Temporada de Concertos Antena 2
18 janeiro | 19h00
Auditório do Liceu Camões
Entrada gratuita
Samuel Lercher Trio
Samuel Lercher, piano
André Rosinha, contrabaixo
Bruno Pedroso, bateria
Programa
Simon’s Groove
Or’anda, Desanda (Tradicional português)
P’ti Voyou
Salvador
Luto
Épilogue
Or – Sara
Todas as músicas são da autoria Samuel Lercher, exceto Or’anda, Desanda
Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Samuel Lercher Trio | Depois do primeiro álbum, Épilogue, destacado na Jazz.pt, TSF, RTP 2, Antena 1 e Antena 2, o Trio apresenta Ballade (**** Jazz.pt). Para o crítico Nuno Catarino da Jazz.pt: “este disco é a confirmação definitiva do talento do pianista agora luso-francês”.
As composições originais de Samuel Lercher caracterizam-se por um equilíbrio subtil entre lirismo e energia, e o seu virtuosismo é enaltecido pelos conceituados e talentosos André Rosinha e Bruno Pedroso, que formam a secção rítmica do trio.
O Samuel Lercher Trio já atuou nos Dias da Música no CCB, Hot Clube, Porta-Jazz, Outjazz, Clarence Jazz Club (Málaga), Granadaesjazz, Espacio Turina (Sevilla), Mazagón Jazz (Huelva), Palmela Wine Jazz, Jazz Ao Centro Clube, Concertos Antena 2, Sunside Jazz Club (Paris)…
A Jazz.pt escreveu acerca do concerto do trio no festival Palmela Wine Jazz : “…além da ótima dinâmica de grupo, Samuel Lercher mostrou a sua grande capacidade técnica… Conforme sintetizou um espectador, lacónico, no final do espetáculo: «tem umas mãozinhas que, ui,ui, é mesmo pianista!»”.
Samuel Lercher | Nascido em Paris em 1980, começou a tocar piano aos oito anos de idade. Desde cedo, despertou interesse tanto pelo repertório clássico, como pelo jazz, a improvisação e a composição. Estudou com Lionel e Stéphane Belmondo na escola de jazz IACP em Paris e teve aulas com o pianista Stéphane Kochoyan, no curso de aperfeiçoamento do Festival de Jazz de Barcelonnette. Paralelamente, formou-se em musicologia na Université Paris VIII onde conclui a Maîtrise sob a orientação do compositor Antonio Lai.
Em 2004, foi viver para Lisboa, onde se dedicou ao estudo da pedagogia musical na Universidade Nova e do piano clássico com Anne Kaasa no Conservatório Nacional e também, com Miguel Henriques, na Escola Superior de Música. Frequentou igualmente as Semanas Internacionais de Piano de Óbidos, em 2008 e 2010, onde teve a oportunidade de se aperfeiçoar com os concertistas internacionais Paul Badura-Skoda, Luiz de Moura Castro e Boris Berman.
Em 2014, fundou o Samuel Lercher Trio com os músicos André Rosinha e Marcelo Araújo e gravou o disco de originais Épilogue (Sintoma, 2015). O álbum foi muito bem recebido pela crítica, tendo sido destacado na Antena 1, Antena 2, RTP2, TSF, Jornal Público e Jazz.pt.
O trio apresentou-se em inúmeros clubes e festivais de Jazz em Portugal, França e Espanha: Hot Clube, Mazagón Jazz, Estarrejazz, Espacio Turina, Clarence Jazz Cub, OutJazz, Sunside Jazz Club (Paris), Jazz ao Centro Clube, Concerto Antena 2, Assejazz (Sevilha), Grandaesjazz e Dias da Música no Centro Cultural de Belém.
Ainda em 2015 lançou um novo projeto de originais, o Fauksa Quartet, juntando músicos franceses e portugueses (Hamza Touré, Freddy Blondeau e Rui Pereira) e gravou o disco Or.
Apresentaram-se nos festivais Bragança Jazz, Mines de Jazz, Festivitry, Outjazz, Mazagón Jazz e Montmurat Jazz, convidando para os Dias da Música 2017 no CCB, a cantora francesa Lou Tavano.
Em 2020, Samuel Lercher foi convidado a participar como pianista e co-diretor musical no projeto “Salvador Sobral canta Brel”. Após uma semana de residência artística no espaço Melides Art, o espetáculo foi apresentado numa série de concertos esgotados: Grande Auditório do CCB, Sala Suggia da Casa da Música, Teatro Aveirense, Teatro Maria Matos, Festa da Francofonia, Convento de São Francisco e ainda no Théatre de Montbéliard em França.
Em abril de 2022, o pianista luso-francês lançou o seu segundo disco em trio, Ballade, no Hot Clube de Portugal, com os músicos André Rosinha e Bruno Pedroso, recebendo quatro estrelas numa crítica da Jazz.pt.
André Rosinha | Natural de Sintra (1987), iniciou os estudos em contrabaixo aos 20 anos, estando inscrito em simultâneo no Conservatório Nacional, na Escola Jazz Luiz Villas-Boas – Hot Clube de Portugal e ainda acompanhado em aulas privadas com Demian Cabaud.
Em 2010 participa no Lisbon Jazz Summer School como bolseiro da Escola Jazz Luiz Villas-Boas, onde teve a oportunidade de aprender com nomes maiores da cena jazzística norte americana, como são os casos de Danilo Perez, Ben Street, Adam Cruz, Rogerio Boccato e Rudresh Mahanthappa. Assistiu ainda a seminários e masterclasses com Dave Holland, Matt Penman, Aaron Goldberg, Reuben Rogers, Greg Hutchinson, Chris Cheek, Jorge Rossy, Matt Renzi, Jon Irabagon, Paulinho Braga ou Matt Pavolka.
Em 2011 foi convidado para fazer parte do corpo docente da Escola Luiz Villas-Boas – Hot Clube de Portugal, onde é professor desde então. Licenciou-se em Contrabaixo Jazz pela Escola Superior de Música de Lisboa em 2014.
Pórtico dá nome do seu primeiro disco como líder de uma banda, onde toca originais seus com os músicos João Barradas, Albert Cirera, Eduardo Cardinho e Bruno Pedroso. O álbum foi apresentado em locais como a Casa da Música do Porto ou no Círculo de Jazz de Setúbal. O seu segundo disco em nome próprio, Árvore, conta com a participação do pianista João Paulo Esteves da Silva e do baterista Marcos Cavaleiro. O projeto foi apresentado no Centro Cultural de Belém, Jazz2020 organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian, Seixal Jazz e Noites Azuladas de Castelo Branco. Dando continuidade a este trio, o álbum Triskel, lançado em 2022, contou com concertos no CCB, Palmela Wine Jazz, JazzMATAzz, Grândola Vila Jazz, e Jazz na Ordem dos Médicos do Porto.
Em 2021 criou um trio em co-liderança com Beatriz Nunes na voz e a pianista Paula Sousa, com quem lançou o disco À Espera do Futuro, apresentado na Festa do Outono de Serralves (Porto), Jazz tem Voz (Lisboa), no Ciclo de Jazz de Tavira, Novomesstská Radnice Praga (Chéquia), Opus Jazz Club em Budapeste (Hungria) e Nikolaisaal em Potsdam (Alemanha), entre outros.
Paralelamente aos seus projetos, faz parte da banda do cantor Salvador Sobral desde 2015, com quem já gravou cinco discos, e é também membro do grupo do pianista Júlio Resende, João Barradas Trio, Samuel Lercher Trio, Desidério Lázaro Trio ou Marco Santos.
Já atuou em múltiplos festivais internacionais de jazz nomeadamente no Jazzaldia, Festival Noches del Botánico e Cadiz Jazz Festival (Espanha), Festival Au Fil des Voix (França), Reset Jazz Festival (Luxemburgo), Jazzfestival Münster e Jazzahead (Alemanha), Sopot Jazz Festival (Polónia), Jazzkar (Estónia) e Kaunas Jazz (Lituânia). Em Portugal é presença habitual nos festivais de jazz, com destaque para o Funchal Jazz e o Seixal Jazz.
Rosinha já partilhou palco com músicos como Perico Sambeat, Greg Osby, Alexi Tuomarila, Seamus Blake, Marc Miralta, Theo Ceccaldi, Abe Rabade, Jeffery Davis, Xavi Torres, Ben Van Gelder, Roberto Negro e com os portugueses Mário Laginha, João Moreira, Afonso Pais e ainda André Fernandes.
Bruno Pedroso | Nascido em 1969, inicia o estudo de música em 1987, primeiro a titulo particular com músicos estabelecidos no panorama nacional (José Salgueiro, Henry de Sousa, Manuel Costa Reis) e depois frequentando a Academia dos Amadores de Música e a Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal.
Inicia-se profissionalmente como free-lancer na música dita ligeira, no final da década de 90, primeiro com a banda pop Heróis do Mar, e posteriormente com os Mler if Dada, onde permanece dois anos, gravando o segundo disco da banda.
Começa a década de 90 cumprindo o serviço militar obrigatório na Orquestra Ligeira do Exército. Por esta altura, estuda com o baterista de Jazz Allan Dawson, reconhecido pedagogo, professor durante 18 anos na Berklee College of Music, em Boston, E.U.A. Estuda também com lendas vivas do Jazz, como Clark Terry, Sir Roland Hanna, Rufus Reid, Bill Pierce.
Integra a banda de Dulce Pontes, gravando os CDs Lusitana e Ao vivo no Coliseu do Porto. Faz ainda parte dos grupos Plopoplot Pot (liderado pelo músico e compositor Nuno Rebelo) e Idéfix (de Sérgio Pelágio), gravando discos com ambos.
Até ao final da primeira metade da década, integra a orquestra Som do Mundo de Laurent Filipe, com a qual grava um CD, toca com Carlos Martins em concertos dentro e fora do território nacional. Grava com cantoras tão díspares como Maria João, Isabel Campelo e Anabela, gravando ainda um CD com a banda Ritual Tejo.
No contexto jazzístico, toca e grava um CD com o trio Lugar da desordem do saxofonista Paulo Curado, e visita Africa para aí tocar em festivais com o contrabaixista Carlos Barretto.
No final da década, sentindo necessidade de uma reciclagem musical, permanece meio ano em Nova Iorque, estudando na escola Drummers Collective, e a título particular com alguns dos mais importantes bateristas da cena jazzística mundial, sediados em N.Y., como é o caso de Jordi Rossi, Jim Chapin, Carl Allen, Leon Parker, Ralph Peterson Jr., Adam Nussbaum, Steve Berrios, Kim Plainfield, Bobby Sanabria.
Nos últimos dez anos, para além de continuar a carreira docente na Escola de Jazz Luis Villas-Boas e também na escola J.B.Jazz, continua como free-lancer a tocar com os mais variados nomes do Jazz (e não só, como é o caso de Paulo de Carvalho ou Joel Xavier) português, como por exemplo André Fernandes, Pedro Moreira, Nélson Cascais, Nuno Ferreira, Bernardo Moreira, Afonso Pais, Bernardo Sasseti, João Paulo Esteves da Silva, Filipe Melo, Marta Hugon, Zé Eduardo, Jacinta.
É também convidado a integrar grupos com importantes nomes estrangeiros, como são os casos de Julian Arguelles, Chris Cheek, Ken Filiano, Abe Rabade, Chris Higgins, Nicholas Payton, Reginald Veal, Aaron Goldberg, Phil Markowitz, Chris Kase, Avishai Cohen, Antonio Farao, Peter Epstein, Bob Sands, François Theberge, Rick Margitza, John Ellis, Dave O´Higgins, Richard Galliano, Gregory Tardy, Perico Sanbeat, Jesus Santandreu, Ivan Paduart, Herb Geller, Sheila Jordan, Jesse Davis, Donald Harrison, Ben Monder, entre muitos outros.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2