, agrupamento de que é maestro e diretor artístico desde 1995 e com o qual se dedica à execução e gravação do repertório ibero-americano dos séculos XVII a XIX, com especial ênfase na música vocal.
Desde então, realizou inúmeras apresentações no Brasil, Estados Unidos da América e Argentina, bem como em Portugal, onde vive desde 2010, e gravou uma discografia que já conta com seis CDs e um DVD, registando obras basilares do repertório luso-brasileiro do século XVIII, com autores como José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), André da Silva Gomes (1752-1844), João de Sousa Carvalho (1745-1798), Marcos Portugal (1762-1830), António Leal Moreira (1758-1819). Em São Paulo, em 2006, realizou a estreia no Brasil do Requiem à Memória de Camões, de João Domingos Bomtempo (1771-1842), obra fundamental dos primórdios do romantismo musical português.
Baseado em Portugal desde 2010, destacam-se na sua atividade a estreia moderna da ópera o Basculho de Chaminé, de Marcos Portugal, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, no Teatro de São Carlos, em Lisboa, a participação na direção dos espetáculos músico-teatrais nas Temporadas de Música de São Roque e a realização das séries de concertos Memórias e Caminhos de Mateus, em 2016 e 2017 promovidas pela Fundação da Casa de Mateus, em Vila Real.
È Diretor Artístico dos Encontros Internacionais de Música da Casa de Mateus e da Orquestra Barroca de Mateus, com a qual estreou, em 2023, a ópera As Damas Trocadas, de Marcos Portugal, numa coprodução entre a Fundação da Casa de Mateus e o Teatro de Vila Real. É promotor e Diretor Artístico do Festival de Música Antiga de Lisboa.
Para além da sua atividade artística, Ricardo Bernardes concluiu o doutoramento em Musicologia pela Universidade do Texas em Austin, um segundo doutoramento sobre a Música para aclamação da Rainha D Maria I em 1778, na Universidade Nova de Lisboa, assim como um pós-doutoramento na Universidade Nova de Lisboa. Foi editor da coleção “Música no Brasil – séculos XVIII e XIX”, em 6 volumes e 2.500 páginas, promovida pelo Ministério da Cultura do Brasil, e da revista Textos do Brasil, no número dedicado à “Música Erudita Brasileira” e editado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

@ DR